quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Angola/ONU: Níveis de pobreza reduzem de 68 para 38 porcento

Luanda, 20 outubro 2010 (Angola Press) – O Coordenador Residente das Nações Unidas em Angola, Koen Vanormelingen, disse hoje (quarta-feira), em Luanda, que a pobreza em Angola, medida em receitas monetárias, reduziu de 63 porcento, em 2002, para 38 porcento, em 2009.

Numa conferência de imprensa, realizada pelas agências do Sistema da ONU em Angola, alusiva aos 65 anos da organização, a comemorar-se a 24 de Outubro, o responsável disse que o país caminha de forma segura para alcançar as metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, atendendo os avanços registados na última década, como a paz e sua consolidação e o crescimento económico e social sustentável.

A atracção de investimentos estrangeiros consideráveis, o avanço com a reabilitação de infra-estruturas sócio-económicas, a redução significativa das taxas de mortalidade materna e infantil, o aumento da taxa de escolarização primária e a expansão da rede sanitária nacional em infra-estruturas e quadros capacitados são outros avanços apontados pelo Coordenador Residente da ONU em Angola.

A par disso, o responsável realçou que, apesar dos avanços notáveis na agenda nacional de desenvolvimento, as grandes disparidades entre angolanos podem pôr em risco as oportunidades para atingir os objectivos de desenvolvimento económico e social nacional.

Segundo o Coordenador Residente, a redução das disparidades económicas e sociais foi escolhida como uma das prioridades para os programas de cooperação em curso entre as agências das Nações Unidas e o Executivo angolano.

Embora reconheçam os avanços, as agências da ONU que operam em Angola salientam que existem ainda muitas disparidades e iniquidades no acesso aos serviços e com base nos indicadores de desenvolvimento económico e social.

A título de exemplo, referem que quase sete milhões de pessoas vivem com menos de USD 1.75 por dia e há cerca de um milhão de crianças fora do sistema de ensino primário. Milhões de pessoas ainda não têm acesso a serviços de saneamento adequados.
Estas discrepâncias e iniquidades perigam, segundo as agências, a conquista dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e prejudicam também o desenvolvimento económico e social a médio prazo.

“Queremos focar o apoio técnico no sentido de garantir o acesso universal e equitativo a um pacote essencial de bens e serviços e a redução da pobreza e das vulnerabilidades, cooperando com o Governo para reduzir as disparidades existentes entre a população angolana”.

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