sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Brasil/Dilma tem mais de 50% dos votos válidos em 16 estados

A dois dias das eleições, as pesquisas mais recentes sobre a intenção de voto para presidente da República mostram que a candidata Dilma Rousseff, Dilma Rousseff, tem a maioria dos votos válidos em 16 estados.

Ou seja: todas essas eunidades federativas a elegeriam no já no primeiro turno — se o pleito fosse hoje. A tabulação foi preparada pelo repórter do UOL Fábio Brandt e publicada no blog do também jornalista Fernando Rodrigues.

Já em quatro estados e no Distrito Federal, Dilma não teria votos suficientes para encerrar a disputa no domingo — pois seu percentual não supera a soma dos percentuais de seus adversários. Em outros seis estados, a margem de erro das pesquisas torna a votação incerta, pois a petista pode ou não ter votos para vencer no 1° turno.

Em 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu o primeiro° turno em 11 unidades federativas — e nove 9 delas estão na lista de colégios eleitorais onde Dilma pode perder o primeiro turno em 2010: Acre, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Em 2002, Lula só perdeu a primeira etapa da votação em Alagoas, Ceará e Rio de Janeiro. (Da Redação, com informações do Blog do Fernando Rodrigues)


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Brasil/Lula e seu governo registram aprovação recorde, diz CNI/Ibope

Às vésperas do pleito para sua sucessão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva registra aprovação recorde para seu governo e para seu desempenho pessoal, segundo pesquisa CNI/Ibope de setembro. O governo foi considerado ótimo ou bom por 77% dos entrevistados, enquanto 85% aprovam a maneira como Lula governa o Brasil.

A queda do desemprego foi o principal fator a contribuir para a avaliação favorável. A pesquisa mostrou que a atuação do governo nessa área recebeu aprovação de 64% dos consultados, o patamar mais elevado captado pelo levantamento desde o início da série, e desaprovação de 30%, 5 pontos percentuais a menos do que em junho.

A aprovação do governo saiu de 75% em junho de 2010 para o recorde de 77% agora em setembro. Aqueles que avaliaram como ruim ou péssimo a atual gestão corresponderam a 4%.

O grupo dos que aprovam a forma de Lula governar se manteve em 85%, percentual recorde que já tinha sido registrado em junho. Já 12% desaprovam isso, ante 13% na rodada anterior.

Segundo o levantamento, o governo é mais bem avaliado na região Nordeste (83%), onde Lula também tem 92% de respostas favoráveis – 2 pontos percentuais a mais do que na pesquisa anterior.

A menor aprovação fica no Sul, mas os números são elevados: 71% classificam a administração atual como ótima ou boa e 78% concordam com a maneira do presidente Lula governar.

Quanto à confiança em Lula, 76% dos sondados manifestaram confiar no presidente, ante 81% no levantamento feito em junho.

Embora a população se entusiasme com ações do governo na área econômica, a reação é desfavorável em relação à saúde (a aprovação cai de 44% em junho para 39% agora) , à educação (de 56% para 50%) e à política para o meio ambiente (de 57% para 49%).

O levantamento CNI/Ibope foi realizado entre os dias 25 e 27 de setembro, com 3.010 pessoas em 191 municípios. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. (Fonte: Valor)


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Brasil/Onda: aliados de Dilma podem preencher 60 das 81 vagas no Senado

Com a experiência de oito anos no governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, no período de pré-campanha: um senador vale por três governadores. Não se sabe como Lula chegou a essa equação política. Apenas por quê. Foi no Senado que seu governo enfrentou a maior resistência da oposição. É dali que Lula pretende remover os últimos obstáculos que restam para entregar um Senado progressista para sua candidata.

Caso vença a disputa presidencial, Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, terá no Senado uma maioria muito mais ampla do que a desfrutada por Lula. Herdará a faca — o Executivo — e um Legislativo feito queijo nas mãos.

A Câmara dos Deputados já está menos conservadora. No Senado, o governo pode, finalmente, obter uma vantagem ampla sobre a oposição. Hoje, pode contar, na melhor das hipóteses, com 48 dos 81 senadores, um a menos que o necessário para passar uma reforma constitucional. Com a renovação de dois terços das cadeiras, que será feita neste domingo, políticos da base aliada ao governo Lula poderão dominar o Senado e ocupar mais de 60 cadeiras.

