segunda-feira, 1 de julho de 2013

Projecto de porto de águas profundas de São Tomé e Príncipe atrai angolanos



1 julho 2012, Macauhub http://www.macauhub.com.mo (China)

A construção de um porto de águas profundas em São Tomé e Príncipe está a atrair interesses angolanos depois de a empresa brasileira AGN ter manifestado intenção semelhante.

De acordo com a folha de informação África Monitor
(http://www.africamonitor.net), o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Gabriel Costa, manifestou “interesse e abertura” do seu governo na eventual participação de Angola na construção do porto, depois de uma recente passagem por Luanda.

Num recente estudo sobre as perspectivas de evolução da economia de São Tomé e Príncipe, citado pela mesma fonte, o “complexo portuário”, assim chamado devido à sua articulação com uma plataforma logística, é um dos “pilares” de um desenvolvimento sustentado do arquipélago.

Outros pólos, adianta o mesmo estudo, são a criação de uma praça financeira internacional e o turismo.

O porto de águas profundas tem um mercado natural de 16 países da região, em nenhum dos quais existem condições geológicas susceptíveis de permitir uma tal infra-estrutura.
A localização do arquipélago na região relativamente a países como a Nigéria, Camarões ou Costa do Marfim é também considerado um importante activo para tornar o projecto rentável.

Durante a visita a Luanda do primeiro-ministro são-tomense, Gabriel Costa, em Junho, Angola e São Tomé e Príncipe acordaram criar este ano uma comissão bilateral de cooperação para avaliar o estado da cooperação e dos compromissos assumidos.

O chefe do governo de São Tomé e Príncipe fez-se acompanhar por uma importante delegação, que integrou os ministros dos Negócios Estrangeiros, da Defesa, das Finanças e das Obras Públicas, Infra-estruturas e Ambiente, além de altos funcionários do seu gabinete.

Na fase final do anterior governo, o ex-primeiro-ministro, Patrice Trovoada, chegou a um acordo de princípios com a sociedade brasileira AGN (Agro-industrial Projectos & Participações), de Roger Agnelli, ex-presidente da Vale, nos termos do qual esta iria construir o porto, adianta o África Monitor.

A queda do governo de Trovoada terá, porém, deixado a iniciativa sem seguimento, tal como já havia acontecido com um projecto russo e outro francês tendo em vista o lançamento do complexo portuário.

Em 2008, a construção da obra chegou mesmo a ser adjudicada à francesa SMA-SGN (grupo Terminal Link), por 470 milhões de dólares.

Logo nos primeiros meses após a tomada de posse, Gabriel Costa prometeu que o seu governo tomaria uma decisão rápida sobre o projecto de construção do porto, cujas obras se deviam ter iniciado há cinco anos.

Orçado inicialmente em mais de 500 milhões de dólares, foi projectado para ser construído na zona de Fernão Dias, 17 quilómetros a norte da capital.

Empresas angolanas como a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) já são das mais importantes no arquipélago, sobretudo na distribuição de combustíveis, transportes e logística.

Mais recentemente, a Unitel International Holding, detida pela empresária angolana Isabel dos Santos, obteve a segunda licença para operar uma rede de telefonia móvel no arquipélago. (macauhub) 

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