segunda-feira, 23 de março de 2015

Moçambique/Veteranos da Luta de Libertação Nacional repudiam discursos separatistas de dirigente da Renamo*

22 março 2015, Jornal Domingo http://www.jornaldomingo.co.mz (Moçambique)



Os Veteranos e Combatentes da Defesa, Soberania e Democracia repudiaram, há dias, de forma veemente as declarações incendiárias do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que enfatizam a divisão do país através da criação das chamadas regiões autónomas o que para eles é algo descabido e sem nexo.

Este repúdio foi manifestado a quando da recente visita do titular do Pelouro dos Combatentes, Eusébio Lambo, a província de Manica durante a qual escalou sucessivamente as Cidades de Chimoio e a Vila sede do Distrito de Guru. Dados em nosso poder indicam que a província de Manica assiste um total de 17.447 Combatentes entre Veteranos e Desmobilizados.

Nestes locais os Combatentes mostraram-se bastante preocupados com aquele tipo de discurso belicista que amiúde tem sido propalado pelo líder da Renamo pois o mesmo periga a unidade nacional, um pilar que
inspira a sociedade para a comunhão do bem-estar e harmonia do povo moçambicano.

Quando fomos a luta de libertação, nunca pensávamos em libertar Moçambique de Niassa e Save ou de Nampula. Queremos lembrar que a unidade nacional foi o grande segredo da nossa vitória contra o colonialismo português. Nunca devemos pôr isso em causa a qualquer que seja o preço”, recomendou Baltazar Sipanela.

A mesma ideia foi partilhada pelos Combatentes Bernardo Juanete e Tomé Rapolo, residentes na localidade de Chigodole, Distrito de Vanduzi que apelaram para uma vigilância apertada sobretudo nesta fase em que os discursos discursos regionalistas que atentam contra a unidade nacional e a paz tem estado a subir de tom.

Seria uma perca irreparável, dividir o país, numa altura que vamos celebrar os quarenta anos da nossa liberdade como um povo e fruto do sacrifício e sangue dos melhores filhos desta Nação. Por isso, encorajamos o governo a continuar com o espírito de diálogo permanente de forma a evitar o retorno a guerra” disse Tomé Rapolo.

Entretanto, a Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, no comité da ACLLN em Manica, está envolvida no desenvolvimento de actividades de renda em todos os distritos onde a organização está representada.

Conforme o informe apresentado recentemente pelo Secretário Provincial da ACLLN, Zeferino Paiva, foram adquiridas 3 viaturas no ano passado tendo sido distribuídas aos núcleos desta organização nos distritos de Barué, Guru e Manica, bem como a aquisição de um terreno em Vanduzi com uma de área de 337 hectares, tudo isso, resultante das contribuições dos membros nela filiados.

Paiva explicou que a organização que dirige tem procurado sensibilizar os Combatentes a fim de procurarem meios alternativos à pensão, que por si só, segundo ele, não satisfaz as todas as necessidades dos veteranos da luta armada.

A título de exemplo, a organização angariou fundos que culminaram com a reabilitação das instalações onde funciona a sede provincial, uma parte das quais esta subarrendada a outras entidades que exercem actividades comerciais.

Com base nesses rendimentos a ACCLN provincial pretende nos próximos tempos adquirir tractor para trabalhar em áreas já concessionadas para a devida exploração, fazendo produção agrícola de média dimensão.

*Título de Mercosul & CPLP

---------

Moçambique/PR anuncia lançamento da “Chama da Unidade” para 7 de Abril
22 março 2015, Jornal Domingo http://www.jornaldomingo.co.mz (Moçambique)

O Chefe Do Estado, Filipe Nyusi, anunciou há dias, que será lançado oficialmente em Namatil, Distrito de Mueda, a Chama de Unidade Nacional e iniciar a marcha que a levará a todas as províncias do nosso país, para terminar na Praça da Independência, da Cidade de Maputo, capital do nosso País.

Este acto enquadrar-se-á no âmbito das celebrações do quadragésimo aniversário da Independência Nacional que se assinala no próximo dia 25 de Junho e conforme pontuou o Presidente da República (PR), numa exortação à Nação moçambicana, “a Chama da Unidade Nacional simboliza a nossa identidade, sintetiza a nossa moçambicanidade e a nossa capacidade de união, convivência e tolerância”.

Num outro momento o PR referiu que“a Chama de Unidade representa um legado histórico dos libertadores da nossa Pátria e dos fundadores da nossa Nação cujos ensinamentos impulsionam as novas gerações para enfrentar com firmeza os desafios de hoje, consolidar a unidade nacional e a reconciliação dos moçambicanos e construir a paz rumo ao progresso”.

Na sua exortação Nyusi refere que a nossa independência constitui o vector do nosso crescimento e desenvolvimento como Nação e como Estado “por isso não é um fim em sí mesma, mas sim o meio através do qual assumímos a responsabilidade pelo nosso próprio destino e dêmo-nos a conhecer a todo o mundo como tal”.

Na sua alocução, o Chefe do Estado exortou os moçambicanos a celebrarem o quadragésimo aniversário da nossa Independência reflectindo sobre os maiores e principais valores que definem a nossa forma de ser e de estar como moçambicanos e “reforcemos a nossa Unidade, o Espírito de Equipe e sentido de pertença que orientou os libertadores na nossa Pátria”.

Sejamos hoje, do Rovuma ao Maputo, uma equipe coesa que partilha os mesmos valores da Paz e se empenha na sua realização. Unamo-nos, hoje, para em diálogo franco e aberto como nos ensinam as nossas tradições construirmos consensos, superarmos diferenças e celebrarmos a Paz como o único caminho que nos permitirá, juntos, construir um futuro risonho para todos nós, exortou o Presidente da República.


Filipe Nyusi convidou a todos moçambicanos a participarem “na grande festa dos 40 anos da nossa emancipação política, sem discriminação racial, de filiação partidária, origem social, crença religiosa, idade e grupo étnico. Vamos todos participar com entusiasmo, solidariedade e sentido patriótico neste evento de exaltação e valorização da nossa independência como uma das nossas maiores e principais conquistas”.

Nenhum comentário: