12agosto, Carta
Maior http://www.cartamaior.com.br (Brasil)
Maíra Streit, de Brasília, Revista Fórum
Entre as pautas do movimento, estão a defesa da
reforma agrária, o fim da violência contra a mulher e o apoio à presidenta
contra as tentativas de golpe
A 5ª edição da Marcha das Margaridas mobilizou
trabalhadoras do campo de todas as regiões do país, que caminharam em um ato
pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (12).
O objetivo do protesto é chamar a atenção para a luta pela reforma agrária,
soberania alimentar, igualdade de direitos e o fim da violência contra a
mulher. Neste ano, a organização incluiu na pauta a defesa da democracia,
rechaçando as tentativas de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Aos gritos de “não vai ter golpe”, as manifestantes se reuniram em torno do Congresso Nacional ao fim da passeata. Do carro de som, um alerta: “Não é um abraço [no Congresso]. É um arrocho. Vamos arrochar esses cabras”. Maria Rita Fernandes, uma das lideranças do evento, afirmou que a ideia é expressar apoio a Dilma, diante das reiteradas ações da oposição para derrubá-la do posto.
“Eu acredito na capacidade política e na civilização do povo. Há 12 anos, a gente sofria muito, sequer tinha alimento. Viajamos 3, 4 mil quilômetros até aqui não por acaso. Foi para
Para a coordenadora-geral da Marcha, Alessandra Lunas, a atual crise política é fomentada por setores da imprensa que não têm compromisso com a democracia no país. Entre outras pautas, ela ressaltou a defesa do Estado laico, dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e a postura contra a redução da maioridade penal. Na programação, está prevista para a tarde a solenidade com a presidenta, que deve dar uma resposta às reivindicações entregues ao governo pelo movimento. “A Marcha não voltará de sacola vazia”, disse Lunas a respeito do encontro.
Histórico
A Marcha das Margaridas é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e outras onze entidades parceiras. O evento foi criado em homenagem a Margarida Maria Alves, assassinada em 1983 por um latifundiário que se sentia ameaçado pela luta constante da ativista. Ela era presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba, e morreu com um tiro de espingarda no dia 12 de agosto, aos 50 anos.
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Brasil/Dilma na Marcha das Margaridas: Não permitirei retrocessos
12 de agosto de 2015,
Vermelho http://www.vermelho.org.br (Brasil)
O encerramento da 5ª Marcha das Margaridas,
realizada nesta quarta-feira (12), no estádio Mané Garrincha, em Brasília, se
transformou num grande ato em defesa da democracia e em apoio ao governo da
presidenta Dilma Rousseff, presente no evento.
“Não vai ter
golpe”, foi o coro entoado pelas mais de 70 mil mulheres trabalhadoras do
campo. “A Marcha das Margaridas se soma aos vários movimentos de diversas
categorias para dizer não ao retrocesso e garantir a democracia em nosso pais.
Nós estamos nas ruas para garantir que não vai haver retrocesso a direitos da
classe trabalhadora. Estamos nas ruas defendendo a democracia de nosso pais”,
afirmou a secretária de mulheres da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura
(Contag) e coordenadora da marcha, Alessandra Lunas.
E acrescentou: “Estamos juntas, sim, com a presidente Dilma porque este governo nos representa. A ameaça que nós vemos está no Congresso Nacional, que não ouve as vozes do povo desse pais”.
A afirmação de Alessandra foi acompanhada por diversos coros entoados pela multidão que lotou o estádio, como “Fora Cunha!” e “Teve Copa, e teve tudo, só não vai ter terceiro turno”.
O presidente da Contag, Alberto Broch, foi o primeiro a discursar. Ele destacou a importância de se aceitar a decisão das urnas e respeitar a democracia. “Nós somos contra aqueles que querem o regresso desse país. Reafirmamos a democracia para que nosso país seja cada vez mais justo. Que o campo seja cada mais justo, mais igualitário, para que possamos produzir alimento, produzir cultura e produzir a vida”, defendeu.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, qualificou Dilma como uma mulher valente que “soube enfrentar o regime de repressão”.
“Esta é uma marcha de mulheres resistentes. A mulher que está no palco enfrenta resistências e soube enfrentar regime de repressão. A resistência de quem não se dobra a vozes autoritárias que visam ao enfraquecimento da democracia e não respeita a vontade soberana do povo. Esta mulher, forte e resistente de coração valente, recebe aqui milhares de mulheres igualmente resistentes”, afirmou.
Margarida coração valente
Acompanhada por vários ministros, como Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Renato Janine (Educação), Carlos Gabas (Previdência), e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Dilma foi aplaudida de pé pelo estádio ao ser anunciada como "Margarida de coração valente".
