Lisboa, 9 Julho 2007 - O número de projectos de investimento portugueses em Angola mais do que duplicou no ano passado, atingindo 191, e deverá continuar a crescer este ano.
No primeiro trimestre deste ano, segundo dados da agência angolana para o investimento privado (ANIP) citados num relatório hoje divulgado pela AICEP Portugal Global, o total de projectos de investimento português aprovados em 2006 é superior ao registado entre 2001 e 2005 (190).
No primeiro trimestre deste ano, foram aprovados 56 projectos de investimento portugueses, o que deverá significar um total de mais de 200 projectos até Dezembro, a manter-se este ritmo.
Em relação ao montante investido, mais do que triplicou no espaço de três anos - de 103 milhões de euros em 2004 para 330 milhões no ano passado.
Além disso, refere a AICEP, "não podemos esquecer o reinvestimento realizado por empresas angolanas de capital português".
"O interesse das empresas portuguesas em investir no mercado angolano é cada vez mais acentuado", afirma.
Há dois anos, Angola era o 15º destino de investimento para as empresas portuguesas, tendo subido para a sexta posição no ano passado, representando 5,9 por cento do total.
A XXIV Feira Internacional de Luanda (FILDA) conta este ano com um número recorde de participantes portugueses, 130 empresas.
O Pavilhão de Portugal, que tem como slogan "Tanto Por Descobrir", tem este ano uma área bruta de 2.800 metros quadrados, uma das maiores do certame, que decorre entre 10 e 15 de Julho.
De acordo com a AICEP, há mais de 200 empresas portuguesas instaladas em Angola actualmente.
Entre estas destaca-se a posição no sector financeiro - BPI, BES, Millennium BCP e Amorim Holding - no sector diamantífero e de mineração - Grupo Espírito Santo - e na construção civil e materiais de construção.
Para a AICEP, começa-se também a assistir ao "fenómeno inverso do investimento" português em Angola, de que é exemplo a entrada da Sonangol no capital da Galp Energia e do Millennium Bcp.
"Trata-se de um sinal muito importante para fortalecer a rede de parcerias entre empresas portuguesas e angolanas. Portugal está aberto ao investimento angolano, Portugal quer ser a porta de entrada na União Europeia para os empresários angolanos", refere o documento.
Também no comércio externo o crescimento do relacionamento bilateral tem vindo a acentuar-se de forma significativa.
Até Abril deste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, as exportações portuguesas para Angola cresceram 49 por cento, para 492 milhões de euros, fazendo antever o melhor ano de sempre.
Portugal mantém-se assim como o principal fornecedor de Angola, com uma quota de 17 por cento, à frente de países como os Estados Unidos (9,8 por cento), Brasil e China (8,5 por cento cada).
As categorias de máquinas e aparelhos, produtos alimentares e bebidas, veículos e outro material de transporte, químicos e metais comuns, representam perto de 70 por cento das exportações portuguesas para Angola.
No mesmo período, Portugal importou de Angola quase 29 vezes mais do que até Abril do ano passado, um total de 81 milhões de euros, sobretudo em produtos petrolíferos.
Esta subida traduz-se numa redução substancial da balança comercial entre os dois países, até agora claramente favorável a Portugal. (Noticias Lusófonas)
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