O turismo e a produção industrial mereceram atenção especial do Governo moçambicano ao longo dos últimos doze meses, dando seguimento às recomendações deixadas no ano passado pelo grupo de conselheiros internacionais que assistem o Presidente da República em matérias de desenvolvimento estratégico.
11 de Outubro de 2008
Anualmente, o Presidente da República reúne-se em Maputo com um grupo de personalidades internacionais influentes no mundo do negócios e investimentos, que o aconselham em termos de visão e prioridades de desenvolvimento contemporâneo. Ontem, Armando Guebuza encontrou-se com o grupo na capital, numa sessão que serviu não só para fazer o ponto de situação com relação aos avanços alcançados à luz das recomendações deixadas na última reunião realizada em 2007, como também para discutir formas de solução dos constrangimentos surgidos ao longo do mesmo período.
Antes de se encontrar com o Chefe do Estado, os conselheiros, em número de catorze, visitaram a província de Nampula para tomar pulso dos projectos de desenvolvimento em curso naquela região do país. No ano passado, o grupo escalou a província de Tete antes de se encontrar com o Presidente da República.
Quatro áreas foram eleitas como prioritárias na abordagem de questões de desenvolvimento estratégico em Moçambique, nomeadamente turismo, agricultura, educação e indústria, para o que foram criadas duas equipas de trabalho envolvendo membros do Governo, coordenadas pelo Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD). A ideia é promover o aumento de investimentos naquelas áreas, facto que pressupõe a remoção das barreiras que actualmente comprometem a celeridade dos procedimentos.
Das recomendações deixadas em 2007 destaque vai para a área de aeronáutica orientada para o desenvolvimento do turismo, facto que conduziu a debates sobre a necessidade de se abrir o espaço aéreo nacional a operadores de todo o mundo, como estratégia para atrair investimentos em diversas áreas por parte de grandes grupos que possam, eventualmente, beneficiar da abertura de rotas para Moçambique.
Intervindo na abertura do encontro com os seus conselheiros, Armando Guebuza contextualizou o evento afirmando que a última reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas concentrou atenções na necessidade da mobilização de esforços para que o continente alcance os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, como via para se vencer a pobreza no mundo.
“No ano passado tivemos oportunidade de trocar impressões com uma profundidade tal que nos ajuda a encontrar caminhos para realizarmos os nossos planos e objectivos. As recomendações de 2007 andavam à volta da necessidade de acelerar os processos de desenvolvimento. Muita coisa foi feita mas precisamos rever para saber ver se o que acordamos respondeu completamente às expectativas e ver se podemos fazer mais”, disse o Chefe do Estado.
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