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23 janeiro 2008
Os grupos de ativistas estão articulados em Santiago, Rancagua e Chillán e afirmam o apoio como forma de tentar fazer com que o governo se sensibilize e pede que a comunidade, em geral, não esqueça que Patricia Trancoso, também conhecida como Chepa, luta por uma causa justa que não é só dela, mas de milhões de chilenos.
A proposta é que a cadeia aumente, atingindo a outras regiões do país, buscando respaldo à causa mapuche. Em entrevista à Prensa Humanista, Fernando Lira, dirigente da Associação de Ex-Presos Políticos do Chile, informou que o jejum é um meio de expressão, e tem uma intenção forte. "Nesse caso, o que se pretende é se solidarizar com Patricia e conseguir que ao longo do país não se esqueça que há uma mulher que há mais de 100 dias não come por um motivo justo, mas que hoje está numa condição crítica".
Ontem, em comunicado,a Anistia Internacional expressou extrema preocupação com o estado de saúde de Trancoso e pediu às autoridades que "se garanta sua saúde e que sua situação jurídica seja revisada". "Ela está presa desde 2002 depois de ter sido julgada como responsável do incêndio de 100 hectares de bosque em 2001. Ela reclama que o bosque se encontra em terras ancestrais, cedidas para a exploração de companhias de madeira e celulose durante o governo Pinochet", explica a Anistia.
Da Argentina, a Associação Mães da Praça de Maio também manifestou seu apoio. "Nos solidarizamos com Patricia Troncoso e esperamos que a doutora Bachelet tenha sensibilidade, como mulher que passou pelos campos de concentração chilenos, e que não pode esquecer disso".
Patrícia se encontra num hospital em Chillan. Segundo seus familiares, ela teria sido transferida sem autorização. Ela foi hospitalizada por estar com o estado de saúde bastante fragilizado em decorrência da greve de fome que começou no dia 10 de outubro de 2007. (Fonte: Adital)
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