13 março 2015,
Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
O Presidente da República e Comandante-em-Chefe das
Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Nyusi, disse ontem que, dado o
incontornável carácter transnacional de ameaças, riscos e desafios que colocam
em alerta a segurança do país, a prontidão é crucial e indispensável para a
protecção da integridade territorial.
O Chefe do Estado falava numa parada militar no quadro
da visita que efectuou ao Estado Maior-General das Forças Armadas de Defesa de
Moçambique (FADM), em Maputo. Segundo Filipe Nyusi, só patriotas com sentido de
missão e de servir a nação podem garantir, com coragem, determinação e
patriotismo, a manutenção da paz e estabilidade, condições indispensáveis para
a defesa da ordem e tranquilidade pública aos moçambicanos, bem assim para o desenvolvimento.
O Presidente da República disse ser bem claro que o
clima de estabilidade e de segurança que o país vive resulta da conjugação de
esforços das Forças de Defesa e Segurança visando a consolidação da paz,
unidade e reconciliação nacionais que cada vez mais se solidificam. Neste
âmbito, indicou que tem sido possível, por um lado, fortalecer a democracia e
consciência patriótica, condição fundamental para o desenvolvimento harmonioso
do país.
Por outro lado, os esforços em referência, de acordo com
o Chefe do Estado, têm concorrido para o funcionamento normal das instituições
e dos órgãos do Estado democraticamente eleitos bem como para a convivência
pacífica, democrática e harmoniosa entre as forças políticas nacionais.
Filipe Jacinto Nyusi referiu-se a alguns factores que
constituem ameaça à paz, à segurança e à ordem democrática instituída,
apontando como exemplo a vontade de gerar conflitos de natureza política, a
ambição pelos recursos naturais, tribal, regional e mesmo religiosa, esforços para
o estabelecimento de mudanças inconstitucionais do Governo democraticamente
eleito e os tráficos transfronteiriços de todo o tipo que, adicionados à
carência de índole económica, têm estado a perigar o desenvolvimento do país.
Reafirmou que Moçambique é um país uno e indivisível e
o seu povo é amante da paz, sendo o Estado de Direito Democrático o definidor
da sua forma de ser e estar.
“O caminho que continuaremos a seguir está prescrito
na Lei-mãe. Sabemos donde vimos e para onde vamos”, disse.
O Presidente da República saudou as Forças de Defesa e
Segurança pelo excelente trabalho que têm realizado em prol da defesa dos
interesses da pátria moçambicana, afirmando que o país orgulha-se por ter
servidores com o seu nível e qualidade, merecedor de elogios e respeito no seio
do povo. Saudou-as igualmente pelo seu empenho no trabalho nobre que estão a
realizar nas regiões afectadas pelas cheias e inundações, salvando vidas
humanas de compatriotas para os quais juraram servir.
Segundo afirmou, o povo exige às FDS para que sejam
cada vez mais interventivas na busca de soluções dos problemas da maioria dos
concidadãos, exortando-as para que se empenhem, com afinco, no combate à
criminalidade, sobretudo contra o crime organizado, que atormenta a sociedade
moçambicana.
“Temos a certeza que irão vencer porque já deram
mostras de capacidade nesta matéria”, disse.
Referindo-se às celebrações, este ano, dos 40 anos da
independência nacional, o Chefe do Estado exortou a todas as Forças de Defesa e
Segurança a preservar e a empenharem-se ainda mais no cumprimento da nova
missão que a nação lhes confia.
“No ciclo de governação 2015-2019 temos que marcar
diferença. Isso significa não reclamarmos soluções que dependem de nós. Temos
que usar a nossa inteligência para melhor explorar as nossas energias. O
soldado, o guarda, o sargento, o oficial das Forças de Defesa e Segurança não
tem cor partidária, antes porém é o defensor da vanguarda da unidade nacional e
da Constituição da República de Moçambique”, afiançou o Chefe do Estado,
acrescentando que o agente das FDS deve defender a nação, uma nação em paz e
onde haja oportunidades iguais para todos e uma nação de bem-estar para esta e
para gerações vindouras, a unidade nacional, a solidariedade e a justiça.
Disse que na pureza do cumprimento da sua missão, no
patriotismo, na lealdade, fidelidade e na obediência a que se comprometeram, o
povo exigirá das Forças de Defesa e Segurança a sua inalienável soberania.
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