Angola
continua a estar nas bocas do mundo pelo seu importante papel na busca da paz
no continente africano.
A
diplomacia angolana é conhecida pela sua grande actividade na procura de
consensos em África destinados a superar os casos de violência e de
instabilidade em países do continente, que estão ainda com dificuldades
para ultrapassar as suas desavenças internas.
Os angolanos têm uma valiosa experiência no campo da promoção do diálogo, que tem produzido resultados positivos ao nível do nosso continente. A diplomacia angolana não se limita a promover o diálogo para que as partes em conflito cheguem por exemplo a acordos. Vai mais longe. Sugere fórmulas que possam gerar processos de pacificação e reconciliação que resolvam, efectivamente, os grandes problemas que dividem cidadãos de um mesmo país. Trata-se de fórmulas que abrangem aspectos de ordem política, económica e social.
Os angolanos têm tirado proveito da sua experiência adquirida em mais de dez anos de paz e de reconciliação nacional para propor aos seus irmãos africanos
Em África há ainda problemas complexos, como os que existem na Região dos Grandes Lagos. Estando Angola a presidir à Conferência dos Grandes Lagos, compreende-se que a comunidade internacional concentre atenções no nosso país, que tem de assumir responsabilidades na condução de um processo de estabilização de uma zona marcada por recorrentes conflitos armados.
Sendo membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, Angola não poupa esforços para dinamizar acções concertadas que se destinem a ajudar na pacificação de vários países de África. Mesmo sendo complexa a missão de pacificar regiões do continente, o nosso país tem primado pela persistência, uma vez que acredita que os problemas podem ser diplomática e pacificamente resolvidos.
Não foi pois por acaso que uma alta funcionária da ONU elogiou o nosso país pelo seu papel no “árduo processo de pacificação do continente africano”. Nannethi Ahmed, directora da Divisão África para as Operações de Paz e Segurança das Nações Unidas, disse que está satisfeita com o desempenho de Angola neste período em que o continente precisa de paz e estabilidade para o desenvolvimento económico e social.
É dado adquirido que a diplomacia angolana continuará a trabalhar incansavelmente para ajudar Estados africanos a sair da instabilidade em que se encontram, no interesse de todo o continente, que precisa de começar a concentrar-se em projectos de desenvolvimento. As populações africanas esperam ansiosamente que os líderes do continente avancem para soluções que ponham definitivamente fim aos conflitos armados. Os povos africanos estão cansados das guerras, muitas vezes alimentadas por forças que só defendem os seus interesses particulares, ignorando as reais aspirações de milhões de pessoas.
Os povos de África são amantes da paz e da concórdia. Muitos países do continente estão independentes há mais de 50 anos e é tempo de o continente travar a onda de violência e optar pela estabilidade das instituições, para permitir que haja grande prosperidade em África, terra de grandes oportunidades.
Os líderes africanos devem saber interpretar os verdadeiros anseios dos povos do continente e actuar em conformidade com o que as populações desejam. Não é correcto agir contra a vontade de milhões de pessoas do continente dispostas a enveredar pelo caminho do progresso.
Os africanos têm futuro e têm capacidade para construir um continente em que não haja fome, doenças, pobreza e analfabetismo. Que os dirigentes africanos tenham consciência de que a prioridade é a luta contra o subdesenvolvimento. Não devemos perder de vista que África tem conflitos internos que só nos enfraquecem e adiam o nosso desenvolvimento. Que os recursos humanos que temos no continente estejam focados em grandes obras para gerar bem-estar. As guerras só causam desgraças. África precisa de boas políticas públicas que resultem em benefícios para os seus povos, em vários domínios. Que haja vontade política para se solucionarem os problemas que ainda existem no continente, em defesa, em primeira linha, dos interesses das populações africanas. Angola, tendo em conta as suas responsabilidades decorrentes de compromissos internacionais, vai continuar a fazer a sua parte, em prol da segurança e paz em África. Os angolanos nunca deixarão de se preocupar com as situações de instabilidade no continente, dando sempre o seu contributo, ao nível da diplomacia, para que o nosso continente venha a ser exclusivamente um espaço de crescimento e desenvolvimento económico e social.
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