sábado, 14 de março de 2015

Moçambique/PR dirigindo-se às FDS: Prontidão é crucial para a defesa da pátria

13 março 2015, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)

O Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Nyusi, disse ontem que, dado o incontornável carácter transnacional de ameaças, riscos e desafios que colocam em alerta a segurança do país, a prontidão é crucial e indispensável para a protecção da integridade territorial.

O Chefe do Estado falava numa parada militar no quadro da visita que efectuou ao Estado Maior-General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), em Maputo. Segundo Filipe Nyusi, só patriotas com sentido de missão e de servir a nação podem garantir, com coragem, determinação e patriotismo, a manutenção da paz e estabilidade, condições indispensáveis para
a defesa da ordem e tranquilidade pública aos moçambicanos, bem assim para o desenvolvimento.

O Presidente da República disse ser bem claro que o clima de estabilidade e de segurança que o país vive resulta da conjugação de esforços das Forças de Defesa e Segurança visando a consolidação da paz, unidade e reconciliação nacionais que cada vez mais se solidificam. Neste âmbito, indicou que tem sido possível, por um lado, fortalecer a democracia e consciência patriótica, condição fundamental para o desenvolvimento harmonioso do país.

Por outro lado, os esforços em referência, de acordo com o Chefe do Estado, têm concorrido para o funcionamento normal das instituições e dos órgãos do Estado democraticamente eleitos bem como para a convivência pacífica, democrática e harmoniosa entre as forças políticas nacionais.

Filipe Jacinto Nyusi referiu-se a alguns factores que constituem ameaça à paz, à segurança e à ordem democrática instituída, apontando como exemplo a vontade de gerar conflitos de natureza política, a ambição pelos recursos naturais, tribal, regional e mesmo religiosa, esforços para o estabelecimento de mudanças inconstitucionais do Governo democraticamente eleito e os tráficos transfronteiriços de todo o tipo que, adicionados à carência de índole económica, têm estado a perigar o desenvolvimento do país.

Reafirmou que Moçambique é um país uno e indivisível e o seu povo é amante da paz, sendo o Estado de Direito Democrático o definidor da sua forma de ser e estar.

“O caminho que continuaremos a seguir está prescrito na Lei-mãe. Sabemos donde vimos e para onde vamos”, disse.

O Presidente da República saudou as Forças de Defesa e Segurança pelo excelente trabalho que têm realizado em prol da defesa dos interesses da pátria moçambicana, afirmando que o país orgulha-se por ter servidores com o seu nível e qualidade, merecedor de elogios e respeito no seio do povo. Saudou-as igualmente pelo seu empenho no trabalho nobre que estão a realizar nas regiões afectadas pelas cheias e inundações, salvando vidas humanas de compatriotas para os quais juraram servir.

Segundo afirmou, o povo exige às FDS para que sejam cada vez mais interventivas na busca de soluções dos problemas da maioria dos concidadãos, exortando-as para que se empenhem, com afinco, no combate à criminalidade, sobretudo contra o crime organizado, que atormenta a sociedade moçambicana.

“Temos a certeza que irão vencer porque já deram mostras de capacidade nesta matéria”, disse.
Referindo-se às celebrações, este ano, dos 40 anos da independência nacional, o Chefe do Estado exortou a todas as Forças de Defesa e Segurança a preservar e a empenharem-se ainda mais no cumprimento da nova missão que a nação lhes confia.

“No ciclo de governação 2015-2019 temos que marcar diferença. Isso significa não reclamarmos soluções que dependem de nós. Temos que usar a nossa inteligência para melhor explorar as nossas energias. O soldado, o guarda, o sargento, o oficial das Forças de Defesa e Segurança não tem cor partidária, antes porém é o defensor da vanguarda da unidade nacional e da Constituição da República de Moçambique”, afiançou o Chefe do Estado, acrescentando que o agente das FDS deve defender a nação, uma nação em paz e onde haja oportunidades iguais para todos e uma nação de bem-estar para esta e para gerações vindouras, a unidade nacional, a solidariedade e a justiça.

Disse que na pureza do cumprimento da sua missão, no patriotismo, na lealdade, fidelidade e na obediência a que se comprometeram, o povo exigirá das Forças de Defesa e Segurança a sua inalienável soberania.


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