O fundo para Inovação do Negócio em África (AECF), lançado ontem em Maputo, com um capital inicial de 50 milhões de dólares, vai apoiar as empresas do sector privado a desenvolverem e testarem novas ideias no ramo do negócio agrícola e de financiamento rural, numa perspectiva de aumentar o alcance da actuação destas instituições no sector da agricultura e criar impacto positivo na vida da população africana, de uma forma geral, e particularmente da moçambicana.
3 julho 2008
Com efeito, os serviços de consultoria e de desenvolvimento da empresa KPMG - África são responsáveis pela gestão deste montante, em parceria com outras instituições como a Crown Agents e a Triple Line Consulting (TLC), bem como a Imani. O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) é a instituição que fará a injecção monetária.
Este projecto, em fase de execução, segundo Filipe Mandlate, director-geral da KPMG Moçambique, constitui um dos maiores fundos do Continente Africano destinados a apoiar o sector privado agrícola no desenvolvimento dos seus negócios.
O Fundo para Inovação do Negócio em África é uma iniciativa aberta a todo o Continente Africano e vai concentrar-se, na fase experimental, em 13 países de África. O mesmo funciona a coberto do programa de parceria especial denominado Aliança para uma Revolução Verde em África (AGRA), sendo que as empresas deverão apresentar propostas de projectos concretos que possam criar impacto na vida da população rural.
As empresas concorrentes ao fundo poderão obter, segundo Filipe Mandlate, uma subvenção e empréstimos até um milhão e meio de dólares por projecto, sendo os valores médios da subvenção e empréstimo de 750 mil dólares.
O Conselho de Administração nomeou uma comissão de investimento independente do AECF, a quem competirá tomar as decisões finais sobre a que ideias de negócio deverão ser atribuídos fundos.
Entretanto, até 15 de Julho serão seleccionadas as 12 melhores ideias de negócio, que deverão apresentar os seus planos completos até 5 de Agosto.
Neste sentido, a comissão de investimento do AECF decidirá sobre quais destes projectos merecerão o apoio financeiro, ainda no decurso do mês de Agosto, sendo que os primeiros financiamentos serão disponibilizados em princípios de Setembro próximo.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e a Associação Moçambicana de Bancos, representadas na ocasião do referido lançamento pelos respectivos presidentes, assumiram o compromisso de prestar toda a colaboração no sentido de apoiar a comunidade de homens de negócios do nosso país por forma a serem elegíveis para este fundo.
O Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, enfatizou que “os dados estão lançados. As PME’s têm pela frente uma oportunidade, só lhes resta explorá-la.”
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