Cilene Figueredo/Agência Brasil
Em entrevista hoje (18) ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, Abramo defendeu a proposta de emenda à Constituição (PEC) e os dois projetos de lei apresentados no final de novembro pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) que torna inelegíveis políticos condenados em alguma instância ou que não consigam comprovar idoneidade moral. As matérias tramitam na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Segundo Abramo, a iniciativa de Simon pode acarretar uma mudança na classe política do país. Isso porque, de acordo com a Transparência Brasil, 40% dos parlamentares têm problemas com a Justiça ou cometeram irregularidades graves. “Isso é um problema político e não jurídico, a gente tem que tentar evitar que pessoas que têm esse gênero de comportamento, cheguem a ser eleitos, porque isso destrói a política”, disse.
A Lei Complementar 64, de 1990, estabelece que alguns crimes são suficientes para impedir a candidatura de um político. No entanto, a lei só vale para processos transitados em julgado – ao qual não cabem mais recursos.
Para o diretor, o acompanhamento da mídia e da opinião pública em torno do projeto é imprescindível para a aprovação da PEC. “A imprensa tem o papel fundamental para levar a informação à população e exercer pressão sobre os parlamentares”, afirmou o diretor.
Na justificativa do projeto, Simon argumenta que a proposta pretende evitar que os políticos eleitos aproveitem as condições que o cargo garante (como foro privilegiado) para adiar indefinidamente o julgamento de algumas condenações criminais e, com isso, continuar na disputa eleitoral.
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