Lisboa, 29 Junho 2007 - Os ministros da Educação dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) pediram hoje, em Lisboa, ao Banco Mundial e à Fundação Calouste Gulbenkian para distribuírem materiais escolares pelas crianças guineenses.
Numa declaração conjunta que assinaram no final do seminário "Como vencer os desafios da educação nos PALOP", que decorreu durante três dias em Lisboa, na Gulbenkian, os ministros declaram a sua solidariedade à Guiné-Bissau e solicitam ao Banco Mundial e àquela Fundação "o apoio explicito e urgente na obtenção e distribuição gratuita de materiais didácticos (cadernos, canetas, lápis, livros) para os alunos do Ensino Primário".
No documento, os ministros recomendam que se redimensionem as práticas pedagógicas e científicas do ensino do português nos seus países e que se modernizem os sistemas educativos.
Recomendam ainda a elaboração de políticas sócio-educativas que permitam a sustentabilidade sistémica (interdisciplinar e interdependente).
Na declaração conjunta, os ministros da Educação dos PALOP defendem a necessidade de criação de um grupo de trabalho que permita a reflexão periódica para troca de experiências, conhecimentos e competências das suas realidades educativas. Solicitam ainda à Gulbenkian e ao Banco Mundial, os organizadores e financiadores do seminário, que promovam reuniões ministeriais bi-anuais e a criação de um grupo de avaliação.
A declaração conjunta foi assinada pelos ministros da Educação de Angola (António Burity da Silva Neto), Cabo Verde (Filomena Martins), Guiné-Bissau (Brum Sitna Namone), Moçambique (Aires Bonifácio Ali) e São Tomé e Príncipe (Maria de Fátima Almeida). O seminário "Vencendo os Desafios da Educação nos PALOP" contou com a participação de representantes do Banco Mundial, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da União Europeia e vários especialistas nacionais e internacionais. Presente na sessão de encerramento esteve também a ministra da Educação portuguesa, Maria de Lurdes Rodrigues.
Esta iniciativa vem fomentar o diálogo político para apoiar os PALOP no desenvolvimento e aplicação de reformas educativas sectoriais sustentáveis.
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