Luanda, 22 outubro 2010 - A promoção de um quadro de planificação harmonizada que garanta uma estabilidade macro-economia sólida e a exploração do potencial da integração regional, incluindo a cooperação sul-sul, devem ser prioridade do plano de acção dos governos africanos para o alcance dos Objectivos do Milénio, considerou hoje o economista sénior do PNUD Angola, Josué Gomes de Almeida.
Ao falar no debate Jango de Desenvolvimento, promovido pelo PNUD, o economista disse ser igualmente fundamental manter as políticas macro-económicas estáveis, reforçar o sistema estatístico e melhorar a capacidade nacional de informar sobre o estado dos objectivos de desenvolvimento do Milénio (ODM).
Considerou também importante que os países africanos reforcem a sua planificação, com base nos ODM a todos os níveis, o reforço das capacidades e o aumento dos investimentos do sector público com vista ao alcance dessas metas.
Para o especialista do PNUD, que dissertava hoje, em Luanda, sobre a “Avaliação dos Progressos de África na Prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio”, o governo deve ainda encorajar a participação activa do sector privado, das organizações da sociedade civil e das ONG no âmbito do cumprimento dos ODM.
Josué Gomes Almeida recomendou neste sentido que os países africanos, entre outras estratégias, elaborem estratégias apropriadas em matéria de regulamentação das novas tecnologias de informação de comunicação e reforcem a cooperação sul-sul.
Referindo-se sobre as implicações políticas, o interlocutor disse presumir-se que havendo dinheiro África alcançará os ODM, daí a prioridade nos recursos. Por outro lado, salientou que o contexto institucional e de governação, aonde acontecem as intervenções para o alcance dos ODM, devem igualmente ser consideradas.
A diferença entre sucesso e insucesso das intervenções, prosseguiu, depende da forma como as políticas, os processos e as relações, são estruturadas, organizadas e melhoradas.
“Infelizmente as nossas instituições responsáveis pela planificação, estatísticas, coordenação de políticas e da governação, embora tenham vindo a melhorar, continuam relativamente fracas para reagir de forma eficaz aos desafios que representam o alcance dos ODMS” - afirmou o economista.
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