Luanda, 1 outubro 2010 - Cinco milhões e 600 mil crianças de zero aos cinco anos de idade serão vacinadas, nos dias 1, 2 e 3 do mês em curso, durante a terceira fase da campanha de vacinação contra a poliomielite aberta hoje, em Luanda, pelo ministro da Saúde, José Van-Dúnem.
De acordo com governante, que falava, no bairro da Lixeira, comuna do Sambizanga (sede), durante o acto de lançamento da campanha, estão envolvidas 12.312 equipas móveis e fixas, envolvendo 36 mil e 500 elementos, entre supervisores, vacinadores, logísticos e outros pessoal de apoio.
Para o efeito, o Executivo e parceiros internacionais disponibilizaram três milhões e 700 mil dólares norte-americanos, para uma cobertura nos 174 municípios do país.
Estes esforços, prosseguiu, deve ser respeitado, no qual toda a sociedade deve participar activamente, no sentido de se eliminar o vírus da pólio, que continua a circular em Angola.
José Van-Dúnem fez saber que de Janeiro a Agosto do corrente ano foram notificados 25 casos do vírus selvagem, sendo 11 na Lunda Norte, seis em Luanda e os restantes na Lunda Sul, Bié, Bengo, Benguela e Huambo.
“Apesar dos nossos esforços, o vírus continua a circular no país. Outra razão é que cada caso notificado há outros casos não notificados. Então, todos temos de fazer um esforço para cortar a circulação do vírus no país “, sublinhou.
Reconheceu a existência de condições desfavoráveis como a falta de saneamento básico, água potável, gestão dos lixos, em diversos bairros com realce para os do capital do país.
Por este facto, acrescentou, um esforço colectivo deve ser feito para que as condições de saúde melhorem e se corte a transmissão do vírus da pólio.
Lembrou, por outro lado, que os 11 compromissos internacionais para com a criança são prioridade absoluta para o Executivo angolano, no qual os pais assumem os seus filhos como uma prioridade nacional.
Para os vacinadores, o ministro aconselhou a vacinarem de uma maneira responsável. “Cada criança abrangida deve ser encontrada, mesmo que se estenda o horário de vacinação, a fim de que nenhum petiz fique de fora, mesmo na localidade de difícil acesso”, disse.
O titular da pasta da Saúde criticou a atitude de muitos moradores de prédios do município da Ingombota, em Luanda, por não permitirem que os filhos sejam imunizados, alegando que já foram vacinados.
Recordou que os pais ou encarregados de educação têm a obrigação de ordem social e individual de dar os seus filhos para vacinar quantas vezes forem necessárias.
José Van-Dúnem louvou o apoio das Forças Armadas Angolanas no envolvimento no processo de vacinação, nomeadamente no transporte logístico, bem como na cobertura em zonas de difícil acesso.
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