17 Junho
2015, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
Um total de
3.62 biliões de dólares norte-americanos foi investido no ano passado em
Moçambique pela China, no âmbito de implementação da tradicional cooperação
bilateral entre os dois países que data desde 1974.
Segundo o
conselheiro da embaixada daquele país asiático acreditado em Maputo, Wang
Lipei, o montante em alusão foi aplicado nos domínios da agricultura,
infra-estrutura, comunicação, montagem de automóveis, energia, minerais,
materiais de construção, imóveis, hotéis, entre outros sectores da vida
socioeconómica do nosso país.
Falando há
dias na cidade da Beira, Sofala, durante a realização do encontro empresarial
de cooperação entre os dois Estados amigos, o diplomata chinês referiu ainda
que este ano, no âmbito dos 40 anos do estabelecimento de relação entre China e
Moçambique, atenção especial vai para a promoção do desenvolvimento e
prosperidade para ambos os países.
A partir de
1974, segundo o orador, e especialmente durante os últimos dez anos a escala
dos intercâmbios económicos e negócios cresce rapidamente, emergindo mais
cooperações em diversos sectores, resultando em sucessos abundantes.
“Agora, no
que diz respeito ao comércio, a China vem a ser o terceiro maior parceiro de
Moçambique. Em 2012 o valor de comércio entre os dois países ultrapassou, pela
primeira vez, um bilião de dólares para em 2014 ultrapassar três biliões,
chegando a 3.62 biliões” – consubstanciou Lipei.
Na
oportunidade, o nosso Jornal soube que o Conselho Económico e Comercial da
Embaixada da República Popular da China em Moçambique concentra-se sempre em
promoção da cooperação económica e intercâmbio de pessoas entre os dois países.
Por enquanto,
mais de 60 grandes empresas chinesas estão estabelecidas em Moçambique, sendo
que algumas delas já começam a fazer investimento e outros tipos de cooperação
na província central de Sofala.
Para
investidores chineses, a excelente localização de Sofala e os abundantes
recursos naturais garantem um futuro brilhante daquele ponto do país, assim
como cada vez mais oportunidades de investimento no futuro.
Por seu
turno, a governadora Maria Helena Taipo entende que está confiante nas
perspectivas do desenvolvimento das relações China–Moçambique mesmo perante o
cenário internacional em transformação.
Dirigindo-se
à delegação empresarial chinesa, indicou que o Governo tem consciência de que a
província de Sofala é detentora do segundo maior porto e parque industrial do
país, gozando de uma localização geográfica estratégica no contexto das
economias nacional e regional com destaque para o Corredor da Beira que faz
delauma autêntica entrada dos países da SADC.
A governante
apontou que, além das suas infra-estruturas socioeconómicas estratégicas,
Sofala possui uma vasta diversidade sociocultural e abundância de recursos
hídricos, minerais, florestais e faunísticos.
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China pretende apoiar industrialização de Moçambique
A China pretende aumentar a
cooperação industrial com Moçambique, disse em Maputo o embaixador da China em
Moçambique, Li Chunhua, que adiantou terem várias empresas públicas e privadas
do seu país manifestado já interesse em investir no sector.
“A China, ao fim de mais de 40
anos de reformas económicas, já tem condições para reforçar a cooperação na
área industrial, o que corresponde às necessidades dos países africanos,
nomeadamente Moçambique”, afirmou o diplomata, que se encontra no final da sua
missão em Moçambique.
À margem da cerimónia em Maputo
que assinalou o 40º aniversário do estabelecimento relações diplomáticas entre Moçambique
entre os dois países, Li Chunhua recordou que Moçambique assinala este ano 40
anos de independência e também de relacionamento com o seu país e adiantou que,
desde 1975, a cooperação entre os dois países “foi sempre ampliada.”
“A China presta muita atenção aos
países africanos e, nos próximos anos, poderemos reforçar a cooperação para a
industrialização internacional”, frisou o embaixador chinês citado pela agência
noticiosa Lusa, afastando a ideia de que o seu país está apenas interessado nos
recursos naturais no continente.
A China foi em 2014 o quinto
maior investidor estrangeiro em Moçambique, com cerca de 65 milhões de euros e
as trocas comerciais entre os dois países atingiram 3,62 mil milhões de dólares
(mais 119,79% em termos anuais), em que 1,96 mil milhões de dólares (mais
64,55%) representaram exportações chinesas e 1,65 mil milhões de dólares (mais
266,37%) vendas moçambicanas. (Macauhub/CN/MZ)
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