O governo reafirmou ontem o compromisso de reduzir as actuais taxas de analfabetismo, estimadas em 48,1 porcento para 30, até 2015. O desafio para atingir esta vontade passa por alfabetizar um milhão de pessoas por ano, segundo o preconizado no Plano Estratégico da Educação 2006-201, que destaca ainda o aumento do acesso aos programas de alfabetização, a melhoria da qualidade e reverência dos programas e o reforço das capacidades dos institutos de formação de educadores de adultos e dos centros de formação de quadros de alfabetização e educação de adultos.
27 outubro 2010/Notícias
Igualmente, para o Ministro da Educação, Zeferino Martins, que falava ontem, em Maputo, na abertura da IV Oficina de Cooperação Sul-Sul no domínio da Educação e Formação de Jovens e Adultos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a redução das actuais taxas constitui uma parte do esforço que vem sendo desenvolvido para o combate à pobreza que assola grande parte dos moçambicanos, bem como para acelerar a erradicação do analfabetismo no país.
O governante apontou que o Governo considera que a contínua expansão do ensino primário no país é contemplada pelos programas de alfabetização dirigidos particularmente a mulheres e jovens de ambos os sexos, com enfoque para a educação da mulher e da rapariga, não só para o seu desenvolvimento individual, mas também como provedores de cuidados aos seus filhos.
Moçambique, através do Ministério da Educação e, dando resposta às exigências do milénio, tem desenvolvido programas específicos, como alfabetização regular, via rádio e televisão, família sem analfabetismo, educação não-formal, acompanhados por iniciativas de outros segmentos da sociedade civil que promovem actividades de alfabetização, com vista à melhoria das condições de vida das comunidades e o empoderamento da população. Os resultados destes programas, de acordo com Zeferino Martins, são já visíveis, destacando-se, entre outros, a alfabetização via rádio, que conseguiu, num curto espaço de tempo, mudar o estilo e as condições de vida das comunidades, através de cursos de educação não formal, nomeadamente construção a baixo custo, horta organizada e gestão de pequenos negócios, bem como a participação mais activa da população nas actividades políticas e socioeconómicas.
Criada em 2006, a Rede de Cooperação Sul-Sul integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e na reunião de Maputo avaliam o grau de cumprimento do plano estabelecido em matéria de educação e formação de jovens adultos e, simultaneamente, o grau de implementação das acções estabelecidas para o período 2009-2010.
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