A estudande argentina Savari Ailín, de 13 anos de idade, participa de acampamento que visa à integração de crianças carentes do Mecosul (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr)
Mylena Fiori, enviada especial/Agência Brasil
Montevidéu (Uruguai), 16 dezembro 2007 - Em meio às arvores do Parque Punto Espinillo, na zona rural de Montevidéu, 60 crianças do Brasil, Argentina e Uruguai debatem questões mundiais em oficinas sobre globalização, discriminação, integração, erradicação da pobreza.
O tema do dia é trabalhado depois em atividades esportivas, culturais e de lazer. A rotina faz parte do acampamento promovido pela prefeitura de Montevidéu e pela rede Mercocidades, que reúne 181 municípios dos quatro países do Mercosul, além da Venezuela, do Chile, da Bolívia e do Peru.
"Procuramos ensinar a partir de suas realidades, e não de forma teórica. E as crianças se interessam muito", relata o uruguaio Paulo Grandal, coordenador do grupo de monitores, escolhido pela prefeitura de Montevidéu.
A jornada de integração começou na última quinta-feira (13) e termina no próximo dia 19.
Entre as atividades, está a comparação do noticiário de cada país - todos os participantes trouxeram jornais de suas cidades para analisar as diferentes versões de uma mesma notícia.
"A idéia é que os leitores também sejam críticos e saibam separar o espírito da notícia com a forma de comunicá-la", explica Gonzalo Reboledo, diretor da Secretaria da Infância de Montevidéu e coordenador do acampamento.
Há também oficinas de rádio e de vídeo. O acampamento tem até uma rádio própria, com transmissão simultânea em FM, na qual as crianças fazem o papel de entrevistadores e entrevistados, falando espanhol e português.
Para não esquecerem o que estão aprendendo, os mineiros Igor Ferreira de Pádua e Lucas Fernandes, ambos com 11 anos de idade, estão fazendo até dicionários com as palavras novas.
Os dois são alunos do 2º ano do segundo ciclo (antiga quarta-série) da Escola Municipal Anne Frank, localizada na comunidade Confisco, em Belo Horizonte (MG), uma das selecionadas para participar do acampamento.
"Já aprendi 62 palavras", conta Lucas com euforia. Ele nunca tinha saído de Belo Horizonte e diz que o mais interessante no acampamento é a diversidade cultural. "O mais legal é todo mundo falando espanhol, todo mundo diferente na barraca".
Ele será um dos oradores na grande representação sobre a globalização que as crianças farão na próxima terça-feira (18) na esplanada da prefeitura de Montevidéu.
De lá, elas seguem para atividades nos jardins do Edifício Mercosul, onde estarão os presidentes dos países do bloco. Eles participam da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.
A empolgação não é apenas dos brasileiros. "Aqui trocamos experiências, conhecemos novas pessoas e fazemos amigos A verdade é que nos divertimos um montão", conta o uruguaio Facundo Gonzalez, 13 anos de idade.
A oportunidade de conviver com colegas dos países vizinhos também entusiasma a argentina Savari Ailin, 13 anos de idade, estudante da 8ª série de uma escola pública da cidade de Moron e integrante do Conselho de Crianças daquele município.
É a primeira vez que Savari visita outro país. "Essa uma experiência muito interessante, conhecemos gente de outros países, outras culturas, diferentes idiomas também".
Engajada e muito articulada, ela se diz a favor da integração. "Temos que estar unidos, nos conhecer, compartilhar as mesmas coisas".
O tema do dia é trabalhado depois em atividades esportivas, culturais e de lazer. A rotina faz parte do acampamento promovido pela prefeitura de Montevidéu e pela rede Mercocidades, que reúne 181 municípios dos quatro países do Mercosul, além da Venezuela, do Chile, da Bolívia e do Peru.
"Procuramos ensinar a partir de suas realidades, e não de forma teórica. E as crianças se interessam muito", relata o uruguaio Paulo Grandal, coordenador do grupo de monitores, escolhido pela prefeitura de Montevidéu.
A jornada de integração começou na última quinta-feira (13) e termina no próximo dia 19.
Entre as atividades, está a comparação do noticiário de cada país - todos os participantes trouxeram jornais de suas cidades para analisar as diferentes versões de uma mesma notícia.
"A idéia é que os leitores também sejam críticos e saibam separar o espírito da notícia com a forma de comunicá-la", explica Gonzalo Reboledo, diretor da Secretaria da Infância de Montevidéu e coordenador do acampamento.
Há também oficinas de rádio e de vídeo. O acampamento tem até uma rádio própria, com transmissão simultânea em FM, na qual as crianças fazem o papel de entrevistadores e entrevistados, falando espanhol e português.
Para não esquecerem o que estão aprendendo, os mineiros Igor Ferreira de Pádua e Lucas Fernandes, ambos com 11 anos de idade, estão fazendo até dicionários com as palavras novas.
Os dois são alunos do 2º ano do segundo ciclo (antiga quarta-série) da Escola Municipal Anne Frank, localizada na comunidade Confisco, em Belo Horizonte (MG), uma das selecionadas para participar do acampamento.
"Já aprendi 62 palavras", conta Lucas com euforia. Ele nunca tinha saído de Belo Horizonte e diz que o mais interessante no acampamento é a diversidade cultural. "O mais legal é todo mundo falando espanhol, todo mundo diferente na barraca".
Ele será um dos oradores na grande representação sobre a globalização que as crianças farão na próxima terça-feira (18) na esplanada da prefeitura de Montevidéu.
De lá, elas seguem para atividades nos jardins do Edifício Mercosul, onde estarão os presidentes dos países do bloco. Eles participam da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.
A empolgação não é apenas dos brasileiros. "Aqui trocamos experiências, conhecemos novas pessoas e fazemos amigos A verdade é que nos divertimos um montão", conta o uruguaio Facundo Gonzalez, 13 anos de idade.
A oportunidade de conviver com colegas dos países vizinhos também entusiasma a argentina Savari Ailin, 13 anos de idade, estudante da 8ª série de uma escola pública da cidade de Moron e integrante do Conselho de Crianças daquele município.
É a primeira vez que Savari visita outro país. "Essa uma experiência muito interessante, conhecemos gente de outros países, outras culturas, diferentes idiomas também".
Engajada e muito articulada, ela se diz a favor da integração. "Temos que estar unidos, nos conhecer, compartilhar as mesmas coisas".
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/12/16/materia.2007-12-16.7148132187/view
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