Lisboa, Portugal, 14 dezembro 2007 - São Tomé e Príncipe precisa de um acordo monetário com a África Ocidental ou a Europa, que permita paridade entre a dobra e uma moeda forte, antes de aderir à Parceria Económica com União Europeia, afirmou quinta-feira em Lisboa o presidente são-tomense.
Em entrevista à agência noticiosa portuguesa Lusa, Fradique de Menezes afirmou que o acordo de paridade fixa que permita controlar a flutuação do preço das mercadorias é um de muitos "trabalhos de casa" que o país precisa de fazer antes de aderir aos Acordos de Parceria Económica (APE), que nas condições actuais seriam negativos para o arquipélago.
"Se estivermos ancorados ao euro e com uma paridade fixa e garantida durante algum tempo, isso já tranquiliza os negócios de qualquer operador. Através de Portugal, através de outro parceiro qualquer, temos de encontrar esta ancoragem e aí o mercado será abastecido e haverá trocas comerciais mais seguras", afirmou Fradique, que admitiu manter contactos com o governo português para negociar esta questão com a União Europeia.
Além da questão monetária, afirmou, há outros trabalhos de casa que o arquipélago tem de fazer antes de poder entrar num APE com a União Europeia, o que significaria a abertura do mercado europeu às suas exportações e, a longo prazo, também que as portas são-tomenses sejam franqueadas à Europa.
Entre estes está a revitalização da produção agrícola - nomeadamente do cacau, banana, mandioca, batata-doce, "produtos que garantem uma parte da alimentação são-tomense" - que permitam criar um sector primário exportador, mas está também a diversificação da economia, que está a deparar com dificuldades.
"Estamos a tentar diversificar os recursos para o turismo", para o que São Tomé conta "com a entrada forte do grupo (português) Pestana", que tem previstos vários projectos no arquipélago, envolvendo um investimento de perto de 200 milhões de euros.
Finalmente, afirmou, São Tomé e Príncipe vai ter de rever a legislação - nomeadamente comercial e laboral - para que possa dinamizar a economia e atrair investimento estrangeiro.
O presidente são-tomense considerou igualmente prioritária a resolução dos problemas de transportes no arquipélago, nomeadamente os poucos voos regulares para a Europa e a subida do custo dos fretes, esperando resultados rápidos do novo governo.
São Tomé e Príncipe esteve representado na II Cimeira Europa/África, que decorreu no último fim-de-semana, em Lisboa, por Fradique de Menezes e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ovídio Pequeno. (macauhub)
Em entrevista à agência noticiosa portuguesa Lusa, Fradique de Menezes afirmou que o acordo de paridade fixa que permita controlar a flutuação do preço das mercadorias é um de muitos "trabalhos de casa" que o país precisa de fazer antes de aderir aos Acordos de Parceria Económica (APE), que nas condições actuais seriam negativos para o arquipélago.
"Se estivermos ancorados ao euro e com uma paridade fixa e garantida durante algum tempo, isso já tranquiliza os negócios de qualquer operador. Através de Portugal, através de outro parceiro qualquer, temos de encontrar esta ancoragem e aí o mercado será abastecido e haverá trocas comerciais mais seguras", afirmou Fradique, que admitiu manter contactos com o governo português para negociar esta questão com a União Europeia.
Além da questão monetária, afirmou, há outros trabalhos de casa que o arquipélago tem de fazer antes de poder entrar num APE com a União Europeia, o que significaria a abertura do mercado europeu às suas exportações e, a longo prazo, também que as portas são-tomenses sejam franqueadas à Europa.
Entre estes está a revitalização da produção agrícola - nomeadamente do cacau, banana, mandioca, batata-doce, "produtos que garantem uma parte da alimentação são-tomense" - que permitam criar um sector primário exportador, mas está também a diversificação da economia, que está a deparar com dificuldades.
"Estamos a tentar diversificar os recursos para o turismo", para o que São Tomé conta "com a entrada forte do grupo (português) Pestana", que tem previstos vários projectos no arquipélago, envolvendo um investimento de perto de 200 milhões de euros.
Finalmente, afirmou, São Tomé e Príncipe vai ter de rever a legislação - nomeadamente comercial e laboral - para que possa dinamizar a economia e atrair investimento estrangeiro.
O presidente são-tomense considerou igualmente prioritária a resolução dos problemas de transportes no arquipélago, nomeadamente os poucos voos regulares para a Europa e a subida do custo dos fretes, esperando resultados rápidos do novo governo.
São Tomé e Príncipe esteve representado na II Cimeira Europa/África, que decorreu no último fim-de-semana, em Lisboa, por Fradique de Menezes e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ovídio Pequeno. (macauhub)
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