11
outubro 2013, ADITAL Agência Frei Tito para a America Latina http://www.adital.com.br
(Brasil)
RT, Adital
Com a
ascensão dos países emergentes, como o bloco Brics, os planos dos EUA, de criar
uma nova ordem mundial, poderiam ficar frustrados, com a introdução de uma nova
moeda: o ‘bricso’, sugere Peter Koenig, ex-economista do Banco Mundial.
"Não só os EE.UU. decide el futuro do mundo", expressa Koening, em um artigo no site ‘Voz de Rusia’, no qual apresenta um hipotético desenvolvimento do devenir econômico mundial que desembocaria no ocaso do dólar e na destruição do sistema financeiro atual. O cenário proposto pelo economista teria os países Brics como protagonistas, seria o seguinte:
"Imagine
que é dia 31 de dezembro de 2013. Os presidentes dos BRICS (Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul), juntamente com o Irã e com a Venezuela convocam
uma improvisada conferência de imprensa –em Paris- para apresentar várias
mudanças na economia,
como eles chamam”.
O
presidente da China e secretário geral do Partido Comunista , Xi Jinping,
abriria a conferência sem muito alarde, ao apresentar o tema como um evento que
pode ter repercussões em todo o mundo, sugere o jornalista.
"Nós,
os Brics e outros países produtores de hidrocarbonetos, como o Irã e a
Venezuela, que podem unir-se no futuro, decidimos, a partir de amanhã -1 de
janeiro de 2014- tomar duas novas medidas econômicas. Em primeiro lugar, o
Brics, o Irã e a Venezuela lançarão uma nova moeda, chamada ‘bricso’. O
‘bricso’ será, pelo menos no início, uma moeda virtual, similar ao que foi o
Euro em seus primeiros anos de existência e, atualmente, é o Sucre na
comunidade de comércio da América do Sul da Alba. A coluna vertebral do ‘bricso’
é uma cesta de fundos do Brics e do Irã e Venezuela. As moedas dos distintos
países serão avaliadas em função de sua respectiva capacidade econômica similar
aos Direitos Especiais de Giro (SDR) do FMI. A base inicial dos Sete não impede
que mais adiante outros países –os sócios comerciais do Brics- possam unir-se
ao ‘bricso’, anunciaria Jinping, no discurso imaginário proposto por Koening,
que situa o valor hipotético do ‘bricso’ em 10 dólares.
O
economista comenta que os meios de comunicação ocidentais descreveriam essa
medida como um ataque ao dólar ou como "terrorismo financeiro”. "A
história é escrita pelos vencedores e se o Brics ganha essa guerra financeira,
os líderes do movimento antidólar serão aclamados como heróis. Dadas as
atrocidades financeiras que o ocidente tem cometido contra o mundo, pode-se
assumir que um ato tendente a desmantelar o sistema financeiro mundial
existente, na realidade, é um ato em defesa própria”, afirma o economista.
"O
fim do mundo tal e como o conocemos"
Segundo o
economista, o presidente chinês abordaria dessa forma a questão da substituição
do dólar como divisa no mercado petroleiro: "O segundo passo importante
que estamos anunciando –também desde o dia 1º de janeiro de 2014- é que o Brics
e também o Irã e da Venezuela venderão seus hidrocarbonetos –principalmente
petróleo e gás- em ‘bricsos’, na recém criada Bolsa de Petróleo de Shangai. De
fato, todos os países produtores de petróleo que desejem operar em todas as
outras moedas, exceto o dólar, podem fazê-lo na Bolsa. A razão para abandonar o
dólar como moeda de comércio de petróleo é sua volatilidade. De fato, o dólar
tem perdido seu valor e sua confiança nas últimas décadas e está assediado pela
enorme dívida e não tem um verdadeiro respaldo econômico. Muitos produtores de
petróleo consideram que sua riqueza de hidrocarbonetos está em risco”.
O
presidente da Rússia, Vladimir Putin, tampouco ficaria à margem –segundo a
hipótese de Koening- advogaria pelas medidas anunciadas: "Se os EUA
optaram por essa forma de vida, uma vida com dívida e muito acima de suas
possibilidades -5% da população mundial está consumindo quase 30% dos recursos
do mundo-, pode-se considerar que seja um privilégio. Porém, não é, já que
converteu-se em uma carga para o restante do mundo e para nosso planeta. Essa
forma de vida está esgotando rapidamente os recursos naturais não renováveis e
levando às guerras”.
Peter
Koening conclui que esse anúncio "atingiria à economia estadunidense;
rompe a moral dos vassalos dos EUA em todo o mundo e é provável que cria um
pânico massivo. A essência da mensagem do Brics está clara: esse é o fim do
mundo tal e como o conhecemos”.
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