17 de Agosto de 2015, Jornal Notícias http://www.jornalnoticias.co.mz
(Moçambique)
A gestão do Monumento de Mbuzini, em
Mpumalanga, África do Sul, erguido em homenagem ao primeiro Presidente da
República de Moçambique, Samora Moisés Machel, deve ser também da
responsabilidade do Governo do nosso país, segundo expressou o Ministro da
Cultura e Turismo, Silva Dunduro.
Dunduro visitou aquele local na sexta-feira,
no quadro de um périplo que está a efectuar aos monumentos que evocam a memória
de alguns heróis nacionais. Em Mbuzine, a 19 de Outubro de 1986 o avião em que
viajava o antigo Presidente Samora Machel despenhou-se em Mbuzine matando 33
das 40 pessoas a bordo. Depois do fim do regime do apartheid foi erguido no
local um monumento em homenagem ao estadista moçambicano, que também é herói da
luta pela paz numa África Austral que na década de 80 estava em constante ameaça
do regime belicista e racista sul-africano.
Para o titular da pasta da Cultura e Turismo,
o monumento de Mbuzine
é parte da história de Moçambique e, por isso, é
necessário que haja envolvimento de nacionais na sua gestão. Para tal, segundo
Silva Dunduro, o Governo pretende junto das autoridades sul-africanas criar
facilidades para que cada vez mais cidadãos moçambicanos tenham acesso a esta
que é parte da sua história patente do outro lado das fronteiras nacionais,
através da promoçao de visitas ao monumeto, onde estão, entre outros atractivos
turísticos, os destroços do avião, o museu Samora Machel e um memorial.
“É necessário massificar o número de
moçambicanos que visitam o monumento de Mbuzini porque este é parte da nossa
história. Samora foi uma individualidade ímpar e fonte de inspiração para
muitos, nao só na arena política, mas nas artes, nas suas variadas vertentes”,
disse Silva Dunduro.
Dunduro manifestou também o interesse de
colocar naquele local histórico guias moçambicanos, visto que actualmente
existe apenas um guia sul-africano que se expressa somente na língua
inglesa.
O Museu de Samora Machel foi inaugurado pelo
governador da província de Mpumalanga, David Mabuza, a 19 de Outubro de 2009
como forma demonstrar a força da irmandade entre Moçambique e África do Sul e
honrar o comprometimento de Samora Machel na luta contra o apartheid, que
vitimava aquela nação vizinha.
Naquele local é possivel ver-se também uma
mensagem de condolências à viúva de Samora, Graça Machel, enviada pelo então
primeiro Presidente negro da história da África do Sul, Nelson Mandela, ainda
na cadeia, na qual dizia “ao longo deste dia choramos contigo o desaparecimento
do soldado, um filho corajoso e um nobre homem de Estado. Devemos acreditar que
a sua morte virá fortalecer a vossa e a nossa resolução em sermos finalmente
livres. A nossa luta esteve sempre ligada e juntos seremos vitoriosos”.
Em Mbuzini morreram a 19 de Outubro de
1989, vítimas de um acidente aéreo, 34 pessoas, incluindo o antigo estadista
moçambicano, Samora Machel, seus médicos pessoais, embaixadores da Zambia e
República Democrática do Congo, entre outros.
A visita do ministro moçambicano da cultura e
turismo à provincia sul-africana de Mpumalanga decorreu, segundo ele, da
necessidade de comprreeder o actual estágio dos monumentos nacionais e da
intervenção que se pode operar, se for necessário.
Ainda com o mesmo propósito, Silva Dunduro
deslocou no sábado para provincia de Gaza, onde visitou o Local Histórico de
Chilembe, que contempla os monumentos construidos em homenagem à Samora e
Josina Machel e o respectivo centro de interpretação, no distrito de Chókwè .
O ministro da Cultura e Turismo escalou
ainda, no mesmo dia, o distrito de Manjacaze para se inteirar do
funcionamento do Local Histórico de Nwadjahane, residência do primeiro
presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Eduardo Chivambo
Mondlane, transformada em monumento e Centro de Interpretação.
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