sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Colômbia/PIEDAD CÓRDOBA - SENADORA COLOMBIANA AMEAÇADA POR UMA JUSTIÇA CORRUPTA

30 setembro 2010/Odiário.Info http://www.odiario.info

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Piedad Esneda Córdoba Ruiz (Medellín, 25 de Janeiro de 1955), é uma advogada e política da Colômbia. É Senadora da Colômbia desde 1994. Foi membro do Partido Liberal durante toda a sua vida política e é a líder do movimento Poder Ciudadano Siglo XXI, situado na ala esquerda do seu partido. Como congressista trabalhou principalmente pelos direitos da mulher, pelas minorias étnicas e sexuais e pelos direitos humanos.

Em Agosto de 2007 Córdoba envolveu-se no tema do acordo humanitário entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo do presidente Álvaro Uribe, autorizada pelo governo do qual é opositora. Durante a mediação conseguiu, juntamente com o presidente venezuelano Hugo Chávez, a libertação unilateral de 6 reféns políticos que permaneceram em poder das FARC durante vários anos. Devido às suas posições políticas recebeu múltiplas críticas e uma percepção negativa em vários sectores da opinião pública, enquanto outros sectores apoiaram a sua gestão pela qual em 2008 foi nomeada para o Prémio Príncipe das Astúrias da Concórdia.

Córdoba é uma das personalidades políticas investigadas pelas autoridades colombianas com base em mensagens de correio electrónico encontradas nos computadores de Raúl Reyes divulgados nos primeiros meses de 2008, por alegadas relações com as FARC. Córdoba negou as acusações e falou de perseguição política contra si. Em 19 de Junho de 2009 foi aberta formalmente a investigação pela Procuradoria, com base em provas encontradas nos computadores de Raúl Reyes.

Córdoba continuou a procurar a libertação dos sequestrados e conseguiu convocar um grupo de intelectuais de vários países para iniciar um diálogo epistolar com a cúpula das FARC. Graças ao intercâmbio epistolar, as FARC responderam aos apelos de Córdoba e do seu grupo Colombianos y Colombianas por la Paz e decidiram libertar unilateralmente três agentes da polícia e um soldado, e os últimos dois reféns políticos que permaneciam em seu poder. Para a operação de libertação, levada a cabo em Fevereiro de 2009, a senadora contou com o apoio do CICR e do governo do Brasil, bem como com a autorização do governo colombiano.

O Prémio Nobel da paz, Adolfo Pérez Esquivel, propôs publicamente, e de maneira formal perante o Comité do prémio Nobel em Oslo, o nome de Córdoba como candidata ao Prémio Nobel da Paz 2009. A senadora declarou não ser merecedora do prémio, mas apesar disso o seu nome figurou entre os favoritos. Por fim o prémio foi ganho pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

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