terça-feira, 26 de outubro de 2010

Brasil/Manifestos de apoio à Dilma crescem: “Marineiros” aderem à moda

26 outubro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br

“Marineiros com Dilma” é o mais novo manifesto divulgado de apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. “Com base nesta avaliação, conclamamos todos os que apoiaram Marina a uma participação ativa nesta reta final da campanha em favor da candidata Dilma Rousseff”, diz o documento, avaliando que “a opção representada por Dilma nos parece a mais adequada para impedir um retrocesso histórico cuja conta será paga pelos mais pobres.”

O texto justifica ainda o apoio à Dilma, destacando que “a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos.”

Os quase 20 milhões de eleitores de Marina no primeiro turno avaliam que “um eventual governo da coligação PSDB-DEM afastaria o Brasil destes grandes desafios, privilegiando os compromissos do "Estado Mínimo" e o discurso repressivo do tipo "Lei e Ordem".

E criticam a campanha de acusações, boatos e calúnias: “A candidatura de José Serra, neste particular, tem se mostrado insuperável e é repugnante que tenha transformado o preconceito em seu principal aliado”, afirma o documento.

Saúde e educação
Outros dois novos manifestos divulgados recentemente são dos professores universitários em defesa da educação pública e dos “Médicos com Dilma, Presidente do Brasil”.

Os professores das universidades públicas do Brasil consideram retrocesso a candidatura Serra, dizem no texto que pretendia reunir cinco mil assinaturas, mas já superou esse número.

“Nós, cinco mil professores universitários das principais universidades do país, consideramos um retrocesso as propostas e métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país”, dizem os professores.

Os médicos, que declararam ter votado no primeiro turno das eleições presidenciais em distintas candidaturas, “demonstram publicamente a nossa união em torno da eleição de Dilma Rousseff nesse 2o turno”.

Críticas a Serra
Os profissionais da saúde justificam a sua escolha por Dilma afirmando que “optamos pela candidatura de Dilma Rousseff por não apoiarmos as políticas de desmantelamento do Estado como a privatização do patrimônio público e a terceirização da atenção à saúde, implementadas por FHC entre 1994 e 2002, que não obtiveram êxito nem em elevar a capacidade produtiva do Brasil, nem em melhorar a qualidade de vida de nossa gente.”

Também os médicos criticam a campanha do candidato José Serra (PSDB). Segundo o manifesto da categoria, “a candidatura de Serra esconde-se em debates menores, que tem intenção de desqualificar a candidatura de Dilma Rousseff, ao invés de tentar provar que o projeto que defende é melhor para os brasileiros”, acrescentando que “ao contrário, traz para o centro de sua campanha uma falsa religiosidade, que nunca fez parte do projeto de seu partido, tratando com leviandade a questão do aborto, e comprometendo um debate fundamental dentro da Saúde Pública, por puro oportunismo político.” (De Brasília Márcia Xavier)



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Brasil/Abaixo-Assinado (#7315): MARINEIROS COM DILMA

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7315

Estivemos com Marina Silva no primeiro turno, porque buscamos uma alternativa política para o Brasil capaz de afirmar uma conduta pública marcada pela ética na política, em favor de uma política econômica que supere definitivamente a miséria e a concentração de renda e que redirecione o próprio modelo social com base na sustentabilidade. Nos orgulhamos de uma campanha que ofereceu uma contribuição efetiva ao País e que, mesmo com um tempo mínimo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, conseguiu enfrentar as máquinas eleitorais montadas com o apoio do Estado, dos partidos tradicionais e do grande capital.

A votação recebida por Marina Silva expressa, basicamente, um claro sinal de que parcelas expressivas da população não toleram mais o jogo de cena, as alianças sem programa, os acordos que visam apenas a repartição do poder, a corrupção endêmica que abala as instituições, o oportunismo eleitoral e a demagogia que amesquinham a própria política. Os quase 20 milhões de votos que alcançamos sinalizam, ainda, que o Brasil precisa de uma agenda socioambiental séria e que este tema, antes circunscrito a pequenos grupos de ativistas ambientais e à intelectualidade, já possui apelo popular entre nós.

Por conta de tudo aquilo que a candidatura de Marina Silva representou, vivemos a generosa experiência da militância de centenas de milhares de apoiadores em uma campanha que nos ofereceu de volta o espaço da paixão pelas ideias, ao invés da promessa de cargos ou de qualquer expectativa de benefício pessoal. Talvez por conta disso, enfrentamos o sectarismo de muitos que se julgam o “sal da terra” e mesmo Marina – que jamais agrediu ou desrespeitou seus adversários – foi tratada primeiro com desprezo, depois com a costumeira intolerância que acompanha a trajetória da antiga esquerda como uma sombra.

No próximo dia 31, entretanto, esta antiga esquerda se defronta nas urnas com a direita de sempre. Melhor seria para o Brasil que ambas as posições tivessem avançado em seus pressupostos e firmado compromissos mais nítidos em torno de programas de governo. Como se sabe, este não foi o resultado do processo eleitoral. Pelo contrário, somos testemunhas de uma radicalização da disputa, marcada por acusações, boatos e calúnias. A candidatura de José Serra, neste particular, tem se mostrado insuperável e é repugnante que tenha transformado o preconceito em seu principal aliado.

