11 de Outubro de 2008
Tem lugar hoje em Maputo uma mesa-redonda subordinada ao tema “Mabulu: pela valorização das línguas bantu, veículos da nossa cultura”, que juntará, para além do público interessado, académicos e outros defensores dos idiomas de origem bantu que constituem a língua materna de muitos moçambicanos.
Este evento, promovido pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Politécnica, realiza-se no âmbito da celebração de 2008 como Ano Internacional das Línguas Maternas.
Os oradores desta mesa-redonda são as linguistas Sara Jona, co-autora do dicionário Gitonga-Português/Português-Gitonga, e Pércida Langa, co-autora do dicionário Português-Ronga, e o padre Dionísio Simbe, co-autor do dicionário Cisena-Português.
Participarão ainda como comentadores o pintor Malangatana e o presidente da Associação dos Defensores da Língua Gitonga (ADETONGA), José Siniquinha.
A valorização das línguas maternas é tomada em atenção pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que declarou, desde 2000, o dia 21 de Fevereiro como a efeméride para as celebrar. A agência da ONU determinou ainda 2008 como o Ano Internacional das Línguas.
O slogan da campanha, que se estende até Dezembro, é "As Línguas Importam!".
A celebração anual do Dia Internacional da Língua Materna e a proclamação do Ano Internacional das Línguas pela Assembléia Geral das Nações Unidas têm motivações concretas. Estima-se que mais da metade das cerca de 6700 línguas faladas em todo o planeta está ameaçada de extinção a longo prazo, sendo que a cada duas semanas uma delas deixa de ser praticada. Os especialistas estimam ainda que 96 por cento das línguas existentes são faladas por apenas 4 por cento da população mundial.
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