30 setembro 2015, Vermelho
http://www.vermelho.org.br(Brasil)
Neste próximo sábado (3), milhares irão às ruas em todo país, no intuito de defender a Petrobras, tendo em vista que forças reacionárias, aliadas ao imperialismo, ameaçam tomá-las do povo brasileiro, através de ações golpistas. O ato também servirá com um grito pela democracia, já que a direita continua a não ouvir o recado das urnas e segue em frente com o pedido de impeachment.
A manifestação está sendo organizada pela Frente Brasil Popular, lançada
no último dia 5, em Belo Horizonte, composta pela sociedade civil, movimentos
sociais e sindicais.
Já sabe onde será a manifestação em sua cidade? Confira abaixo:
São Paulo
Capital - 14h - Avenida Paulista, 901 – em frente ao prédio da Petrobras
Caminhada: Paulista, Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, Largo São Francisco e Praça da Sé
Distrito Federal- 3/10
Em Brasília será às 10h na Feira da Ceilândia
Rio de Janeiro - 2/10
No Rio, o ato será no dia 2, no centro, com
Bahia - 3/10
Em Salvador, caminhada em defesa da democracia no centro, Campo Grande, a partir das 09h
Ceará- 3/10
Concentração na Praça José de Alencar, a partir das 08h - Fortaleza
Minas Gerais - 3/10
A partir das 10h, na Praça da Rodoviária, Belo Horizonte
Paraná - 3/10
Ato público em defesa da Petrobras, às 10h, na Boca Maldita, em Curitiba
Pernambuco - 3/10
Concentração na Praça Derby, às 8h, em Recife
Rio Grande do Sul - 3/10
O ato às 10h, com uma concentração no Largo Glênio Peres, seguida de caminhada até a torre simbólica da Petrobras, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre
Goiás - 2/10
Concentração às 10h na Praça do Bandeirante, Centro
Santa Catarina - 3/10
Concentração às 10h em frente à Catedral, Praça XV. Saída da caminhada as 11h
Piauí-3/10
Concentração as 8h na praça Rio Branco, Terezina
Mato Grosso- 2/10 e 3/10
Concentração às 14h no Sintep (dia 2),
Concentração a partir das 9h na Praça Ipiranga, seguida de caminhada pelo Centro Histórico de Cuiabá (dia 3)
Mato Grosso do Sul- 3/10
Concentração às 9h no Campo Grande
Paraíba- 3/10
Às 9h, em frente ao teatro Santa Catarina, sai a caminhada até a entrada do Porto de Cabedelo. Ato Público, que terá início às 10h
Roraima- 3/10
Às16h, na praça estrada de ferro madeira, em Mamoré
Pará- 3/10
Às 10h na escadinha das docas e o percurso segue até a Praça do Relógio.
Rio Grande do Norte - 2/10
Às 15h no calçadão da Rua João Pessoa, em Natal
Espírito Santo - 2/10
O ato acontecerá em Vitória às 17h, na sede da Petrobras.
Laís Gouveia, do Portal Vermelho
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Relacionada
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POPULAR PÕE O BLOCO NA RUA
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A Frente Brasil Popular convocou para o próximo dia 3, um
dia nacional de mobilização em defesa da democracia, da Petrobras e por uma
nova política econômica. Não poderia haver data mais adequada: neste dia
completam-se 62 anos da criação da Petrobras e um ano da reeleição da presidenta
Dilma.
Por André Tokarski*
“Já disse e repito solenemente,
que quem entrega o seu petróleo,
aliena sua própria independência”.
Getúlio Vargas
que quem entrega o seu petróleo,
aliena sua própria independência”.
Getúlio Vargas
Defender a Petrobras, enquanto empresa pública voltada aos interesses nacionais, a manutenção do regime de partilha no pré-sal, como o meio mais adequado para apropriação social das rendas aferidas com a exploração do petróleo, e o mandato conferido à Dilma, através da soberania do voto popular, são elementos centrais da batalha para assegurar as conquistas obtidas nos últimos 13 anos, barrar a onda de retrocessos e recolocar o país no trilho necessário da luta por reformas estruturais e democráticas.
Nucleada por forças sociais e políticas de esquerda, a Frente Brasil Popular deve fazer o contraponto à ofensiva das forças reacionárias, que tem como programa principal golpear o mandato de Dilma para interromper o ciclo de avanços inaugurado com a eleição de Lula em 2003 e retomar a agenda neoliberal de desmanche do Estado, do emprego, da indústria nacional e dos direitos sociais.
A ofensiva revanchista da direita já mostrou que tem força, desde 1964 não se via tamanha coesão social e política ao redor de ideias atrasadas, antidemocráticas, antipatrióticas e antipopulares. Isso se expressa na correlação de forças amplamente desfavorável às forças progressistas no Congresso Nacional e mesmo nas ruas, até aqui.
