Luanda, Angola, 10 dezembro 2007 – Angola terá de ajustar, a partir de 2008, o forte crescimento do sector petrolífero à quota agora atribuída pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), muita próxima da produção actual.
Quer o governo quer as petrolíferas demonstram à-vontade em relação ao facto de a quota angolana de 1,9 milhões de barris diários ser inferior à produção de petróleo prevista para o final deste ano - dois milhões de barris, com tendência de subida.
"Não precisamos de produzir [assim tanto]. Podemos alterar a nossa produção a qualquer altura. Não precisamos de gastar tudo, podemos poupar isso", disse à imprensa o ministro angolano do Petróleo, Desidério Costa.
Falando pouco depois de formalmente anunciada a quota atribuída a Angola, aplicável a partir de Janeiro de 2008, exactamente um ano depois da adesão à OPEP, o ministro angolano assegurou que a produção média em 2008 se ficará pelos 1,9 milhões de barris estipulados, ainda que em determinadas alturas possa ultrapassar esta marca.
"Não estamos na OPEP para ser contra a OPEP, estamos para trabalhar juntos", disse o ministro angolano à margem da conferência do cartel petrolífero em Viena.
Os dados de exportações deste ano indicam que em seis dos últimos oito meses a produção angolana fixou novos máximos históricos.
Angola é cada vez mais apontada como uma alternativa viável para as grandes petrolíferas assegurarem o crescimento futuro das suas reservas e produção, a braços com o esgotamento de reservas, com a dificuldade em identificar novas e com obstáculos de natureza política em operar em grandes países produtores como a Rússia e a Venezuela.
Para 2008, é esperado o início da produção de três novos campos em Angola, que deverão representar uma capacidade adicional de produção próximo dos 350 mil barris diários.
O maior destes, Mondo, operado pela norte-americana Exxon Mobil arranca nas próximas semanas e, quando em plena produção, deverá debitar perto de 100 mil barris diários.
À semelhança de outras petrolíferas presentes em Angola, a Exxon já afirmou que irá "respeitar integralmente" as obrigações legais.
O campo Plutónio, da BP, começou a produzir em Outubro, e no próximo ano o seu débito deverá aumentar para perto de 200 mil barris diários.
Robert Wine, da petrolífera britânica, aguarda que Angola "aborde os operadores", o que até ao momento ainda não aconteceu, explicando "que mecanismos decidiu adoptar" para aplicar a quota de produção.
A francesa Total, que produz perto de 500 mil barris diários nos campos Girassol e Dália, anunciou que mantém, para já, a sua previsão de crescimento de produção.
No sector petrolífero e gasífero angolano actuam ainda empresas como a Repsol, Gas Natural, Eni, Sinopec e Statoil.
A aplicação da quota de produção petrolífera a Angola coincide com o lançamento do processo de atribuição de 10 novos blocos de exploração petrolífera, a concluir até Julho do próximo ano.
O concurso, que será aberto a empresas petrolíferas angolanas e estrangeiras, refere-se à atribuição de novas concessões nos blocos Centro da Zona Terrestre de Cabinda, 11 e 12 da Zona Terrestre do Kwanza.
O concurso vai também abranger concessões nos blocos 9 (águas rasas), 19, 20, 21 (águas profundas) assim como 46, 47 e 48 (águas ultra-profundas). (macauhub)
Quer o governo quer as petrolíferas demonstram à-vontade em relação ao facto de a quota angolana de 1,9 milhões de barris diários ser inferior à produção de petróleo prevista para o final deste ano - dois milhões de barris, com tendência de subida.
"Não precisamos de produzir [assim tanto]. Podemos alterar a nossa produção a qualquer altura. Não precisamos de gastar tudo, podemos poupar isso", disse à imprensa o ministro angolano do Petróleo, Desidério Costa.
Falando pouco depois de formalmente anunciada a quota atribuída a Angola, aplicável a partir de Janeiro de 2008, exactamente um ano depois da adesão à OPEP, o ministro angolano assegurou que a produção média em 2008 se ficará pelos 1,9 milhões de barris estipulados, ainda que em determinadas alturas possa ultrapassar esta marca.
"Não estamos na OPEP para ser contra a OPEP, estamos para trabalhar juntos", disse o ministro angolano à margem da conferência do cartel petrolífero em Viena.
Os dados de exportações deste ano indicam que em seis dos últimos oito meses a produção angolana fixou novos máximos históricos.
Angola é cada vez mais apontada como uma alternativa viável para as grandes petrolíferas assegurarem o crescimento futuro das suas reservas e produção, a braços com o esgotamento de reservas, com a dificuldade em identificar novas e com obstáculos de natureza política em operar em grandes países produtores como a Rússia e a Venezuela.
Para 2008, é esperado o início da produção de três novos campos em Angola, que deverão representar uma capacidade adicional de produção próximo dos 350 mil barris diários.
O maior destes, Mondo, operado pela norte-americana Exxon Mobil arranca nas próximas semanas e, quando em plena produção, deverá debitar perto de 100 mil barris diários.
À semelhança de outras petrolíferas presentes em Angola, a Exxon já afirmou que irá "respeitar integralmente" as obrigações legais.
O campo Plutónio, da BP, começou a produzir em Outubro, e no próximo ano o seu débito deverá aumentar para perto de 200 mil barris diários.
Robert Wine, da petrolífera britânica, aguarda que Angola "aborde os operadores", o que até ao momento ainda não aconteceu, explicando "que mecanismos decidiu adoptar" para aplicar a quota de produção.
A francesa Total, que produz perto de 500 mil barris diários nos campos Girassol e Dália, anunciou que mantém, para já, a sua previsão de crescimento de produção.
No sector petrolífero e gasífero angolano actuam ainda empresas como a Repsol, Gas Natural, Eni, Sinopec e Statoil.
A aplicação da quota de produção petrolífera a Angola coincide com o lançamento do processo de atribuição de 10 novos blocos de exploração petrolífera, a concluir até Julho do próximo ano.
O concurso, que será aberto a empresas petrolíferas angolanas e estrangeiras, refere-se à atribuição de novas concessões nos blocos Centro da Zona Terrestre de Cabinda, 11 e 12 da Zona Terrestre do Kwanza.
O concurso vai também abranger concessões nos blocos 9 (águas rasas), 19, 20, 21 (águas profundas) assim como 46, 47 e 48 (águas ultra-profundas). (macauhub)
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