Caracas, 24 janeiro 2008 - O governo venezuelano quer que a comunidade portuguesa participe nos diferentes acordos que Portugal e a Venezuela estão a negociar, porque vão permitir complementar as potencialidades em benefício deles e dos dois países, revelou o ministro das Relações Exteriores.
"Tem havido uma linha muito clara de comunicação com a comunidade portuguesa, para que toda ela se incorpore aos acordos de cooperação entre a Venezuela e Portugal", disse.
Nicolás Madura falava à saída de um encontro com Fernando Serrasqueiro, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor de Portugal, no âmbito de uma visita que realiza à Venezuela para concretizar negociações destinadas a reequilibrar a balança comercial portuguesa, que pelas importações petrolíferas se inclina a favor de Caracas.
"Chegou o momento da cooperação, de que a comunidade - que já faz parte da forma de ser dos venezuelanos - tenha a certeza de que estes acordos vão beneficiá-la também, a todos, e vão permitir a complementaridade das potencialidades produtivas de ambos países", disse.
Destacou ainda que "a comunidade portuguesa tem importantes setores empresarias que vão ser convocados para que participem diretamente nestes acordos".
"[Portugal] é muito importante para nós e cada vez vai ser mais importante porque vão abrir-se oportunidades e janelas de cooperação que vão permitir à comunidade portuguesa prosperar mais ainda no nosso país e conseguir um nível de maior comunhão com os destinos da Venezuela", afirmou Madura.
O ministro venezuelano afirmou que o seu governo espera "para o mês de março, numa data a anunciar proximamente, a visita do primeiro ministro (de Portugal) José Sócrates à Venezuela".
Nessa momento, acrescentou, "haverá importantes reuniões de trabalho" para assinar os acordos cujas negociações estão em curso.
Precisou ainda que estão a trabalhar, de uma maneira dinâmica "num acordo energético e produtivo, em que a Venezuela subministrará um conjunto de produtos energéticos a Portugal, para contribuir com a sua segurança energética e obterá uma porcentagem dessa fatura através de produtos alimentícios e através de transferência de tecnologia". (Lusa)
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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Venezuela quer inserir comunidade lusa em acordos bilaterais
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