sexta-feira, 3 de agosto de 2007

São Tomé e Príncipe/Brasil vai ajudar na estruturação do sistema de saúde


São Tomé, 2 Agosto 2007 - O ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe, Arlindo Vicente de Assunção Carvalho, disse hoje à Lusa que conta com a ajuda do Brasil para a estruturação do sistema de saúde no país.

"Estamos a lançar as bases de uma cooperação frutuosa no sector da saúde, nomeadamente na formação de recursos humanos e na estruturação do sistema de sáude em São Tomé e Príncipe ao médio e longo prazos. Pretendemos formalizar esta cooperação ainda este ano", afirmou.

Em visita oficial ao Brasil, Assunção Carvalho fez um périplo por Salvador, Brasília e Rio de Janeiro, capitais onde visitou hospitais, laboratórios, fundações da área de saúde e se encontrou com autoridades do sector.

"Faço um balanço extremamente positivo dessa visita ao Brasil, que pode oferecer-nos assistência à pesquisa, capacitação profissional e apoio para estruturar o Instituto de Saúde Pública de São Tomé e Príncipe", assinalou à Lusa.

Em Brasília, o ministro são-tomense encontrou-se com o seu homólogo brasileiro, José Gomes Temporão, a quem agradeceu o envio ao arquipélago africano este mês de uma missão de técnicos brasileiros, integrada também por profissionais norte-americanos, para apoiar o projecto de cooperação para o controlo da malária.

A taxa de incidência da doença no arquipélago, que há dois anos era de 25 por cento, tem registado quedas significativas.

Actualmente, a taxa de incidência da malária na ilha de São Tomé é de seis por cento e em Príncipe, de 0,6 por cento, mas a preocupação das autoridades locais é com a sustentabilidade do processo.

Para isto, São Tomé e Príncipe vai contar com a ajuda do Brasil e dos Estados Unidos que, em Março deste ano, anunciaram uma parceria para apoiar países africanos.

Outra área em que os são-tomenses contam com a cooperação brasileira é no combate e prevenção da SIDA.

São Tomé e Príncipe, assim como Guiné-Bissau, Cabo Verde e Timor-Leste, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), recebe há cerca de três anos sete medicamentos anti-retrovirais produzidos por laboratórios oficiais brasileiros para tratamento de pacientes.

Após dez dias no Brasil, Assunção Carvalho regressa hoje a São Tomé e Príncipe. (Noticias Lusófonas)

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