Ao mesmo tempo, é preciso afirmar um caminho que aponte para um futuro de mais inclusão social e de maior sensibilidade com a realidade dos milhões de brasileiros que seguem à margem da própria cidadania. Entendemos que um eventual governo da coligação PSDB-DEM afastaria o Brasil destes grandes desafios, privilegiando os compromissos do “Estado Mínimo” e o discurso repressivo do tipo “Lei e Ordem”. Por isso, a opção representada por Dilma nos parece a mais adequada para impedir um retrocesso histórico cuja conta será paga pelos mais pobres. No mais, a resposta oferecida por Dilma ao documento enviado por Marina às duas candidaturas que disputam o segundo turno foi a que mais se aproximou das nossas propostas, o que nutre expectativas de que Dilma poderá incorporar em seu governo vários dos compromissos da agenda socioambiental que defendemos.

Com base nesta avaliação, conclamamos todos os que apoiaram Marina a uma participação ativa nesta reta final da campanha em favor da candidata Dilma Rousseff.

Endereço para divulgação: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7315



Brasil/PROFESSORES LANÇAM MANIFESTO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

19 outubro 2010 http://www.cartacapital.com.br/

Nomes como Antônio Cândido, Fábio Konder Comparato, Marilena Chauí, Emília Viotti da Costa, Maria Victoria Benevides, Alfredo Bosi e Carlos Nelson Coutinho estão entre os assinantes. Professores universitários, de faculdade públicas e particulares, lançaram um manifesto e ainda estão colhendo assinaturas contra as propostas e os métodos políticos do candidato a presidência da República José Serra. E defendem um sistema educacional que priorize o ensino superior público.

Leia abaixo a íntegra do manifesto:

Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.

Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.

No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a difamação, manipulando dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.

Antonio Candido, USP
Alfredo Bosi, USP
Fábio Konder Comparato, USP
Joel Birman, UFRJ
Carlos Nelson Coutinho, UFRJ
Otávio Velho, UFRJ
Marilena Chaui, USP
Walnice Nogueira Galvão, USP
Renato Ortiz, Unicamp
Laymert Garcia dos Santos, Unicamp
Dermeval Saviani, Unicamp
Laura de Mello e Souza, USP
Maria Odila L. da Silva Dias
Sergio Miceli, USP
Luiz Costa Lima, Uerj
Flora Sussekind, Unirio
João José Reis, UFBA
Ruy Fausto, USP
Franklin Leopoldo e Silva, USP
João Adolfo Hansen, USP
Eduardo Viveiros de Castro, UFRJ
Emilia Viotti da Costa, USP
Newton Bignotto, UFMG
Wander Melo Miranda, UFMG
Juarez Guimarães, UFMG
Heloisa Fernandes, USP
Maria Victoria de Mesquita Benevides, USP
Glauco Arbix, USP
Vera da Silva Telles, USP
Theotonio dos Santos, UFF
Ronaldo Vainfas, UFF
Gilberto Bercovici, USP
Benjamin Abdalla Jr., USP
Enio Candotti, UFRJ
Angela Leite Lopes, UFRJ
Sidney Chalhoub, Unicamp
Arley R. Moreno, Unicamp
Maria Ligia Coelho Prado,USP
Celso F. Favaretto, USP
José Castilho de Marques Neto, Unesp
Emir Sader, Uerj
Scarlett Marton, USP
José Sérgio F. de Carvalho, USP
José Arbex Jr., PUC-SP
Peter Pal Pelbart, PUC- SP
Viviana Bosi, USP
Irene Cardoso, USP
Wolfgang LeoMaar, UFSCar
João Quartim de Moraes, Unicamp
Léon Kossovitch, USP
Vladimir Safatle, USP
Leda Paulani, USP
Ildeu de Castro Moreira, UFRJ
José Ricardo Ramalho, UFRJ
Ivana Bentes, UFRJ
Cibele Saliba Rizek, USP
Afrânio Catani, USP
Sergio Cardoso, USP
Ricardo Musse, USP
Armando Boito, Unicamp
Enid Yatsuda Frederico, Unicamp
Andréia Galvão, Unicamp
Cynthia Sarti, Unifesp
Luiz Roncari, USP
Flavio Aguiar, USP
Iumna Simon, USP
Luis Fernandes, UFRJ
Marcos Dantas, UFRJ
Laura Tavares, UFRJ
Sérgio de Carvalho, USP
Marcos Silva, USP
Alessandro Octaviani, USP
Ligia Chiappini, Universidade Livre de Berlim
Celso Frederico, USP
José Carlos Bruni, USP
José Jeremias de Oliveira Filho, USP
Sebastião Velasco e Cruz, Unicamp
Liliana Segnini, Unicamp
Maria Lygia Quartim de Moraes, Unicamp
Ladislau Dowbor, PUC-SP
Bernardo Ricupero, USP
Adriano Codato, UFPR
Lygia Pupatto, UEL-PR
Henrique Carneiro, USP
Adélia Bezerra de Meneses, Unicamp
Maria Lúcia Montes, USP
Francisco Rüdiger, UFRS
Luís Augusto Fischer, UFRGS
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida, PUC-SP
Gil Vicente Reis de Figueiredo, UFSCar
Carlos Ranulfo, UFMG
Paulo Benevides Soares, USP
André Carone, UFScar
Heloisa Buarque de Almeida, USP
Emiliano José, UFBA
Igor Fuser, Faculdade Cásper Líbero
MARCADORES
Brasil, eleições, dilma, lula

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