Em declarações prestadas à imprensa, no aeroporto internacional 4 de Fevereiro, a alta patente da Polícia Nacional, que vai presenciar a cerimónia de lançamento da referida força, adiantou que tem mantido contactos diários com a chefia das tropas angolanas, que tem retratado o seu bom comportamento e participação nos treinos de forma satisfatória, aguardando-se apenas pelo "dia D".
No seu entender, a cerimónia de sexta-feira, inserida na Cimeira de Chefes de Estado da região, embora simbólica, é um momento histórico para África, particularmente para os países da Sadc, e os angolanos devem sentir-se orgulhosos por fazer parte desta força.
“É um acto simbólico de lançamento desta força, mas ela irá posteriormente desenvolver-se e vai se determinar que número de pessoal cada país irá dar nas componentes que a vão compor, quer por parte da polícia como das forças armadas e também da força civil”- frisou.
Relativamente às eventuais intervenções da Stand by Force, o comandante-geral disse que ela é ainda um embrião, mas tem intenções nobres, como acudir ou apaziguar situações anómalas que se possam verificar em qualquer um dos países da nossa região.
Nesta fase, enfatizou Ambrósio de Lemos, a Zâmbia está a presidir esta força e por isso o lançamento será feito em Lusaka. Posteriormente vai se determinar se cada força ficará estacionada no seu país ou que Estado vai acolher a sede desta força, mas facto assente é que a presidência deste novo órgão será rotativa, disse o comandante.
“Depois da cerimónia desta sexta-feira, o efectivo que se encontra em Lusaka vai regressar para os seus países de origem e só depois a política vai definir os futuros passos”- esclareceu. Por outro lado, acrescentou, Angola vai ficar com a presidência do órgão de Defesa e Segurança da região, igualmente a partir do dia 17, e daí várias situações vão se pôr e nós como força da ordem estaremos integrados no sub-comité de segurança pública.
“As questões que iremos tratar geralmente serão aquelas relacionadas com os crimes, especialmente os crimes transnacionais, crimes regionais e todas as outras situações que caem sob a alçada da segurança pública” -- concluiu.
Pelo menos 150 efectivos da Polícia Nacional encontram-se em Lusaka para fazer parte da Sadc Stand by force.
A Força em Alerta da Sadc deverá desempenhar, entre outras funções, missões de observação e de controlo, outros tipos de missões de apoio à paz, intervenção num Estado membro, de modo a restaurar a paz e segurança.
A Sadc Stand by Force (designação em inglês) desempenhará ainda acções de prevenção, de modo a impedir que um diferendo ou conflito se agrave, ou que um conflito violento em curso se alastre para as áreas ou Estados vizinhos.
A consolidação da paz, incluindo o desarmamento e a desmobilização pós-conflito, a prestação da assistência humanitária para aliviar o sofrimento da população civil em áreas de conflito e apoiar os esforços visando pôr cobro às calamidades naturais, constam das prioridades da Força em Estado de Alerta.
No exercício das suas funções, a Força em Alerta deverá, sempre que necessário, cooperar com as Nações Unidas e suas respectivas agências, as outras organizações internacionais e regionais, com as autoridades nacionais e ONG.
A Sadc Stand by Force é sequência da declaração sobre a criação no seio da Organização de Unidade Africana (OUA) de um mecanismo para a Prevenção, Gestão e Resolução de Conflitos adoptada pela 29ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da OUA realizada no Cairo, Egipto, de 28 a 30 de Junho de 1993. (AngolaPress)
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