24 setembro
2015, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
A missão
das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), de defesa da pátria, da
soberania e integridade territorial, está muito bem clara, segundo afirmou
ontem o Chefe do Estado-Maior General, Graça Chongo.
O Chefe do Estado-Maior General
das FADM falava a jornalistas momentos após a cerimónia de patenteamento de
oficiais generais e de saudação ao Comandante-Chefe das Forças Armadas, o
Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi. Graça Chongo foi solicitado pela
imprensa a comentar a exortação feita pelo Chefe do Estado para que as Forças
de Defesa e Segurança (FDS) deixem os políticos fazer política.
“Os militares são apolíticos.
Obedecem o Estado e a sua missão está
muito bem clara”, disse.
Instado ainda a se pronunciar
sobre a acusação feita pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama, sobre o atentado
de que foi vítima recentemente na província de Manica, imputando
responsabilidades às Forças de Defesa e Segurança e ao partido Frelimo, afirmou
que as Forças Armadas não cometem e nem estão interessadas em fazer atentados.
Segundo Graça Chongo, a Renamo
sempre acusou as Forças de Defesa e Segurança, ou de estarem ao serviço do
partido Frelimo, ou de atacarem os seus homens.
Um dos assuntos que está a
emperrar o diálogo político entre o Governo e a Renamo no Centro Internacional
de Conferências Joaquim Chissano é o desarmamento das forças residuais deste
partido e sua integração nas Forças de Defesa de Moçambique e na Polícia da
República de Moçambique.
O partido liderado por Afonso
Dhlakama impõe como condição para a integração dos seus homens nas FADM e na
PRM a partilha de posições de chefia e de direcção dos respectivos comandos.
Alega a Renamo que determinados oficiais nas FADM provenientes das suas hostes
ao abrigo do Acordo Geral de Paz estão neste momento sem posições de chefia,
situação que deve ser corrigida por via da paridade.
Sobre esta matéria, Graça Chongo
afirmou que dentro das Forças Armadas não existem oficiais ou elementos
provenientes nem da Renamo nem do Governo, mas sim cidadãos que juraram
defender a pátria moçambicana, em obediência às ordens do Comandante-Chefe,
regendo-se por um regulamento próprio.
“O que a Renamo pretende é
politizar as Forças Armadas, colocando-as a fazer política”, disse, acrescentando
que as Forças Armadas estão prontas a acolher os homens residuais da Renamo
para a sua integração, com base em critérios legais.
Refira-se que no discurso que
proferiu na cerimónia, Graça Chongo reafirmou o compromisso das FADM com a
manutenção da paz e estabilidade, por amor ao povo moçambicano.
Reafirmou, igualmente, a
manutenção dos seus valores, nomeadamente a unidade nacional, o patriotismo, a
disciplina e a auto-estima, o sentido de ética e moral, o espírito de missão e
de trabalho árduo, bem como a sua inabalável prontidão de defender firmemente o
país e o seu povo. (Felisberto Arnaça)
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