por Agência Brasil
O Papa Francisco se uniu a outros sete
ganhadores do Prêmio Nobel em uma campanha que pede o diálogo entre Argentina e
Reino Unido para encontrar uma solução pacífica para as Malvinas.
O papa Francisco aderiu a uma campanha que
pede ao Reino Unido que aceite dialogar com a Argentina sobre a posse das Ilhas
Malvinas – ou Falkland Islands para os britânicos. O remoto arquipélago, no
Atlântico Sul, é motivo de disputa entre os dois países há dois séculos. Em
2013, a Argentina já havia pedido a intervenção do Papa na disputa pelas Ilhas
Malvinas.
Os argentinos reivindicam a soberania das
ilhas, que herdaram da Espanha e
foram ocupadas pelo Reino Unido. A Organização
das Nações Unidas (ONU) considera o arquipélago um território em disputa e há
50 anos emitiu a Resolução 2.065, instando os dois países a buscarem uma
solução negociada.
Mas, o Reino Unido considera que o futuro das
ilhas deve ser decidido pelos próprios moradores, reivindicando o princípio de
autodeterminação dos povos. A Argentina diz que o princípio só se aplica a uma
população nativa e os moradores das Malvinas são descendentes dos colonos
britânicos.
A disputa resultou numa guerra, em 1982,
quando os militares argentinos tentaram recuperar o arquipélago e foram
derrotadas pelas Forças Armadas britânicas. Mas, a Argentina continua
reivindicando a soberania das ilhas. Este ano, no cinquentenário da Resolução
2.065, foi lançada uma campanha pedindo diálogo entre os dois países para dar
por encerrada a questão.
Sete ganhadores de Prêmio Nobel endossaram a
campanha. E o papa – que é argentino – tirou uma foto com o cartaz que diz: É
tempo de diálogo entre a Argentina e o Reino Unido pelas Malvinas. A presidenta
da Argentina, Cristina Kirchner, divulgou a foto pelas redes sociais nesta
quarta-feira 19.
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