quinta-feira, 11 de julho de 2019

Espionagem/Assim como a de Lula, defesa de Assange foi espionada


10 de julho de 2019, 06:00 h, Brasil 247.com https://www.brasil247.com (Brasil) https://www.brasil247.com/mundo/assim-como-a-de-lula-defesa-de-assange-foi-espionada 

Várias câmeras de vídeo gravaram, com áudios de dezembro de 2016 a março de 2017, dezenas de encontros do fundador do Wikileaks com seus advogados e visitantes em que conversou sobre sua estratégia de defesa. Segundo o jornalista Pepe Escobar, Assange e Lula são os dois maiores presos políticos do século 21

247 – "Julian Assange foi espionado 24 horas por dia durante sua estadia na embaixada do Equador em Londres onde permaneceu refugiado nos últimos sete anos.

Documentos, vídeos e áudios aos que o EL PAÍS teve acesso mostram que a empresa de defesa e segurança privada espanhola Undercover Global S.L., encarregada de proteger a legação diplomática no Reino Unido entre 2012 e 2017, mandou seus homens captarem toda a informação possível do
ciberativista, especialmente sobre seus advogados e colaboradores", informa o jornalista José Maria Irujo, em reportagem no jornal El Pais.

"Várias câmeras de vídeo gravaram, com áudios de dezembro de 2016 a março de 2017, dezenas de encontros do fundador do Wikileaks com seus advogados e visitantes em que conversou sobre sua estratégia de defesa. Os aparelhos reuniram vários planos secretos da equipe de Assange para retirá-lo disfarçado da embaixada e levá-lo à Rússia ou Cuba", aponta ainda a reportagem.

Assim como ele, o ex-presidente Lula também teve suas comunicações com advogados monitoradas pela Lava Jato. Segundo o jornalista Pepe Escobar, Assange e Lula são os dois maiores presos políticos do século 21.

MARCADORES       Direitos Humanos, Lula, Assange, Wikileaks, advogados,  estratégia de defesa, Pepe Escobar, presos políticos, Lava Jato, espionagem, segurança privada, Undercover Global, José Maria Irujo
  
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Brasil/NYT: "Para onde você corre quando os cruzados anticorrupção são sujos?"

5 de julho de 2019, 12:55 h
5 de julho de 2019, 12:55 h

Um dos principais jornais do mundo, o The New York Times afirma que "as mensagens vazadas mostram que Moro frequentemente ultrapassou seu papel de juiz"; "Os vazamentos revelam um juiz imoral, que se uniu a procuradores, a fim de prender e condenar indivíduos que já consideravam culpados", critica

(Foto: Reprodução | Gustavo Bezerra)

247 - Um dos principais jornais do mundo, o The New York Times afirma que "as mensagens vazadas mostram que Moro frequentemente ultrapassou seu papel de juiz - alguém que deveria ser imparcial e livre de preconceitos -- para atuar como consigliere [conselheiro] da acusação". "Os vazamentos revelam um juiz imoral, que se uniu a procuradores a fim de prender e condenar indivíduos que já consideravam culpados", critica.

"Ele ofereceu conselhos estratégicos aos procuradores: eles deveriam, por exemplo, inverter a ordem das várias fases da investigação; rever moções específicas que planejavam arquivar; acelerar certos processos; desacelerar muitos outros. Moro passou informações sobre uma possível nova fonte para o MP; repreendeu os promotores quando demoraram demais para realizar novos ataques; endossou ou desaprovou suas táticas; e forneceu-lhes conhecimento antecipado de suas decisões", destaca a reportagem.

O jornal continua, afirmando que "Moro se envolveu em questões de cobertura da imprensa e se preocupou em obter apoio do público para a acusação". "'O que você acha dessas declarações malucas do comitê nacional do PT? Deveríamos refutar oficialmente?' Ele perguntou uma vez ao promotor federal Deltan Dallagnol, referindo-se a uma declaração do Partido dos Trabalhadores de Lula, na qual a acusação era considerada uma perseguição política. Observe o uso da palavra 'nós' - como se o Sr. Moro e o Sr. Dallagnol estivessem no mesmo time", complementa o NYT.

"Isso tudo é, claro, altamente imoral - se não totalmente ilegal. Não viola nada menos que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz: 'Todos têm direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por um tribunal independente e imparcial, na determinação de seus direitos e obrigações e de qualquer acusação criminal contra ele. 'De acordo com o Código de Processo Penal do Brasil, os juízes devem ser árbitros neutros e não podem dar conselhos a nenhuma das partes em um caso. Moro também violou muitas disposições do Código Brasileiro de Ética Judicial, particularmente uma que diz que o juiz deve manter “uma distância equivalente das partes', evitando qualquer tipo de comportamento que possa refletir 'favoritismo, predisposição ou preconceito'", diz o jornal.

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