Apoio ao Bispo Luís Cappio se intensifica em todo o país
5 novembro 2007
Em solidariedade ao Frei Luís Flávio Cappio, Bispo da Diocese de Barra (Bahia), que há dez dias faz jejum em protesto à obra de transposição e em defesa da revitalização da Bacia do Rio São Francisco, o movimento Grito dos Excluídos promoverá, nesta quinta-feira (6), na Praça da Sé, na cidade de São Paulo, uma manifestação de apoio, durante a qual os participantes farão um jejum solidário simbólico das 6h às 18h, além de realizarem um ato público marcado para as 16h.
Também em solidariedade a Dom Luís Cappio, a Articulação no Sem-Árido Brasileiro (ASA Brasil), fórum que reúne mais de 750 instituições da sociedade civil do Semi-Árido, divulgou no último dia 3, uma carta, na qual manifesta sua solidariedade ao bispo. "Manifestamos nosso apoio a um processo de revitalização participativo e democrático da bacia do Rio São Francisco, que é parte de um projeto maior de desenvolvimento sustentável do Semi-Árido", diz a carta.
Para a ASA, a obra no Rio Francisco baseia-se em um modelo que prioriza o agronegócio em detrimento da agricultura familiar, apontando para ações de privatização e mercantilização da água. "O acesso à água é um direito humano básico que necessita ser urgentemente efetivado para toda a população, em especial para os agricultores e agricultoras familiares do Semi-Árido brasileiro", argumentam os movimentos.
Ontem (4), foi a vez da Via Campesina e do Fórum Nacional de Reforma Agrária e Justiça no Campo, além dos deputados Adão Pretto (PT/RS) e Iran Barbosa (PT/SE) manifestarem sua solidariedade ao protesto de Dom Luís Cappio através de duas cartas entregues ao Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), D. Dimas Barbosa. Na carta, a Via Campesina afirma que "a transposição não criará as condições de acesso à água para os camponeses mais necessitados do semi-árido, mas fornecerá água subsidiada pelo povo brasileiro para as grandes empresas do agronegócio do Nordeste".
Já o manifesto do Fórum exige do Governo Federal a imediata paralisação das obras de transposição e o início de um amplo diálogo com a sociedade civil na busca de concretizar alternativas para um outro Semi-Árido.
Em carta enviada ao presidente Luis Inácio Lula da Silva, Dom Cappio lembra ao presidente o não cumprimento do acordo assumido em 2005, no qual Lula propôs a não dar continuidade ao projeto sem esclarecer e ampliar o debate sobre o tema, mas pouco depois retomou as obras. O acordo ocorreu em virtude do primeiro jejum que o bispo se propôs em defesa do Rio São Francisco, no qual passou onze dias sem se alimentar.
Desta vez, entretanto, o religioso não está sozinho em seu protesto. Quatro mulheres ligadas à igreja "Filhas da Maria", na cidade de Sobradinho (BA), onde está o frei, estão jejuando com ele. Mais cinco pessoas em diferentes locais do Brasil, não ingeriram alimentos durante o final de semana.
Hoje (05) pela manhã, mais de mil pessoas fecharam a ponte do município Ibotirama (BA), BR 242, que serve de acesso para Brasília. A ação aconteceu em protesto contra o projeto de transposição de águas do rio São Francisco e em solidariedade ao jejum do frei.
Ontem, um ato público em Sobradinho, chegou a reunir mais de quatro mil pessoas numa caminhada que partiu da Capela de São Francisco em direção às margens do rio São Francisco.
Também em solidariedade a Dom Luís Cappio, a Articulação no Sem-Árido Brasileiro (ASA Brasil), fórum que reúne mais de 750 instituições da sociedade civil do Semi-Árido, divulgou no último dia 3, uma carta, na qual manifesta sua solidariedade ao bispo. "Manifestamos nosso apoio a um processo de revitalização participativo e democrático da bacia do Rio São Francisco, que é parte de um projeto maior de desenvolvimento sustentável do Semi-Árido", diz a carta.
Para a ASA, a obra no Rio Francisco baseia-se em um modelo que prioriza o agronegócio em detrimento da agricultura familiar, apontando para ações de privatização e mercantilização da água. "O acesso à água é um direito humano básico que necessita ser urgentemente efetivado para toda a população, em especial para os agricultores e agricultoras familiares do Semi-Árido brasileiro", argumentam os movimentos.
Ontem (4), foi a vez da Via Campesina e do Fórum Nacional de Reforma Agrária e Justiça no Campo, além dos deputados Adão Pretto (PT/RS) e Iran Barbosa (PT/SE) manifestarem sua solidariedade ao protesto de Dom Luís Cappio através de duas cartas entregues ao Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), D. Dimas Barbosa. Na carta, a Via Campesina afirma que "a transposição não criará as condições de acesso à água para os camponeses mais necessitados do semi-árido, mas fornecerá água subsidiada pelo povo brasileiro para as grandes empresas do agronegócio do Nordeste".
Já o manifesto do Fórum exige do Governo Federal a imediata paralisação das obras de transposição e o início de um amplo diálogo com a sociedade civil na busca de concretizar alternativas para um outro Semi-Árido.
Em carta enviada ao presidente Luis Inácio Lula da Silva, Dom Cappio lembra ao presidente o não cumprimento do acordo assumido em 2005, no qual Lula propôs a não dar continuidade ao projeto sem esclarecer e ampliar o debate sobre o tema, mas pouco depois retomou as obras. O acordo ocorreu em virtude do primeiro jejum que o bispo se propôs em defesa do Rio São Francisco, no qual passou onze dias sem se alimentar.
Desta vez, entretanto, o religioso não está sozinho em seu protesto. Quatro mulheres ligadas à igreja "Filhas da Maria", na cidade de Sobradinho (BA), onde está o frei, estão jejuando com ele. Mais cinco pessoas em diferentes locais do Brasil, não ingeriram alimentos durante o final de semana.
Hoje (05) pela manhã, mais de mil pessoas fecharam a ponte do município Ibotirama (BA), BR 242, que serve de acesso para Brasília. A ação aconteceu em protesto contra o projeto de transposição de águas do rio São Francisco e em solidariedade ao jejum do frei.
Ontem, um ato público em Sobradinho, chegou a reunir mais de quatro mil pessoas numa caminhada que partiu da Capela de São Francisco em direção às margens do rio São Francisco.
Fonte: Portal do Conselho Indigenista Missionário – CIMI
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=2897&eid=341
http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=2897&eid=341
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