26 dezembro 2007/Agência Estado
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, elogiou hoje a decisão da Justiça italiana de mandar prender 13 brasileiros entre as 140 pessoas com mandado de prisão por suposto envolvimento na chamada Operação Condor, uma ação articulada de repressão de oposicionistas pelos governos militares sul-americanos nos anos 70 e 80.
Britto disse em nota oficial que a Justiça italiana fez o que "há muito" cabia ao Brasil fazer: "Mostrou feridas não cicatrizadas em nossa memória. Para que cicatrizem, é preciso que se saiba como foram abertas. E só a verdade é capaz de fazê-lo."
O presidente da OAB avalia que "não se negligencia impunemente com a História". "A recusa sistemática do Estado brasileiro em pôr a limpo o que se passou no período da repressão política, nas décadas de 60 a 80, nos expõe agora ao constrangimento de uma censura externa para a qual não temos defesa moral." A Justiça italiana não forneceu ainda os nomes dos 13 brasileiros que tiveram ordem de prisão decretada nem comunicou o fato ao governo brasileiro.
Extra-oficialmente, as autoridades brasileiras avaliam que os citados devem ser as pessoas supostamente envolvidas nos desaparecimentos dos argentinos Horacio Domingo Campiglia e de Lorenzo Ismael Viña. Os dois desapareceram no Brasil em 1980. Campiglia teria sido preso no Rio e Viña, no Rio Grande do Sul.
"A OAB tem defendido obstinadamente, ao longo do tempo, o cabal esclarecimento de todas as mazelas perpetradas pelo regime ditatorial de 1964. Aos que invocam a Lei de Anistia como argumento para manter debaixo do tapete o lixo da História, respondemos que anistia não é amnésia. Impede a responsabilização penal de determinados delitos, mas não que os conheçamos - e os censuremos", afirma Cezar Britto.
Britto disse em nota oficial que a Justiça italiana fez o que "há muito" cabia ao Brasil fazer: "Mostrou feridas não cicatrizadas em nossa memória. Para que cicatrizem, é preciso que se saiba como foram abertas. E só a verdade é capaz de fazê-lo."
O presidente da OAB avalia que "não se negligencia impunemente com a História". "A recusa sistemática do Estado brasileiro em pôr a limpo o que se passou no período da repressão política, nas décadas de 60 a 80, nos expõe agora ao constrangimento de uma censura externa para a qual não temos defesa moral." A Justiça italiana não forneceu ainda os nomes dos 13 brasileiros que tiveram ordem de prisão decretada nem comunicou o fato ao governo brasileiro.
Extra-oficialmente, as autoridades brasileiras avaliam que os citados devem ser as pessoas supostamente envolvidas nos desaparecimentos dos argentinos Horacio Domingo Campiglia e de Lorenzo Ismael Viña. Os dois desapareceram no Brasil em 1980. Campiglia teria sido preso no Rio e Viña, no Rio Grande do Sul.
"A OAB tem defendido obstinadamente, ao longo do tempo, o cabal esclarecimento de todas as mazelas perpetradas pelo regime ditatorial de 1964. Aos que invocam a Lei de Anistia como argumento para manter debaixo do tapete o lixo da História, respondemos que anistia não é amnésia. Impede a responsabilização penal de determinados delitos, mas não que os conheçamos - e os censuremos", afirma Cezar Britto.
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