Agência Brasil/16 dezembro 2007
Depois de 20 dias de greve de fome contra a transposição do Rio São Francisco, o bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio já perdeu sete quilos. O religioso, no entanto, até agora não apresentou nenhum sinal de enfermidade, segundo o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) na Bahia e coordenador da Articulação Popular pela Revitalização do São Francisco, Rubens Siqueira.
Neste domingo, Dom Luiz saiu da igreja onde está, em Sobradinho (BA), para receber cerca de 100 pessoas que estão no local em apoio à greve de fome. A partir desta segunda-feira, 21º dia de jejum, o bispo terá acompanhamento médico constante.
"Ele diz que está se sentindo bem, mas sabe que está mais frágil", disse a assessora da Articulação São Francisco Vivo, Clarice Maia. Esta é a segunda vez que Dom Cappio faz greve de fome contra o projeto do governo. Em 2005, ele fechou um acordo com o governo depois de ficar 11 dias sem comer.
Ao contrário do que aconteceu na semana passada, quando houve um ato a favor de Dom Cappio, não está programada nenhuma manifestação em Sobradinho. No entanto, desde sábado estão sendo realizadas vigílias com jejum em Salvador e em Bom Jesus da Lapa (BA). Na capital baiana, a vigília é permanente e não tem prazo para terminar. Em Bom Jesus, a manifestação segue somente neste domingo.
De acordo com Rubens Siqueira, também há pessoas reunidas em vigília e jejum em outros lugares do país, como Brasília, mas ainda não chegaram informações suficientes para confirmar onde há manifestações. Siqueira afirmou que até o final do dia já se deve ter um quadro completo.
A greve de fome atraiu a atenção do Vaticano. Uma carta assinada pelo representante do papa Bento 16 no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, pediu que dom Cappio voltasse a se alimentar. Segundo o documento, a prática do jejum, em níveis radicais, não condiz com os princípios cristãos.
Essa não é a primeira vez que o religioso é advertido pela Santa Sé. Na semana passada, o cardeal Giovanni Battista Re, responsável pelos bispos no Vaticano, enviou uma mensagem a dom Cappio, por meio do Arcebispo de Feira de Santana (BA), também pedindo que ele abandonasse a greve.
Segundo Siqueira, o bispo respondeu dizendo que estava trabalhando para que a greve de fome terminasse. Ele informou ainda que dom Cappio não se manifestará mais sobre o assunto e só acabará com o jejum se o papa ordenar diretamente. "Bento 16 ainda não se pronunciou e nem deve se pronunciar sobre o assunto, já que não há nada na tradição e nas leis da Igreja Católica que se posicione contra o jejum radical", alegou o representante da CPT.
Neste domingo, Dom Luiz saiu da igreja onde está, em Sobradinho (BA), para receber cerca de 100 pessoas que estão no local em apoio à greve de fome. A partir desta segunda-feira, 21º dia de jejum, o bispo terá acompanhamento médico constante.
"Ele diz que está se sentindo bem, mas sabe que está mais frágil", disse a assessora da Articulação São Francisco Vivo, Clarice Maia. Esta é a segunda vez que Dom Cappio faz greve de fome contra o projeto do governo. Em 2005, ele fechou um acordo com o governo depois de ficar 11 dias sem comer.
Ao contrário do que aconteceu na semana passada, quando houve um ato a favor de Dom Cappio, não está programada nenhuma manifestação em Sobradinho. No entanto, desde sábado estão sendo realizadas vigílias com jejum em Salvador e em Bom Jesus da Lapa (BA). Na capital baiana, a vigília é permanente e não tem prazo para terminar. Em Bom Jesus, a manifestação segue somente neste domingo.
De acordo com Rubens Siqueira, também há pessoas reunidas em vigília e jejum em outros lugares do país, como Brasília, mas ainda não chegaram informações suficientes para confirmar onde há manifestações. Siqueira afirmou que até o final do dia já se deve ter um quadro completo.
A greve de fome atraiu a atenção do Vaticano. Uma carta assinada pelo representante do papa Bento 16 no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, pediu que dom Cappio voltasse a se alimentar. Segundo o documento, a prática do jejum, em níveis radicais, não condiz com os princípios cristãos.
Essa não é a primeira vez que o religioso é advertido pela Santa Sé. Na semana passada, o cardeal Giovanni Battista Re, responsável pelos bispos no Vaticano, enviou uma mensagem a dom Cappio, por meio do Arcebispo de Feira de Santana (BA), também pedindo que ele abandonasse a greve.
Segundo Siqueira, o bispo respondeu dizendo que estava trabalhando para que a greve de fome terminasse. Ele informou ainda que dom Cappio não se manifestará mais sobre o assunto e só acabará com o jejum se o papa ordenar diretamente. "Bento 16 ainda não se pronunciou e nem deve se pronunciar sobre o assunto, já que não há nada na tradição e nas leis da Igreja Católica que se posicione contra o jejum radical", alegou o representante da CPT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário