22 março 2015, Jornal Domingo http://www.jornaldomingo.co.mz
(Moçambique)
Os Veteranos e Combatentes da Defesa, Soberania e
Democracia repudiaram, há dias, de forma veemente as declarações incendiárias
do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que enfatizam a divisão do país através da
criação das chamadas regiões autónomas o que para eles é algo descabido e sem
nexo.
Este repúdio foi manifestado a quando da recente
visita do titular do Pelouro dos Combatentes, Eusébio Lambo, a província de
Manica durante a qual escalou sucessivamente as Cidades de Chimoio e a Vila
sede do Distrito de Guru. Dados em nosso poder indicam que a província de
Manica assiste um total de 17.447 Combatentes entre Veteranos e Desmobilizados.
Nestes locais os Combatentes mostraram-se bastante
preocupados com aquele tipo de discurso belicista que amiúde tem sido propalado
pelo líder da Renamo pois o mesmo periga a unidade nacional, um pilar que
inspira a sociedade para a comunhão do bem-estar e harmonia do povo
moçambicano.
“Quando fomos a luta de libertação, nunca
pensávamos em libertar Moçambique de Niassa e Save ou de Nampula. Queremos
lembrar que a unidade nacional foi o grande segredo da nossa vitória contra o
colonialismo português. Nunca devemos pôr isso em causa a qualquer que seja o
preço”, recomendou Baltazar Sipanela.
A mesma ideia foi partilhada pelos Combatentes
Bernardo Juanete e Tomé Rapolo, residentes na localidade de Chigodole, Distrito
de Vanduzi que apelaram para uma vigilância apertada sobretudo nesta fase em
que os discursos discursos regionalistas que atentam contra a unidade nacional
e a paz tem estado a subir de tom.
“Seria uma perca irreparável, dividir o país, numa
altura que vamos celebrar os quarenta anos da nossa liberdade como um povo e
fruto do sacrifício e sangue dos melhores filhos desta Nação. Por isso,
encorajamos o governo a continuar com o espírito de diálogo permanente de forma
a evitar o retorno a guerra” disse Tomé Rapolo.
Entretanto, a Associação dos Combatentes da Luta de
Libertação Nacional, no comité da ACLLN em Manica, está envolvida no
desenvolvimento de actividades de renda em todos os distritos onde a
organização está representada.
Conforme o informe apresentado recentemente pelo
Secretário Provincial da ACLLN, Zeferino Paiva, foram adquiridas 3 viaturas no
ano passado tendo sido distribuídas aos núcleos desta organização nos distritos
de Barué, Guru e Manica, bem como a aquisição de um terreno em Vanduzi com uma
de área de 337 hectares, tudo isso, resultante das contribuições dos membros
nela filiados.
Paiva explicou que a organização que dirige tem
procurado sensibilizar os Combatentes a fim de procurarem meios alternativos à
pensão, que por si só, segundo ele, não satisfaz as todas as necessidades dos
veteranos da luta armada.
A título de exemplo, a organização angariou fundos que
culminaram com a reabilitação das instalações onde funciona a sede provincial,
uma parte das quais esta subarrendada a outras entidades que exercem actividades
comerciais.
Com base nesses rendimentos a ACCLN provincial
pretende nos próximos tempos adquirir tractor para trabalhar em áreas já
concessionadas para a devida exploração, fazendo produção agrícola de média
dimensão.
*Título de Mercosul & CPLP
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Moçambique/PR anuncia lançamento da
“Chama da Unidade” para 7 de Abril
22 março 2015, Jornal Domingo http://www.jornaldomingo.co.mz
(Moçambique)
O Chefe Do
Estado, Filipe Nyusi, anunciou há dias, que será lançado oficialmente em
Namatil, Distrito de Mueda, a Chama de
Unidade Nacional e
iniciar a marcha que a levará a todas as províncias do nosso país, para
terminar na Praça da Independência, da Cidade de Maputo, capital do nosso País.
Este acto
enquadrar-se-á no âmbito das celebrações do quadragésimo aniversário da
Independência Nacional que se assinala no próximo dia 25 de Junho e conforme
pontuou o Presidente da República (PR), numa exortação à Nação moçambicana, “a Chama
da Unidade Nacional simboliza a nossa identidade, sintetiza a nossa moçambicanidade
e a nossa capacidade de união, convivência e tolerância”.
Num outro
momento o PR referiu que“a Chama de Unidade representa um legado
histórico dos libertadores da nossa Pátria e dos fundadores da nossa Nação
cujos ensinamentos impulsionam as novas gerações para enfrentar com firmeza os
desafios de hoje, consolidar a unidade nacional e a reconciliação dos
moçambicanos e construir a paz rumo ao progresso”.
Na sua
exortação Nyusi refere que a nossa independência constitui o vector do nosso crescimento
e desenvolvimento como Nação e como Estado “por isso não é um fim em sí mesma, mas sim o
meio através do qual assumímos a responsabilidade pelo nosso próprio destino e
dêmo-nos a conhecer a todo o mundo como tal”.
Na sua
alocução, o Chefe do Estado exortou os moçambicanos a celebrarem o quadragésimo
aniversário da nossa Independência reflectindo sobre os maiores e principais
valores que definem a nossa forma de ser e de estar como moçambicanos e “reforcemos
a nossa Unidade, o Espírito de Equipe e sentido de pertença que orientou os
libertadores na nossa Pátria”.
Sejamos
hoje, do Rovuma ao Maputo, uma equipe coesa que partilha os mesmos valores da
Paz e se empenha na sua realização. Unamo-nos, hoje, para em diálogo franco e
aberto como nos ensinam as nossas tradições construirmos consensos, superarmos
diferenças e celebrarmos a Paz como o único caminho que nos permitirá, juntos,
construir um futuro risonho para todos nós, exortou o Presidente da República.
Filipe
Nyusi convidou a todos moçambicanos a participarem “na
grande festa dos 40 anos da nossa emancipação política, sem discriminação
racial, de filiação partidária, origem social, crença religiosa, idade e grupo
étnico. Vamos todos participar com entusiasmo, solidariedade e sentido
patriótico neste evento de exaltação e valorização da nossa independência como
uma das nossas maiores e principais conquistas”.
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