26 junho 2015, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)
Josina de Carvalho,
Maputo
O Vice-Presidente da
República, Manuel Vicente, fez ontem a entrega, em Maputo, de uma mensagem do
Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, ao seu homólogo moçambicano, Filipe
Nyusi, na qual felicita o povo moçambicano pelos 40 anos da Independência,
assinalados ontem.
Em breves declarações
à imprensa, à saída da audiência, o Vice-Presidente Manuel Vicente felicitou os
moçambicanos pela data e encorajou-os a continuarem a trabalhar para o
desenvolvimento e progresso do país.
A secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, e o embaixador angolano em Moçambique, Brito Sozinho, testemunharam a audiência. Ainda ontem
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou ontem em Maputo que o balanço das acções realizadas ao longo dos 40 anos de Independência do país é positivo. No acto central das comemorações dos 40 anos de Independência de Moçambique, em que esteve presente o Vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, Filipe Nyusi disse que a aposta do Governo no desenvolvimento humano é o segredo da evolução registada durante o período. “O Estado concentrou-se na formação e na prestação de serviços básicos de saúde”, referiu o Chefe de Estado de Moçambique, enquanto discursava para mais de 40 mil pessoas que assistiram à cerimónia, no Estádio Nacional da Machava, onde foi proclamada a Independência pelo então Presidente Samora Machel.
Perante a assistência, que também integrava vários Chefes de Estado e de Governo africanos, Filipe Nyusi deu a conhecer que a massificação permitiu estender a rede escolar em todos os subsistemas de ensino e reduzir a taxa de analfabetismo de 93 por cento, em 1975, para cerca de 48 por cento, em 2015. No mesmo período, acrescentou, o número de professores do ensino primário e secundário aumentou sete vezes, do ensino técnico profissional, cinco vezes e os professores universitários passaram de 244 para 6.400. As escolas primárias aumentaram de 5.260 para 17.150, as escolas secundárias de 12 para 920, as escolas técnico-profissionais de 26 para 111 e a Universidade Eduardo Mondlane deixou de ser única pelo surgimento de 48 instituições de ensino superior. No sector da saúde, em que o quadro era mais dramático na altura da Independência, com pouco mais de 500 unidades sanitárias, o Presidente moçambicano destaca a criação do Serviço Nacional de Saúde, que permitiu triplicar o número de unidades sanitárias e a redução da mortalidade infantil.
Em 1975, referiu o Chefe de Estado, havia pouco menos de uma centena de médicos e actualmente o número cresceu para 1.600. O número de enfermeiros subiu de 1.200 para cerca de 15.000, e a esperança média de vida que era de 41 anos passou para 52 anos.
Além destes dois sectores, o Presidente moçambicano falou dos avanços nos sectores da Agricultura, Energia, Água, Telecomunicações, Habitação e de Infra-estruturas rodoviárias e aeroportuárias e dos desafios para os próximos tempos, entre os quais trabalhar afincadamente para garantir o bem-estar para todos os moçambicanos.
“Há ainda muito que fazer para melhorar as condições de vida de todos, melhorar o acesso ao emprego e promover a produtividade e a competitividade”, disse, acrescentando que os índices de crescimento económico do país devem reflectir-se na qualidade de vida de cada um dos moçambicanos.
Filipe Nyusi garantiu que o governo vai criar riqueza, gerar um desenvolvimento equilibrado e inclusivo, e promover a harmonia, solidariedade, justiça e coesão social. Após a cerimónia no Estádio Nacional da Machava, houve uma recepção oficial oferecida pelo Presidente Nyusi e esposa às entidades nacionais e estrangeiras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário