29 outubro 2013, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz
(Moçambique)
Elevar a cooperação económica ao
mesmo nível das actuais relações políticas e diplomáticas entre Angola e
Moçambique é aposta dos dois governos tendo em atenção o potencial de recursos
existentes em ambos os países bem como a tendência ascendente das suas
respectivas economias.
O dado foi passado ao Noticias pelo
vice-ministro dos negócios estrangeiros e cooperação, Henrique Banze, numa
avaliação preliminar dos resultados da visita que o Primeiro-Ministro Alberto
Vaquina, vinha efectuando desde o passado domingo a Angola, que termina hoje.
Ontem, Vaquina visitou a sede da
SONANGOL a empresa petrolífera angolana depois de,
no dia anterior, ter estado
também no ministério dos Petróleos e ter visitado a empresa que suporta em
logística as unidades de exploração daquele potencial recurso natural.
Vaquina anotou com interesse as
experiências que os angolanos detém neste domínio, tendo em conta o facto de a
breve trecho Moçambique poder vir a ser uma das maiores potencias mundiais na
área de exploração do gás natural.
“Pretendemos ouvir o que é que a
SONANGOL tem que possamos levar para Moçambique. Mas como sabe, já há algum
nível de cooperação entre os nossos países. Temos aqui em Angola cerca de 30
estudantes que estão a formar-se na área dos petróleos, e também poderemos
partilhar aquilo que é a nossa experiência. Logicamente que Moçambique ainda
não tem petróleo, mas esperamos que possamos tê-lo e que esse recurso possa
trazer uma bênção para os moçambicanos “, explicou Henrique Banze.
Banze reconheceu serem ainda
frágeis as relações económicas e empresariais bilaterais, aludindo para a
premente necessidade de se explorar todas as áreas possíveis e desenvolver-se a
cooperação em tais domínios. “Não há duvida de que o sector privado desempenha
um papel importante e não é segredo que alguns empresários angolanos têm
muito interesse em investir em Moçambique e têm estado no nosso pais a fazer a
prospecção do mercado, sendo por isso que há espaço para se fazer muita coisa”,
acrescentou.
Por outro lado, o governante
moçambicano disse ao Noticias que apesar da questão da negociação dos
remanescentes 50 por cento da divida moçambicana a Angola, avaliada em 61.5
milhões de dólares, não ter sido aflorada entre o Primeiro-Ministro e as
autoridades governamentais locais, o assunto poderá eventualmente figurar na
agenda da nona sessão mista de cooperação a realizar se em 2014 em Maputo.
“Não chegamos a discutir mas
achamos que há espaço suficiente para fazer crescer as relações e, nesse
sentido, os sectores económicos irão trabalhar em sede de comissão mista que é
um lugar privilegiado para se discutir em pormenor este assunto” disse.
Revelou também estar em curso uma
negociação no sentido de se converter os activos da divida em investimentos,
uma solução que segundo apuramos está a merecer uma apreciação favorável por
parte do Executivo de José Eduardo dos Santos.
Hoje ultimo dia da visita a
Angola, Alberto Vaquina vai visitar o mega projecto habitacional de Kilamba,
um empreendimento enquadrado na estratégia do governo angolano para fazer face
ao critico problema da habitação no país
Jaime Cuambe, nosso enviado
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