Em seu discurso, Dilma reafirmou seu compromisso em garantir os avanços das conquistas sociais. “Tenham certeza absoluta, que eu, sua presidenta, continuarei trabalhando incansavelmente para honrar e realizar os sonhos que vocês depositaram em mim e em meu governo. Esta é uma garantia que faz parte da razão do meu governo. Nós não permitiremos que haja retrocessos... Não permitirei que ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais, nas conquistas democráticas de nosso pais. Juntas continuaremos honrando a memória de Margarida Alves e de todas as margaridas deste país”, garantiu a presidenta sob os aplausos do estádio.
"Quero mais uma vez reafirmar a nossa parceria e me somar a vocês nessa mobilização por justiça, por autonomia, por igualdade, liberdade, democracia e não ao retrocesso", enfatizou Dilma.
A presidenta destacou os avanços conquistado nos últimos anos, como a política agroecológica que, segundo ela, foi implantada graças a demanda apresentada pelas trabalhadoras. Ela se comprometeu também em atender demandas atuais como medidas de combate à violência e atendimento a grávidas. “Em parceria com vocês, mulheres de todo o Brasil, o governo federal irá implementar as patrulhas rurais Maria da Penha. Faremos parcerias com as forças policiais que atuam em nível local pra que a mulher vítima de violência seja assistida de maneira correta e haja de fato prevenção da violência”, garantiu.
Ao encerrar, Dilma citou trecho da música de Lenine, "Envergo mas não quebro". "Em noite, eu vou traduzir 'em tarde', assim como esta: ‘Eu cantando numa festa, ergo o meu copo e celebro os bons momentos da vida. E nos maus tempos da lida, eu envergo, mas não quebro’. Nós podemos envergar, Margaridas, mas nós não quebramos. Nós seguimos em frente".
E acrescentou: “Estamos juntas, sim, com a presidente Dilma porque este governo nos representa. A ameaça que nós vemos está no Congresso Nacional, que não ouve as vozes do povo desse pais”.
A afirmação de Alessandra foi acompanhada por diversos coros entoados pela multidão que lotou o estádio, como “Fora Cunha!” e “Teve Copa, e teve tudo, só não vai ter terceiro turno”.
O presidente da Contag, Alberto Broch, foi o primeiro a discursar. Ele destacou a importância de se aceitar a decisão das urnas e respeitar a democracia. “Nós somos contra aqueles que querem o regresso desse país. Reafirmamos a democracia para que nosso país seja cada vez mais justo. Que o campo seja cada mais justo, mais igualitário, para que possamos produzir alimento, produzir cultura e produzir a vida”, defendeu.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, qualificou Dilma como uma mulher valente que “soube enfrentar o regime de repressão”.
“Esta é uma marcha de mulheres resistentes. A mulher que está no palco enfrenta resistências e soube enfrentar regime de repressão. A resistência de quem não se dobra a vozes autoritárias que visam ao enfraquecimento da democracia e não respeita a vontade soberana do povo. Esta mulher, forte e resistente de coração valente, recebe aqui milhares de mulheres igualmente resistentes”, afirmou.
Margarida coração valente
Acompanhada por vários ministros, como Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Renato Janine (Educação), Carlos Gabas (Previdência), e Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Dilma foi aplaudida de pé pelo estádio ao ser anunciada como "Margarida de coração valente".
Em seu discurso, Dilma reafirmou seu compromisso em garantir os avanços das conquistas sociais. “Tenham certeza absoluta, que eu, sua presidenta, continuarei trabalhando incansavelmente para honrar e realizar os sonhos que vocês depositaram em mim e em meu governo. Esta é uma garantia que faz parte da razão do meu governo. Nós não permitiremos que haja retrocessos... Não permitirei que ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais, nas conquistas democráticas de nosso pais. Juntas continuaremos honrando a memória de Margarida Alves e de todas as margaridas deste país”, garantiu a presidenta sob os aplausos do estádio.
"Quero mais uma vez reafirmar a nossa parceria e me somar a vocês nessa mobilização por justiça, por autonomia, por igualdade, liberdade, democracia e não ao retrocesso", enfatizou Dilma.
A presidenta destacou os avanços conquistado nos últimos anos, como a política agroecológica que, segundo ela, foi implantada graças a demanda apresentada pelas trabalhadoras. Ela se comprometeu também em atender demandas atuais como medidas de combate à violência e atendimento a grávidas. “Em parceria com vocês, mulheres de todo o Brasil, o governo federal irá implementar as patrulhas rurais Maria da Penha. Faremos parcerias com as forças policiais que atuam em nível local pra que a mulher vítima de violência seja assistida de maneira correta e haja de fato prevenção da violência”, garantiu.
Ao encerrar, Dilma citou trecho da música de Lenine, "Envergo mas não quebro". "Em noite, eu vou traduzir 'em tarde', assim como esta: ‘Eu cantando numa festa, ergo o meu copo e celebro os bons momentos da vida. E nos maus tempos da lida, eu envergo, mas não quebro’. Nós podemos envergar, Margaridas, mas nós não quebramos. Nós seguimos em frente".
Do Portal
Vermelho, Dayane Santos, com informações da NBR
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