Luanda, 31 Julho 2007 - O crescimento económico registado em 2006 situou-se em 18,6 porcento, apresentando uma prevalência do sector não petrolífero sobre o petrolífero, informou hoje (terça-feira) no Parlamento a ministra do Planeamento, Ana Dias Lourenço.
A governante, que apresentava o Relatório de Execução do OGE para 2006 e do Balanço de Execução do Programa do Governo para o mesmo ano, indicou que o crescimento do sector petrolífero atingiu a cifra de 13,1 por cento, largamente superado pelo sector não petrolífero, com 25,7 pontos percentuais.
Do sector não petrolífero destacam-se os indicadores das áreas dos diamantes, da indústria transformadora, da construção e do sector terciário, o que, de acordo com a ministra, confirmam a dinâmica que vinha desde 2004 e acaba por comprovar também a maior eficácia dos investimentos públicos sobre a economia não petrolífera.
Ana Dias Lourenço informou ainda que em 2006 a taxa global de investimentos situou-se nos 31,4 por cento contra os 23,5% de 2005, sendo o investimento privado equivalente a 27,7% do PIB e o investimento público na ordem dos 3,7%.
"Embora os sectores da indústria transformadora, obras públicas, comércio, bancos e seguros também tenham registado aumento no seu peso na estrutura do PIB nominal, em 2006, o peso do PIB não petrolífero continuou com a sua tendência decrescente, saindo de 47,4 por cento, em 2004, para 43,7 pc em 2005 e 42,9 pc em 2006", explicou a governante.
De acordo com ela, em termos reais, o sector com maior crescimento registado em 2006 foi o da indústria transformadora, com 44,7 por cento, embora este crescimento tenha estado fortemente concentrado na industria de bebidas, que teve um crescimento de 36 pc.
Na sessão de hoje da Assembleia Nacional, orientada pelo seu presidente, Roberto de Almeida, os deputados aprovaram o Acordo de Cooperação entre os governos de Angola e da Federação da Rússia no domínio militar, apresentado pelo vice-ministro da Defesa, Gaspar Rufino, que sintetizou o objectivo do documento na formação de quadros e troca de tecnologia, entre outros.
A plenária, de carácter extraordinária, apreciou também o pedido de reaquisição da nacionalidade angolana por parte dos cidadãos Américo Domingas da Cruz e António Alves de Sousa Barros, tendo se recolhido depois para discussão de questões internas. (AngolaPress)
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