8 outubro
2015, Ministério da Defesa http://www.defesa.gov.br (Brasil)
No dia 8 de outubro
de 2015, o ministro Aldo Rebelo assumiu a pasta da Defesa, substituindo o seu
antecessor, Jaques Wagner.
Brasília – Na cerimônia de passagem de cargo do Ministério da Defesa, Aldo Rebelo
prometeu apoiar “cada uma das agendas estratégicas das Forças”. A solenidade
ocorrida nesta quinta-feira (8), pela manhã, no Clube Naval de Brasília (DF),
foi marcada pela assinatura do Livro de Transmissão de Posse pelo ministro que
deixou o posto, Jaques Wagner, recém-empossado como chefe da Casa Civil da
Presidência da República, e pelo novo titular.
Rebelo citou nominalmente projetos como o Programa de Desenvolvimento de
Submarinos (Prosub), da Marinha; o Sistema Integrado de Monitoramento de
Fronteiras (Sisfron), do Exército; e o FX-2 para aquisição dos caças Gripen da
Aeronáutica, ressaltando a importância deles para o fortalecimento da soberania
brasileira. E completou: “Desejo assumir, também, alguns compromissos, como a
valorização institucional da agenda da Defesa, no sentido de buscar, na sua
dimensão civil e militar, a legitimação e a legitimidade junto ao Poder
Executivo, Legislativo e à sociedade”.
Em solenidade concorrida, Aldo Rebelo enalteceu
a história de fundação das
Forças Armadas e fez questão de elencar algumas conquistas das três
instituições. No caso da Marinha, destacou a Batalha do Riachuelo. “Ali, ao
vencer a Armada Paraguaia, o Brasil e a Força Naval abriram caminho para o
progresso das forças terrestres”, disse. Prometeu, ainda, atualizar o Projeto
Nacional de Domínio do Ciclo Nuclear, além de “lutar para preservar a
capacidade operacional da nossa Esquadra”.
Já para o Exército, ressaltou que a Força nasceu nos idos do nacionalismo
do País. Citou o “Exército da luta pela independência, que nos deu essa heroína
única de convicções e de bravura, Maria Quitéria. O Exército de Duque de Caxias
e da consolidação da República”. De acordo com o ministro, não era preciso
fazer mais referências “a esta instituição para atualizar a memória da sua
importância e dos seus compromissos com o Brasil”.
Por fim, sobre “a mais jovem das Forças”, a Aeronáutica, lembrou que
aviadores brasileiros “deixaram nos céus da Europa o tributo de sangue para que
o mundo vivesse em liberdade”. “À Força Aérea, nós devemos o Correio Aéreo
Nacional, que era muito mais que correio. Era a instituição integradora de um
País sem logística, separado pelas distâncias”, lembrou.
Recursos
Também na cerimônia, o ministro Aldo Rebelo comprometeu-se a trabalhar para
que uma parte dos recursos oriundos do fundo social do pré-sal (dos 50%
restantes ainda não regulamentados) seja destinada para as Forças Armadas. À
frente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Rebelo negociou
com o governo federal para que o sistema de ciência e pesquisa recebesse parte
desses recursos. “Vou propor que as Forças Armadas também tenham uma
participação”, acrescentou.
Rebelo deixou claro que está ciente do tamanho da responsabilidade em
chefiar a pasta. “É uma alegria poder encontrar um Ministério da Defesa com
agenda compatível com os interesses do Brasil e com o fortalecimento desta
instituição. Sei do que pesa sobre meus ombros ao conduzir os destinos, ao
liderar a perspectiva e o futuro dos seus servidores civis e suas instituições
militares”, salientou.
O ministro finalizou seu primeiro discurso como Ministro da Defesa
enaltecendo o trabalho da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. “O Brasil
precisa de Forças Armadas que correspondam aos desafios geopolíticos. Precisa
ter Forças compatíveis com o seu tamanho.”
Entrevista
À imprensa, dentre outros temas, Aldo Rebelo falou sobre a revisão dos
documentos que norteiam as políticas do Ministério. "Embora tenham grande
fundamento e sentido de permanência, eles precisam de atualização, como toda
normatização de política pública".
