10 de julho de 2019, 06:00 h, Brasil 247.com
https://www.brasil247.com (Brasil)
https://www.brasil247.com/mundo/assim-como-a-de-lula-defesa-de-assange-foi-espionada
Várias câmeras de vídeo gravaram, com áudios
de dezembro de 2016 a março de 2017, dezenas de encontros do fundador do
Wikileaks com seus advogados e visitantes em que conversou sobre sua estratégia
de defesa. Segundo o jornalista Pepe Escobar, Assange e Lula são os dois maiores
presos políticos do século 21
247 –
"Julian Assange foi espionado 24 horas por dia durante sua estadia na
embaixada do Equador em Londres onde permaneceu refugiado nos últimos sete
anos.
Documentos,
vídeos e áudios aos que o EL PAÍS teve acesso mostram que a empresa de defesa e
segurança privada espanhola Undercover Global S.L., encarregada de proteger a
legação diplomática no Reino Unido entre 2012 e 2017, mandou seus homens
captarem toda a informação possível do
ciberativista, especialmente sobre seus
advogados e colaboradores", informa o jornalista José Maria Irujo, em
reportagem no jornal El Pais.
"Várias
câmeras de vídeo gravaram, com áudios de dezembro de 2016 a março de 2017,
dezenas de encontros do fundador do Wikileaks com seus advogados e visitantes
em que conversou sobre sua estratégia de defesa. Os aparelhos reuniram vários
planos secretos da equipe de Assange para retirá-lo disfarçado da embaixada e
levá-lo à Rússia ou Cuba", aponta ainda a reportagem.
Assim
como ele, o ex-presidente Lula também teve suas comunicações com advogados
monitoradas pela Lava Jato. Segundo o jornalista Pepe Escobar, Assange e Lula
são os dois maiores presos políticos do século 21.
MARCADORES Direitos
Humanos, Lula, Assange, Wikileaks, advogados, estratégia de defesa, Pepe Escobar, presos
políticos, Lava Jato, espionagem, segurança privada, Undercover Global, José
Maria Irujo
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Brasil/NYT: "Para onde você corre quando os cruzados anticorrupção são sujos?"
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de julho de 2019, 12:55 h
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Um dos principais jornais do mundo, o The
New York Times afirma que "as mensagens vazadas mostram que Moro
frequentemente ultrapassou seu papel de juiz"; "Os vazamentos revelam
um juiz imoral, que se uniu a procuradores, a fim de prender e condenar
indivíduos que já consideravam culpados", critica
(Foto: Reprodução | Gustavo
Bezerra)
247 - Um dos principais jornais do
mundo, o The New York Times afirma que "as mensagens vazadas mostram que
Moro frequentemente ultrapassou seu papel de juiz - alguém que deveria ser
imparcial e livre de preconceitos -- para atuar como consigliere
[conselheiro] da acusação". "Os vazamentos revelam um juiz imoral,
que se uniu a procuradores a fim de prender e condenar indivíduos que já
consideravam culpados", critica.
"Ele
ofereceu conselhos estratégicos aos procuradores: eles deveriam, por exemplo,
inverter a ordem das várias fases da investigação; rever moções específicas que
planejavam arquivar; acelerar certos processos; desacelerar muitos outros. Moro
passou informações sobre uma possível nova fonte para o MP; repreendeu os
promotores quando demoraram demais para realizar novos ataques; endossou ou
desaprovou suas táticas; e forneceu-lhes conhecimento antecipado de suas
decisões", destaca a reportagem.
O jornal
continua, afirmando que "Moro se envolveu em questões de cobertura da
imprensa e se preocupou em obter apoio do público para a acusação".
"'O que você acha dessas declarações malucas do comitê nacional do PT?
Deveríamos refutar oficialmente?' Ele perguntou uma vez ao promotor federal
Deltan Dallagnol, referindo-se a uma declaração do Partido dos Trabalhadores de
Lula, na qual a acusação era considerada uma perseguição política. Observe o
uso da palavra 'nós' - como se o Sr. Moro e o Sr. Dallagnol estivessem no mesmo
time", complementa o NYT.
"Isso
tudo é, claro, altamente imoral - se não totalmente ilegal. Não viola nada
menos que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que diz: 'Todos têm
direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por um tribunal
independente e imparcial, na determinação de seus direitos e obrigações e de
qualquer acusação criminal contra ele. 'De acordo com o Código de Processo
Penal do Brasil, os juízes devem ser árbitros neutros e não podem dar conselhos
a nenhuma das partes em um caso. Moro também violou muitas disposições do
Código Brasileiro de Ética Judicial, particularmente uma que diz que o juiz
deve manter “uma distância equivalente das partes', evitando qualquer tipo de
comportamento que possa refletir 'favoritismo, predisposição ou
preconceito'", diz o jornal.
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