22 outubro 2013, Agência Brasil http://agenciabrasil.ebc.com.br (Brasil)
Danilo Macedo*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma
Rousseff disse hoje (21) que o governo não cogita alterar o modelo de partilha para
exploração do petróleo do pré-sal. Para Dilma, existe uma incompreensão
do que significa a exploração de petróleo no Campo de Libra e que o governo
está satisfeito com a licitação, a despeito das críticas sobre o do leilão de
ontem (20). Dilma ressaltou que o campo deve gerar, em 35 anos, uma receita de
mais de R$ 1 trilhão ao Estado brasileiro.
“Eu não vejo onde esse modelo
precisa de ajustes. Aqueles que são contra o conteúdo local querem transferir a
riqueza do pré-sal por outra forma para o exterior. Nós vamos fazer aqui um
parque naval, que já está muito avançado. Nós vamos ter indústria de
fornecedores e prestadores de serviços. Todas as empresas do mundo podem vir
aqui participar”,
disse Dilma, a respeito do percentual mínimo de equipamentos
brasileiros a serem usados na operação. A presidenta deu as declarações após
sancionar a lei que criou o programa Mais Médicos.
A presidenta também disse que não
vê motivos para mudar o papel da Petróleo Pré-sal S.A. (PPSA), estatal criada para
supervisionar a exploração do pré-sal, e a participação mínima da Petrobras de
30% em todos os consórcios de exploração no modelo de partilha.
A presidenta elogiou o consórcio
vencedor do leilão, composto pela Petrobras, a Shell (anglo-holandesa), a Total
(francesa), CNPC e Cnooc (chinesas). “É um consórcio de grandes empresas que
têm a capacidade de explorar o pré-sal e ter os recursos necessários para essa
exploração, não só os financeiros como os tecnológicos”.
Dilma ressaltou que a Petrobras e a
Shell são as duas principais empresas do mundo especializadas na exploração de
petróleo em águas profundas. “O governo está satisfeito com o resultado do
leilão, acha o consórcio sólido, está satisfeito com o que lhe cabe da receita
e com essa alquimia porque vamos transformar petróleo em educação, em saúde, em
desenvolvimento da indústria naval, de fornecedores, dos prestadores de
serviços e de toda aquela indústria que gira em torno da exploração de um
campo”.
A presidenta refutou declarações de
que o governo teria ficado preocupado com a participação de apenas um consórcio
no leilão de ontem e estaria repensando o modelo de partilha. “Lamento, se o
pessoal quer ficar surpreso com a obviedade de que este é um dos maiores
leilões de petróleo do mundo, pois fiquem, mas não atribuam a mim a
interrogação”.
* Colaborou Thais Leitão
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