quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Cabo Verde/Importações aumentam 29% com o Brasil a liderar a subida

Praia, 4 outubro 2007 - As importações de bens em Cabo Verde aumentaram 29 por cento no primeiro semestre, face a igual período do ano passado, com o Brasil a ganhar peso entre os cinco principais fornecedores do arquipélago.


De acordo com dados divulgados pelo Banco de Cabo Verde (BCV), o arquipélago importou bens no valor de 28.530 milhões de escudos cabo-verdianos (259 milhões de euros) no primeiro semestre, mais 29 por cento do que no período homólogo.


As importações com origem no Brasil foram as que mais cresceram: 61 por cento, para 1.871 milhões de escudos.


Além do Brasil, também Portugal aumentou as exportações para Cabo Verde (12.876 milhões de escudos, mais 15 por cento do que no primeiro semestre do ano passado) o mesmo acontecendo com Espanha (4.384 milhões de escudos, mais 25 por cento).


Mantendo esta tendência recente, as exportações de bens cabo-vedianos continuaram a recuar nos seis primeiros meses do ano, 13 por cento em relação ao período homólogo, para 855 milhões de escudos (7,7 milhões de euros).


Foram principalmente as vendas a Espanha a explicar o recuo, ao perderem perto de metade do seu valor, mas também as exportações com destino a Portugal baixaram.


No seu último relatório, o banco central atribui a descida à "redução de cerca de 50 por cento das reexportações de combustíveis e víveres nos portos e aeroportos internacionais do país, rubrica de maior peso nas exportações de bens, influenciado pela mudança de rota dos voos da SAA", a operadora aérea sul-africana.


A pesar na diminuição das vendas ao estrangeiro estiveram ainda os produtos tradicionais, nomeadamente o pescado.


Considerando a componente de serviços, que está a crescer perto de 25 por cento, as exportações terão crescido perto de 10 por cento, segundo o último relatório do Banco Central.


Cabo Verde é actualmente o país africano com maior peso do sector de serviços na economia (74 por cento).


"Para o aumento das exportações de serviços contribuíram, principalmente, o crescimento significativo das receitas brutas de turismo (45,5 por cento), sector que ganha cada vez mais preponderância na estrutura do produto e como fonte de financiamento da economia do país", afirma o Banco no seu último relatório. (Noticias Lusófonas)

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