Sobre o impacto do ajuste fiscal na pasta, o novo ministro da Defesa disse
que vai lutar para preservar os programas estratégicos. "Vou trabalhar com
a adaptação à escassez de recursos, que já foi projetada pelo meu antecessor,
Jaques Wagner, e procurar recompor o orçamento do Ministério. Além disso,
buscarei meios não apenas para solucionar demandas imediatas, mas para dar
continuidade e permanência ao orçamento, para que ele não fique sujeito à
sazonalidade dos momentos da economia do País", destacou.
Em relação ao fato de pertencer a uma sigla partidária de esquerda, lembrou
que tem compromisso com o País, na defesa e soberania do Brasil. "E é
assim que assumo o Ministério da Defesa. Não tenho outra finalidade, a não ser
servir ao Brasil, via a função que me foi confiada pela presidenta da
República".
Na conversa com os jornalistas, Aldo Rebelo também lembrou de sua origem
alagoana e dos heróis da terra: "Sou alagoano de nascimento, paulista
adotivo com muita honra, onde fiz toda a minha trajetória política. Tenho por
São Paulo uma dívida de gratidão pelo acolhimento político e social que recebi,
e por Alagoas, os laços sentimentais".
Solenidade
Na transmissão de
cargo dessa quinta-feira, o agora ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner,
despediu-se da Defesa, após nove meses à frente do órgão. “Para mim, este não é
um momento de alegria. Deixo o ministério com o sentimento e dever não
cumprido”, disse.
Emocionado, Wagner relembrou os tempos de aluno do Colégio Militar do Rio
de Janeiro e reafirmou “o profundo respeito às três instituições”. Ele
repassou, ainda, alguns feitos de sua gestão e importantes missões que teve a
oportunidade de conhecer, de perto, como o trabalho dos brasileiros no Haiti.
“Vi a combinação entre empatia e profissionalismo lá.”
Acompanharam a cerimônia os comandantes da Marinha, almirante Eduardo
Bacellar Leal Ferreira; do Exército, general Eduardo Dias Villas Bôas; e da
Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato; além do chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, dentre outras
autoridades civis, militares, parlamentares, embaixadores e adidos.
Por Marina Rocha e Alexandre Gonzaga
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4071
Ministério da Defesa
61 3312-4071
---------
ALDO REBELO
Nasceu no dia 23 de fevereiro de 1956 na cidade de Viçosa, em Alagoas. Em
1968, foi aprovado no exame de admissão para o Colégio Agrícola Floriano
Peixoto.
Ingressa no curso da Faculdade de Direito da Universidade Federal de
Alagoas (UFAL), em 1975. E dois anos depois, inicia sua carreira política,
filiando-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Em 1978, assume a diretoria do Centro Acadêmico de Direito da Universidade
Federal de Alagoas. E no mesmo ano, é eleito delegado do Sindicato dos
Jornalistas de Alagoas no I Congresso Nacional pela Liberdade de Imprensa, em
São Paulo.
Em 1980, é eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), depois
de ter assumido a sua secretaria geral.
Foi eleito, também em 1980, delegado da Organização Continental Latino
Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE). E participa do Congresso da União
Internacional dos Estudantes, em Praga, Tchecoslováquia.
Em 1983, participa da fundação da União da Juventude Socialista (UJS).
Aldo Rebelo é eleito vereador de São Paulo, pelo PCdoB, em 1988. Um ano
depois, é eleito pela primeira vez deputado federal por São Paulo. Rebelo se
reelege deputado federal por mais cinco eleições consecutivas.
Em 1992, assume a liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados. E, em 1997,
profere a palestra “A Visão do Congresso Nacional sobre o Papel das Forças
Armadas, e o Emprego do Poder Naval como Instrumento de Ação Política”, em
seminário promovido pela Escola de Guerra Naval.
Em seguida, reúne na publicação “Forças Armadas e Soberania Nacional”
artigos de sua autoria sobre o papel das Forças Armadas, publicados
originalmente em veículos de comunicação.
Em 2000, Rebelo preside a Comissão Parlamentar de Inquérito da CBF/Nike. E
assume a presidência da Comissão de Assuntos Trabalhistas e Previdenciários do
Parlamento Latino Americano (Parlatino).
Torna-se Presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
da Câmara dos Deputados, em 2002, quando promove os seminários “Política de
Defesa para o Século XXI”, e “Política Externa para o Século XXI”.
