Praia, Cabo Verde, 29 outubro 2010 - A economia informal movimentou, em Cabo Verde, 20 milhões de contos (181,3 milhões de euros), em 2009, e empregava 32 mil pessoas, 18 por cento da população activa ocupada, de acordo com um estudo oficial quinta-feira divulgado na cidade da Praia.
Tendo em conta que o Produto Interno Bruto (PIB) de Cabo Verde atingiu, em 2009, 110 milhões de contos (mil milhões de euros), é possível inferir que o peso da economia informal representou no ano passado 18,1 por cento do total.
O estudo do Instituto Nacional de Estatística indica que mais de metade dos “empregados” (52 por cento) eram mulheres, com uma idade média de 38 anos, e que maioritariamente viviam nos meios urbanos, sobretudo na ilha de Santiago, com incidência na cidade da Praia.
Ainda de acordo com os dados do inquérito, Cabo Verde tinha 24 mil unidades de produção informal, com 63,6 por cento delas no meio urbano e 36,4 por cento no rural, situando-se mais de 60 por cento na ilha de Santiago.
O comércio (55,1 por cento) era o principal ramo de actividade das unidades de produção informal, seguido da indústria (33,9 por cento) e serviços (14, 5 por cento), concentrando-se a maior parte - 42,5 por cento - no comércio de produtos alimentares a retalho.
Mais de 70 por cento das unidades de produção informal não possuem Número de Identificação Fiscal (NIF) e os trabalhadores não estão inscritos na Previdência Social.
Dados oficiais divulgados em Julho de 2009 indicavam que os cofres do Estado cabo-verdiano perdiam anualmente cerca de dois milhões de contos (18 milhões de euros) devido à fraude e evasão fiscais e ao comércio informal. (macauhub)
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