Santiago, 31 Julho 2007 - A Presidente do Chile, Michele Bachelet, presidiu na segunda-feira à cerimónia de concessão de nacionalidade a um pastor luterano alemão por se ter notabilizado na defesa dos direitos humanos no tempo da ditadura de Pinochet.
No acto, no Palácio de La Moneda, Michele Bachelet disse que o Chile "reconhece ao pastor Helmut Frenz a pertença à nossa comunidade e há muito tempo a merece pelo seu trabalho, dedicação e entrega à defesa dos direitos humanos nas horas mais dolorosas e obscuras da nossa história".
No acto, no Palácio de La Moneda, Michele Bachelet disse que o Chile "reconhece ao pastor Helmut Frenz a pertença à nossa comunidade e há muito tempo a merece pelo seu trabalho, dedicação e entrega à defesa dos direitos humanos nas horas mais dolorosas e obscuras da nossa história".
A Presidente sublinhou também "a sua permanente identificação com os mais vulneráveis de entre nós, a quem dedicou e continua a dedicar os seus máximos esforços".
"O vínculo de Frenz com o Chile tem já mais de quatro décadas, ao longo das quais se foi tornando mais estreito e indissolúvel, como são os vínculos entre quem partilha ombro a ombro as provações mais duras", afirmou Michele Bachelet.
O bispo Frenz, que foi expulso do país por Pinochet em 1975 pelo seu trabalho a favor das vítimas da repressão, chegou ao Chile em 1965 para se encarregar da Igreja Luterana de Concepción, no sul do país.
Em Setembro de 1973 criou, em Santiago, a Comissão Nacional de Ajuda aos refugiados, entidade reconhecida pelas Nações Unidas e que permitiu que pelo menos sete mil estrangeiros saíssem do país após o golpe militar.
Com o cardeal Raúl Silva Henríquez fundou o Comité de Defesa dos Direitos Humanos que depois se denominou Comité de Cooperação para a Paz no Chile e que salvou muitas vidas durante a ditadura (1973-1990).
Frenz, de 74 anos, regressou ao país em 2003 e vive actualmente em Valparaíso. (Lusa)
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