A bancada da oposição — que tem 30 senadores — pode, em tese, até aumentar, em dois ou três senadores, num cenário de baixíssima probabilidade. No extremo oposto, também com menos chance de ocorrer, ela pode perder mais de 15 vagas, reduzindo-se à metade. O mais provável é que a queda fique entre um e outro, e a oposição saia com cerca de dez cadeiras a menos.

As duas regiões que reúnem quase 60% do poder no Senado — a Norte e a Nordeste — são as maiores responsáveis pela desidratação. No Norte, a base aliada ampliará o domínio que já tem. Mas, no Nordeste, ela quebra, de vez, a espinha dorsal da oposição. Enquanto hoje a situação é de empate, com 13 senadores da base aliada, 13 oposicionistas e um independente, a renovação poderá terminar com uma vantagem de 18 a nove.

Na região estão alguns dos alvos preferenciais da “lista negra” do presidente Lula, que se empenhou durante a campanha em derrotar seus principais inimigos no Senado. Heráclito Fortes (DEM-PI) e Mão Santa (PSC-PI) não devem se reeleger. Heloísa Helena (PSOL-AL) caiu nas pesquisas. Até Tasso Jereissati (PSDB-CE), que liderava com folga, está ameaçado.

A “onda vermelha” fez com que o petista Walter Pinheiro, na Bahia, pulasse de terceiro para primeiro. Em Pernambuco e no Piauí, o governo pode tomar, de uma só tacada, as quatro vagas que são da oposição, caso Marco Maciel (DEM) e Mão Santa não se elejam.

Mas a estratégia de Lula pode não ser completa. Graças à Paraíba, que pode eleger dois oposicionistas, e graças ao desempenho de José Agripino Maia (DEM), no Rio Grande do Norte. O estado, aliás, é o único do Nordeste em que a oposição pode eleger um governador já no primeiro turno. Mas até a conquista de Rosalba Ciarlini (DEM) teria gosto agridoce. Sua vitória pode significar mais uma cadeira favorável a Dilma no Senado — pois Garibaldi Alves, pai, seu suplente, é do PMDB.

Norte
Na região Norte, o destaque é a provável derrota de Arthur Virgílio (PSDB-AM), outro desafeto de Lula, que foi ultrapassado por Vanessa Grazziotin (PCdoB). O Amazonas também é o lugar do provável campeão nacional de votos em termos percentuais. É o ex-governador Eduardo Braga (PMDB), que aparece distante, com 80% das preferências do eleitorado.

Já o Amapá tem a disputa mais embolada do país, com quatro candidatos empatados, com uma diferença de apenas quatro pontos percentuais. No Norte, a base aliada tende a aprofundar o seu domínio, de 13 a oito para um placar entre 16 e 19 senadores contra dois a cinco.

Em meio a tantas perdas, dois estados, além da Paraíba, se apresentam como os bastiões da oposição. Em Goiás e Minas, as quatro vagas se encaminham para a oposição, juntando-se às outras duas que ela já tem na Casa. Minas, cujo mandato de Eliseu Resende (DEM) vai até 2015, deve eleger os favoritos Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente Itamar Franco (PPS). A composição da bancada mineira, com um senador de cada partido da oposição, é um contraste no Sudeste.

Os outros três estados da região, pelo que indicam as pesquisas, devem eleger apenas candidatos do campo popular-progressista. Com a liderança de Lindberg Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB), no Rio, e de Marta Suplicy (PT) e Netinho (PCdoB), em São Paulo, e de Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PMDB), no Espírito Santo, todos os nove senadores destes estados continuam na base aliada. O ex-prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), outro baluarte da oposição, pode ter suas expectativas frustradas.

Nas regiões Sul e Centro-Oeste, o predomínio do governo é menos contundente e há mais equilíbrio. São, por outro lado, regiões com menos peso: apenas sete estados (21 vagas). Em Mato Grosso, a disputa pela segunda vaga entre o tucano Antero Paes de Barros e o petista Carlos Abicalil — que ultrapassou o adversário numericamente na reta final — pode significar outra baixa importante para oposição. Barros, embora adversário de Lula, chegou a usar imagens antigas do presidente o elogiando. (Da Redação, com informações do Valor Econômico)

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