Em 2003, já no primeiro ano do mandato do presidente Luís Inácio Lula da
Silva, Rebelo é escolhido líder do Governo na Câmara dos Deputados. Também atua
na relatoria da Lei de Biossegurança, que liberou as pesquisas com
células-tronco.
É nomeado ministro-chefe da Secretaria de Coordenação Política e Relações
Institucionais, em 2004. E um ano depois, é eleito Presidente da Câmara dos
Deputados.
Desde 2005, integra o conselho do Centro Brasileiro de Relações
Internacionais (CEBRI).
Em 2009, assume a relatoria da Comissão Especial do Novo Código Florestal.
Nessa função, Rebelo percorre o País realizando mais de 200 audiências públicas
para ouvir agricultores, pecuaristas, pesquisadores, cientistas, ambientalistas
e gestores públicos.
No primeiro mandato da Presidenta Dilma Rousseff, Rebelo é nomeado Ministro
do Esporte, em 2011. Coordena a Copa das Confederações de 2013, a Copa do Mundo
de 2014 e os preparativos para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Em 2015, no segundo mandato do Governo Dilma, é nomeado Ministro da
Ciência, Tecnologia e Inovação. Trabalha na reorganização do sistema nacional
de ciência, tecnologia e inovação, com a recomposição do orçamento da Pasta e a
busca de novas fontes de recursos para o setor.
Inclui pela primeira vez obras de infraestrutura de ciência e tecnologia no
Programa de Aceleração do Crescimento, como o Projeto Sirius, em Campinas (SP);
o Reator Multipropósito Brasileiro, em Iperó (SP); e a ampliação da unidade de
concentrado de urânio, em Caetité, na Bahia.
E acorda com o Banco Interamericano de desenvolvimento (BID) financiamento
de US$ 2 bilhões para expandir o sistema nacional de ciência e tecnologia.
Em outubro deste ano, é nomeado Ministro da Defesa.
PUBLICAÇÕES
• “CBF-Nike – livro realizado com o deputado Sílvio Torres, em 2001;
• “Política de Defesa para o Século XXI”; e
• “Política Externa para o Século XXI”, ambos publicados em 2003. Os dois livros são a coletânea das palestras proferidas nos seminários sobre Defesa e Relações Externas, promovidos pelo ministro quando ocupava a Presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados;
• “Forças Armadas e Soberania nacional”, a reedição da coletânea com novos artigos de sua autoria sobre o papel das Forças Armadas;
• “Reforma Tributária – Temas e Dilemas”, publicado, em 2008, com o professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Luís Antônio Paulino;
• “Palmeiras X Corinthians 1945 – O Jogo Vermelho”, publicado em 2009;
• “Raposa Serra do Sol: o índio e a questão nacional”, coletânea de artigos do ministro, publicada em 2010.
• “Política de Defesa para o Século XXI”; e
• “Política Externa para o Século XXI”, ambos publicados em 2003. Os dois livros são a coletânea das palestras proferidas nos seminários sobre Defesa e Relações Externas, promovidos pelo ministro quando ocupava a Presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados;
• “Forças Armadas e Soberania nacional”, a reedição da coletânea com novos artigos de sua autoria sobre o papel das Forças Armadas;
• “Reforma Tributária – Temas e Dilemas”, publicado, em 2008, com o professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Luís Antônio Paulino;
• “Palmeiras X Corinthians 1945 – O Jogo Vermelho”, publicado em 2009;
• “Raposa Serra do Sol: o índio e a questão nacional”, coletânea de artigos do ministro, publicada em 2010.
CONDECORAÇÕES
Entre as diversas condecorações recebidas pelo ministro Aldo Rebelo, estão:
Entre as diversas condecorações recebidas pelo ministro Aldo Rebelo, estão:
• Ordem do Mérito da Defesa – Grã-Cruz
• Ordem do Mérito Naval – Grande Oficial
• Ordem do Mérito Militar – Grande Oficial
• Ordem do Mérito Aeronáutico – Grande Oficial
• Ordem do Rio Branco – Grã-Cruz
• Legião da Honra – Grande Oficial (República Francesa)
• Ordem do Mérito Naval – Grande Oficial
• Ordem do Mérito Militar – Grande Oficial
• Ordem do Mérito Aeronáutico – Grande Oficial
• Ordem do Rio Branco – Grã-Cruz
• Legião da Honra – Grande Oficial (República Francesa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário