11 Setembro 2015, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz
(Moçambique)
A Comissão Política do Partido Frelimo reafirmou ontem o seu apelo
ao bom senso da Renamo e do seu presidente, Afonso Dhlakama, para que promovam
acções em prol da unidade nacional, construção da paz, pressupostos básicos
para a materialização dos nobres interesses do povo moçambicano.
Num comunicado de Imprensa enviado à nossa Redacção, o
órgão de direcção da Frelimo afirma ter analisado o estágio actual do diálogo
entre o Governo e a Renamo, tendo saudado o Presidente da República, Filipe
Nyusi, pela disponibilidade incondicional de dialogar
com o líder da “perdiz”
para a análise e discussão de questões sobre a manutenção da paz no nosso país.
Na sua 52.ª Sessão Ordinária, realizada quarta-feira, a
Comissão Política analisou a situação política, económica e social actual do
país e considera que as comemorações do 41.º aniversário da assinatura dos
Acordos de Lusaka, em todo o país, foram um momento de reflexão e reafirmação
da nossa moçambicanidade e da vontade inequívoca do povo moçambicano de
continuar a promover acções de consolidação da unidade nacional, manutenção da
paz e desenvolvimento do nosso país.
A Comissão Política saúda Filipe Nyusi pela direcção das
cerimónias centrais do 7 de Setembro de 2015, Dia da Vitória, na cidade de
Tete, antecedidas da marcha dos combatentes da luta de libertação nacionalemrepúdio
e condenação veemente à postura de intimidação e de ameaça da Renamo e seu
presidente. Considera que, 23 anos após a assinatura do Acordo Geral de Paz,
nada justifica a existência de homens armados da Renamo num Estado de Direito
Democrático.
Congratulou o Presidente Filipe Nyusi pelo lançamento, na
cidade de Maputo, da vacina contra o rotavírus; pela abertura da 51.ª edição da
Feira Internacional de Maputo, participação na Feira Anual Agrícola de Harare e
na III Conferência Nacional Religiosa, este último evento que teve lugar na
cidade de Quelimane. No comunicado, a Comissão Política da Frelimo saúda ainda
as confissões religiosas, as organizações da sociedade civil e ao povo
moçambicano, em geral, pela promoção de acções em prol da unidade nacional,
paz, concórdia, harmonia social e desenvolvimento do país.
Saudou igualmente o
Governo pela preparação, organização e realização das cerimónias centrais
alusivas às comemorações do Dia da Vitória.
Não à guerra -- apelam estudantes da UP
Estudantes
da Universidade Pedagógica -- Delegação do Niassa, repudiam com veemência os
discursos proferidos pelo presidente da Renamo de retorno à guerra no país.
Os estudantes daquela universidade entendem que os
pronunciamentos de Afonso Dhlakama contrariam os princípios do Acordo de
Cessação das Hostilidades Militares assinado entre o Governo e a Renamo.
Entendem ainda que o retorno à guerra põe em causa todo
um conjunto de esforços empreendidos pelos diferentes actores da sociedade rumo
ao progresso da nação.
Para eles, a paz não pode ser comprometida por conta de
interesses de quem quer que seja.
Em entrevista à Rádio Moçambique, os estudantes apontaram
que graças à paz o país obteve muitos avanços nos domínios social, económico e
noutras esferas. (RM Niassa)
Num outro desenvolvimento, o órgão de direcção máxima da
Frelimo felicita os moçambicanos pela passagem do 8 de Setembro, Dia
Internacional de Alfabetização, ao mesmo tempo que saúda aos alfabetizandos e
alfabetizadores, em particular, pela participação activa em programas de
educação de adultos e encoraja-os a prosseguir com o seu trabalho rumo à
erradicação do analfabetismo no país.
A comissão encoraja
a Polícia da República de Moçambique e as outras Forças de Defesa e Segurança
pelo trabalho abnegado que realizam na prevenção e combate ao crime em todo o
território nacional.
Sérgio Vieira, em Tete
-- Basta de terrorismo
O veterano da luta armada de libertação
nacional coronel Sérgio Vieira apelou à sociedade civil para envidar esforços no sentido de convencer o líder da
Renamo, Afonso Dhlakama, a regressar ao diálogo político em prol da preservação
da paz no país, ao invés de protagonizar actos de terrorismo através de
discursos incendiários e ataques à população.
O antigo combatente falava na cidade de Tete à margem da
cerimónia central das festividades do 7 de Setembro, Dia da Vitória.
O que se vive actualmente em algumas regiões dos
distritos de Moatize e Tsangano, no norte da província de Tete, é deveras
preocupante, devido aos ataques e ameaças protagonizados por homens armados da
Renamo.
Sobre este aspecto Sérgio Vieira disse que a população
local está amedrontada e sem sossego, inquietações que estão a influenciar
negativamente o arranque da campanha agrícola.
“Basta de terrorismo. Agora é tempo de preparação das
terras para a agricultura e a população de Tsangano vai semear aonde com estas
ameaças?” - indagou Sérgio Vieira.
De salientar que durante os meses de Julho e Agosto uma
grande parte dos habitantes das localidades de Ncondedzi, norte do distrito de
Moatize, Chibaene e Chiandame, no distrito de Tsangano, está a deixar as suas
zonas de residência para outras no posto administrativo de Zóbuè, em Moatize,
Maconje e Ampulo, no distrito de Tsangano, enquanto outros se refugiaram no Malawi.
Uma fonte do Gabinete de Relações Públicas do Comando
Provincial da PRM em Tete confirmou os sucessivos ataques levados a cabo por
homens armados da Renamo contra colunas das forças policiais no troço
Ncondedzi, em Moatize; Chiandame, em Tsangano, que causaram mortes e avultados
danos materiais.
“Há relatos de sofrimento da população nestas zonas”,
disse a fonte, acrescentando que para manter a ordem e segurança públicas as
forças policiais encontram obstruções na via pública e emboscadas de homens armados.
De Junho a esta parte sofremos acima de 15 emboscadas consecutivas”, referiu.
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