Uíge, 18 outubro 2010 (Angola Press) - A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, defendeu hoje, no Uíge, a necessidade da introdução das línguas nacionais no sistema normal de ensino no país, a fim de contribuir para o seu estudo e desenvolvimento.
A governante, que falava na cerimónia de abertura do IV Encontro Nacional sobre as Línguas Nacionais, que decorre de 18 a 21 deste mês sob o lema "unidade na diversidade", afirmou que a sua inserção no sistema de ensino constitui a maior contribuição para o seu desenvolvimento.
“A melhor maneira de valorizar as línguas nacionais é a sua inserção no sistema de ensino, onde a diversidade linguística não deve ser motivo de receios, seja por que motivo for”, referiu.
Segundo Rosa Cruz e Silva, nenhum país pode desenvolver-se sem a participação das suas próprias línguas, acrescentando ser meio de expressão capaz de ensinar o que se pretender.
Para a ministra, hoje, mais do que nunca, o desenvolvimento da África em geral e de Angola em particular passa necessariamente pelo desenvolvimento das línguas nacionais.
“A longa trajectória dos povos que constituíram o espaço cultural angolano implicou um frutuoso intercâmbio, a partilha e troca de ideias, tornando o nosso universo linguístico numa esteira que foi tecida com elementos comuns, devendo privilegiar os pontos que nos unem para melhor conhecermos a nossa diversidade”, afirmou.
Advogou, no entanto, que o estudo das línguas nacionais constitui preocupação do governo de Angola por serem um importante veículo de ensino para o desenvolvimento.
Depois de reconhecer as insuficiências neste domínio, apontou haver também as capacidades ao nível do país para enfrentar os grandes desafios no cumprimento da indigente tarefa, sendo a estabilidade alcançada, com a conquista da paz, a livre circulação de pessoas, entre outras, como condições para a materialização do programa.
Rosa Cruz e Silva frisou a necessidade do envolvimento de mais membros da sociedade no estudo e investigações das línguas nacionais no país, não deixando a mesma tarefa como monopólio dos linguísticos.
Participam do encontro, representantes de 18 províncias do país, entre docentes universitários, assim como especialistas, cujo trabalho lida com línguas nacionais em todo os domínios da vida do país.
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