Exatamente por isso
as forças de esquerda, progressistas e democráticas não podem se dispersar. Se
o que une a direita hoje é derrubar Dilma para impor um programa de retrocessos
de toda ordem, de nosso lado deve haver coesão e unidade para, simultaneamente,
defender o mandato de Dilma e reunir forças em torno de um programa
comprometido com as reformas estruturais, há muito reclamado e não realizado,
mesmo em momentos mais favoráveis ao nosso campo.
A Petrobras, dada a sua importância econômica e simbólica, é a própria encarnação da soberania econômica do Brasil. Reflete o papel histórico que tem a atuação do Estado brasileiro, através das empresas públicas, na tarefa de gerar riqueza e direciona-las para o desenvolvimento do país.
Mesmo não conseguindo privatizar a Petrobras durante o governo FHC foi quebrado o monopólio da exploração do petróleo e instituído o inconstitucional regime de concessões, que transfere indevidamente a propriedade do petróleo da União para empresas privadas contratadas por meio de leilões.
Com a descoberta do pré-sal e a redução do risco exploratório o governo do então presidente Lula, com destacado papel de Haroldo Lima, dirigente nacional do PCdoB, e presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) à época, foram realizadas mudanças no regime de exploração do petróleo nas jazidas do pré-sal, dentre elas a lei da partilha, que assegura a propriedade do óleo extraído para a União e estabelece a Petrobras como operadora única nos campos de petróleo e gás da bacia do pré-sal.
O projeto de lei nº 131/2015, do Senador José Serra (PSDB/SP), visa retirar a obrigatoriedade da Petrobras atuar como operadora única dos campos do pré-sal. A media é um golpe contra os interesses da empresa e, portanto, contra os interesses nacionais. O pré-sal e o atual regime de partilha garantem à Petrobras a recomposição de longo prazo de novas reservas para produção e exploração de petróleo. É a maior descoberta de novas jazidas de petróleo em todo o mundo nos últimos 15 anos. Qualquer empresa de petróleo vive de perfurar campos para extrair óleo e buscar novas reservas. Só a manutenção do regime de partilha, com a obrigatoriedade da atuação da Petrobras como operadora, é capaz de assegurar a recomposição de reservas e a apropriação nacional e social do excedente produzido nessa atividade. É também a forma de assegurar a destinação de 50% do Fundo Social do Pré-sal e de 75% dos royalties para a educação.
Em relação às mudanças necessárias na condução da política econômica é preciso deixar claro que não basta apenas o rechaço ao ajuste fiscal. O reconhecido deficit nas contas públicas do país não foi causado pelas políticas do ajuste contracionista, implementadas pela equipe econômica de Dilma desde o início de 2015. Tais medidas, ao reduzir o investimento e aumentar a taxa de juros, agravaram as dificuldades de nossa economia, que já vinha patinando. Tanto é que, mesmo com estímulos das ações contracíclicas o crescimento do PIB em 2014 foi de apenas 0,1%, segundo dados do IBGE.
As dificuldades da economia brasileira tem raízes mais profundas. Combinam, de um lado, causas exógenas (crise internacional, queda no crescimento da China, queda no preço do petróleo e das commodities, etc..), e por outro, vulnerabilidades internas estruturais.
Para retomar o crescimento, e gerar empregos de qualidade e boa remuneração, é preciso uma nova estratégia que tenha como vértice um novo ciclo de industrialização com tecnologia de ponta, capaz de gerar mais valor para remunerar o trabalho e produzir riquezas para o país.
Essas medidas só alcançarão êxito com a ruptura do pacto institucional vigente desde a implantação do Plano Real, em 1994, que sacrifica a indústria às custas de uma irracional busca pela estabilidade de preços.
Nas eleições presidenciais de 2014 a presidenta Dilma fez compromissos com um programa de governo avançado, de aprofundamento das mudanças. Chegou a dizer que “rupturas e transformações de vulto poderiam derivar de uma eleição mais disputada”, como foi a do ano passado. Completado um ano de sua eleição, com mais de 54 milhões de votos obtidos, a Frente Brasil Popular, da qual o PCdoB é parte, convoca para esse 3/10 um dia nacional de mobilizações em todo o país. As mobilizações irão denunciar o golpismo da direita, defender a Petrobrás e o pré-sal e clamar por uma nova política econômica. Não devemos deixar nos abater pela maré de pessimismo e ódio, espalhada pelas forças do atraso. A fase agora é de completar a “travessia”, deixar para trás o ajuste fiscal e mirar na construção de um bloco forças políticas e sociais, de espectro anti-neoliberal, que seja a mola propulsora das reformas estruturais e democráticas que o país precisa fazer.
