8 de jul de 2019 às 09:46, Opera Mundi https://operamundi.uol.com.br (Brasil) https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/59350/54-paises-lancam-mercado-comum-no-continente-africano
“É o maior evento histórico no continente africano desde a criação da OUA (Organização para a Unidade Africana), em 1963”, afirmou o presidente do Níger, Mahamadou Issoufou
Os países da União Africana (UA) lançaram neste domingo (07/07), em
Niamey (Níger), a Zona de Livre Comércio Continental Africana (Zlec). A
iniciativa vai envolver 54 países e deve “colaborar para promover a paz e
a
prosperidade na África”, segundo a entidade.
“É o maior evento histórico no continente africano desde a criação da
OUA (Organização para a Unidade Africana), em 1963”, afirmou o presidente do
Níger, Mahamadou Issoufou, em referência à instituição que originou a UA.
A zona engloba 1,2 bilhão de habitantes. Em todo o continente, apenas a
Eritreia não assinou a entrada no grupo. Vinte e sete nações africanas já
ratificaram o acordo.
Cerca de 4,5 mil integrantes de delegações e habitantes dos diversos
países foram ao Níger para participar do lançamento, além de 32 chefes de
Estado e mais de 100 ministros. “Uma vida de sonhos se realiza. Os pais
fundadores devem estar orgulhosos”, declarou o presidente da comissão da União
Africana, Moussa Faki Mahamat, que destacou que a Zlec sera “um grande espaço
comercial do mundo”.
Negociações complexas
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi. Difíceis negociações seguem
em curso para tirar a zona comercial do papel. Os pontos mais sensíveis dizem
respeito ao calendário das reduções de tarifas alfandegárias entre os países
signatários e a rapidez com a qual delas devem ser diminuídas. Outro ponto
delicado é estabelecer a tributação de bens importados do exterior pelos países
que já possuem acordos comerciais com economias de fora do continente.
A expectativa é de que o mercado comum esteja operacional a partir de 1º
de julho de 2020, de acordo com o comissário de Comércio e Indústria da UA,
Albert Muchanga. O negociador-chefe nigeriano, Chiedu Osakwe, avalia que “a
liberalização do comércio deve se alinhar com reformas estruturais internas”, num
processo que deve se estender por vários anos.
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