9 agosto 2008 (Notícias)
Moçambique vai iniciar, em meados do próximo ano, a produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), mais conhecido por gás doméstico ou de cozinha, através de um processo de condensação do gás natural de Temane.
A produção nacional daquele combustível, que visa reduzir a dependência das importações que o país tem que efectuar para prover o mercado daquele produto, será efectuada pela PETROMOC, em parceria com a multinacional sul-africana SASOL. Esta petroquímica explora as reservas de gás natural em Temane e Pande, ambas na província de Inhambane.
Numa primeira fase serão produzidas seis mil toneladas do produto, sendo que a capacidade da infra-estrutura a ser instalada é de condensar até 35 mil toneladas, mais do dobro das cerca de 14 mil que o país importa.
Casimiro Francisco, administrador-delegado da PETROMOC, que ontem revelou o facto ao nosso Jornal na vila de Songo, em Tete, apontou que a produção inicial de seis mil toneladas por ano poderá ser ultrapassada progressivamente com a alocação de mais fundos.
A fonte, que falava à margem do IV Conselho Coordenador do Ministério de Energia, que decorre em Tete, não revelou, entretanto, os montantes a serem investidos no projecto. “É um investimento conjunto com a SASOL e os valores estão ainda por acertar”, disse, reiterando que a produção arranca dentro de um ano.
A materialização deste projecto eliminará a dependência das importações para o abastecimento ao mercado moçambicano em gás de cozinha.
Ainda que não tenham sido avançados detalhes sobre este projecto sabe-se porém que a PETROMOC concluiu há algum tempo um estudo de viabilidade para o efeito.
Com a iniciativa de produção de GPL e tendo em conta os números actuais, o país vai reduzir as importações para quase metade. Ao longo dos anos e quando se alcançar as 35 mil toneladas da capacidade de produção a ser instalada, Moçambique estará também em condições de exportar gás de cozinha.
Entretanto, o IV Conselho Coordenador do Ministério da Energia terminou ontem, após ter analisado questões pontuais do sector, com destaque para as energias novas e renováveis (biocombustíveis, solar e eólica) bem como os megaprojectos como a barragem de Mpanda N’kua e a Central Térmica de Moatize. (José Chissano, no Songo)
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