Todos/as às ruas no dia 3/10!
Notas:
¹Ver: Ronaldo Carmona, A atualização do modelo de desenvolvimento
²Ver: Elias Jabbour, O grau de investimento, escolhas e o limite da inteligência
A Petrobras, dada a sua importância econômica e simbólica, é a própria encarnação da soberania econômica do Brasil. Reflete o papel histórico que tem a atuação do Estado brasileiro, através das empresas públicas, na tarefa de gerar riqueza e direciona-las para o desenvolvimento do país.
Mesmo não conseguindo privatizar a Petrobras durante o governo FHC foi quebrado o monopólio da exploração do petróleo e instituído o inconstitucional regime de concessões, que transfere indevidamente a propriedade do petróleo da União para empresas privadas contratadas por meio de leilões.
Com a descoberta do pré-sal e a redução do risco exploratório o governo do então presidente Lula, com destacado papel de Haroldo Lima, dirigente nacional do PCdoB, e presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) à época, foram realizadas mudanças no regime de exploração do petróleo nas jazidas do pré-sal, dentre elas a lei da partilha, que assegura a propriedade do óleo extraído para a União e estabelece a Petrobras como operadora única nos campos de petróleo e gás da bacia do pré-sal.
O projeto de lei nº 131/2015, do Senador José Serra (PSDB/SP), visa retirar a obrigatoriedade da Petrobras atuar como operadora única dos campos do pré-sal. A media é um golpe contra os interesses da empresa e, portanto, contra os interesses nacionais. O pré-sal e o atual regime de partilha garantem à Petrobras a recomposição de longo prazo de novas reservas para produção e exploração de petróleo. É a maior descoberta de novas jazidas de petróleo em todo o mundo nos últimos 15 anos. Qualquer empresa de petróleo vive de perfurar campos para extrair óleo e buscar novas reservas. Só a manutenção do regime de partilha, com a obrigatoriedade da atuação da Petrobras como operadora, é capaz de assegurar a recomposição de reservas e a apropriação nacional e social do excedente produzido nessa atividade. É também a forma de assegurar a destinação de 50% do Fundo Social do Pré-sal e de 75% dos royalties para a educação.
Em relação às mudanças necessárias na condução da política econômica é preciso deixar claro que não basta apenas o rechaço ao ajuste fiscal. O reconhecido deficit nas contas públicas do país não foi causado pelas políticas do ajuste contracionista, implementadas pela equipe econômica de Dilma desde o início de 2015. Tais medidas, ao reduzir o investimento e aumentar a taxa de juros, agravaram as dificuldades de nossa economia, que já vinha patinando. Tanto é que, mesmo com estímulos das ações contracíclicas o crescimento do PIB em 2014 foi de apenas 0,1%, segundo dados do IBGE.
As dificuldades da economia brasileira tem raízes mais profundas. Combinam, de um lado, causas exógenas (crise internacional, queda no crescimento da China, queda no preço do petróleo e das commodities, etc..), e por outro, vulnerabilidades internas estruturais.
Para retomar o crescimento, e gerar empregos de qualidade e boa remuneração, é preciso uma nova estratégia que tenha como vértice um novo ciclo de industrialização com tecnologia de ponta, capaz de gerar mais valor para remunerar o trabalho e produzir riquezas para o país.
Essas medidas só alcançarão êxito com a ruptura do pacto institucional vigente desde a implantação do Plano Real, em 1994, que sacrifica a indústria às custas de uma irracional busca pela estabilidade de preços.
Nas eleições presidenciais de 2014 a presidenta Dilma fez compromissos com um programa de governo avançado, de aprofundamento das mudanças. Chegou a dizer que “rupturas e transformações de vulto poderiam derivar de uma eleição mais disputada”, como foi a do ano passado. Completado um ano de sua eleição, com mais de 54 milhões de votos obtidos, a Frente Brasil Popular, da qual o PCdoB é parte, convoca para esse 3/10 um dia nacional de mobilizações em todo o país. As mobilizações irão denunciar o golpismo da direita, defender a Petrobrás e o pré-sal e clamar por uma nova política econômica. Não devemos deixar nos abater pela maré de pessimismo e ódio, espalhada pelas forças do atraso. A fase agora é de completar a “travessia”, deixar para trás o ajuste fiscal e mirar na construção de um bloco forças políticas e sociais, de espectro anti-neoliberal, que seja a mola propulsora das reformas estruturais e democráticas que o país precisa fazer.
Todos/as às ruas no dia 3/10!
Notas:
¹Ver: Ronaldo Carmona, A atualização do modelo de desenvolvimento
²Ver: Elias Jabbour, O grau de investimento, escolhas e o limite da inteligência
*André
Tokarski
é membro do Comitê Central, secretário nacional de Juventude do
PCdoB.
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