O novo presidente da Frelimo, Filipe Jacinto Nyusi, disse
que vai concentrar os seus esforços na mobilização dos membros e militantes
para que continuem empenhados no fortalecimento do papel do partido na edificação
de uma sociedade de justiça social, de inclusão, tolerância e harmonia. Assim,
segundo afirmou, os esforços do partido devem continuar direccionados à busca
da paz efectiva e duradoira.
Falando no encerramento da IV Sessão Ordinária do Comité
Central, que decorreu de 26 a 29 de Março na Escola Central da Frelimo, na
cidade da Matola, província de Maputo, Filipe Jacinto Nyusi assegurou que vai
encorajar o diálogo em curso com os diversos sectores e segmentos da sociedade
para que Moçambique continue a ser admirado como uma nação pacífica, em
crescimento e um destino seguro do investimento.
O presidente da Frelimo disse que assume a direcção do
partido no ano em que os moçambicanos celebram 40 anos da independência
nacional, sob o lema “40 Anos da Independência: Unidade Nacional, Paz e
Progresso”, um momento de
exaltação da nossa história que deve servir para
consolidarmos as mais importantes conquistas, nomeadamente a unidade nacional,
a paz e a democracia, alicerces para o desenvolvimento sócio-económico do país
e afirmação da nossa moçambicanidade.
Nyusi afirmou que a Frelimo é um partido de grandes e
nobres tradições alicerçados, em todos os momentos, no funcionamento dos seus
órgãos, desde a célula ao Comité Central.
“No decurso desta IV Sessão Ordinária do Comité Central,
tivemos a oportunidade de analisar e debater a situação política e social
prevalecente no país, caracterizada por desafios que merecem da nossa parte
maturidade, coragem e responsabilidade no seu tratamento. Esta foi e continua a
ser a postura da Frelimo que perante questões de interesse nacional pauta por
apresentar uma resposta adequada, concertada e atempada. Tal como no passado,
unidos pelo mesmo ideal, o da defesa dos interesses supremos do nosso povo, com
modéstia e humildade, levaremos a bom termo a nossa missão”, indicou.
O novo presidente da Frelimo agradeceu o apoio e
aconselhamento que recebeu o seu antecessor, Armando Guebuza, nas diferentes
fases da sua vida e disse esperar poder continuar a contar com o seu apoio inestimável
no exercício da nobre e honrosa missão que o partido acabou de lhe incumbir. De
igual modo, Filipe Jacinto Nyusi quer continuar a beneficiar do precioso apoio
do secretário-geral do partido, membros da Comissão Política, membros do Comité
Central e dos militantes da Frelimo a todos os níveis.
Disse ter aceite com humildade e alto sentido de
responsabilidade a honra e o privilégio que o Comité Central acabou de lhe
conceder, de ser entre os milhões de militantes do partido aquele que passa a
dirigir os seus destinos nos próximos desafios.
Anunciou que na sequência dos debates havidos na Sessão,
o Comité Central decidiu propor ao XI Congresso Ordinário do partido a
atribuição a Armando Guebuza do título de presidente honorário. O presidente da
Frelimo eleito em sucessão a Armando Guebuza exortou aos membros do Comité
Central, aos militantes e aos moçambicanos em geral para que concentrem
esforços na implementação do programa quinquenal do Governo 2015-2019 e dos
planos anuais subsequentes como forma de melhorar a qualidade de vida e do
bem-estar de todos.
Enaltecida visão e missão de Guebuza
Em moção de saudação a Armando Guebuza, produzida no
final da Sessão, o Comité Central enalteceu a sua visão e missão no combate a
pobreza e na implementação do programa dos sete milhões. Segundo a moção, ao
longo dos 10 anos em que esteve na liderança do partido e do Estado
moçambicano, os quadros, militantes e simpatizantes da Frelimo e o povo
moçambicano em geral testemunharam a sua entrega e dedicação total à missão que
o partido e o povo lhe haviam incumbido, palmilhando distritos, postos
administrativos, localidades e povoações, contactando e mobilizando homens,
mulheres, jovens e crianças.
Sob a liderança de Guebuza, de acordo com a moção, os
sectores económicos e sociais do país cresceram, permitindo que mais crianças e
jovens tivessem acesso à educação e formação, mais moçambicanos de todas as
idades tivessem acesso aos cuidados de saúde, a alimentos, à água, energia
eléctrica e a comunicações, incluindo a telefonia móvel.
Construíram-se estradas e pontes, mobilizaram-se
investimentos para a implantação de empreendimentos económicos e geração de
postos de trabalho, lançaram-se as bases para a exploração dos recursos
naturais, construíram-se parcerias para o fortalecimento da economia do país e
Moçambique consolidou-se como uma nação com quem se fala.
Os quadros e militantes testemunharam, igualmente, a
busca incessante de soluções para os desafios que o partido deve superar
continuamente, para prosseguir a sua missão de, através do seu Governo,
conceber e implementar estratégias adequadas para responder às expectativas do
povo moçambicano, sua fonte de inspiração e razão de ser.
“Sob a liderança do camarada Armando Guebuza, o partido
cresceu vigorosamente, mobilizando mais homens, mulheres e jovens para as suas
fileiras, revitalizando os seus órgãos a todos os níveis, a partir da célula e
consolidando o seu papel de liderança no seio das comunidades”, refere a moção,
que acrescenta que Armando Guebuza preocupou-se e lutou pela melhoria das
condições de vida e de trabalho dos funcionários do aparelho do partido,
mobilizou recursos para a colocação de meios de transporte, desde a zona até às
províncias, passando pelos distritos que contam hoje com viaturas que facilitam
a sua actuação na base.
Logrou igualmente assegurar que todas as províncias
tivessem uma residência para o seu primeiro secretário e impulsionou a
construção de edifícios para o funcionamento do partido a todos os níveis.
Com Armando Guebuza, os quadros, militantes e
simpatizantes da Frelimo e o povo moçambicano em geral aprenderam e
consolidaram a convicção de que a paz e a unidade nacional são os pilares do
sucesso do projecto comum dos moçambicanos de edificação de uma nação cada vez
mais forte e coesa.
Fiel a estes princípios do partido, Armando Guebuza
empenhou-se e logrou alcançar o Acordo de Cessação de Hostilidades Militares
promovidas pela Renamo, devolvendo aos moçambicanos a tranquilidade e segurança
para continuarem a empenhar-se nas suas actividades diárias sem medo.
Segundo ainda a moção, os militantes e os dirigentes dos
órgãos do partido compreenderam a importância de cultivar a sua auto-estima, o
orgulho da moçambicanidade e o amor ao trabalho; que a participação de cada um
é indispensável na busca de soluções para os desafios que o partido tem pela
frente, contribuindo com ideias, trabalho e com recursos materiais e
financeiros para fortalecer a capacidade de intervenção do partido na vida das
comunidades.
Guebuza impulsionou o combate de preconceitos étnicos e o
reforço da unidade nacional. O Comité Central apreciou o seu particular
engajamento nas quintas eleições gerais e das assembleias provinciais, que
garantiram a vitória da Frelimo e do seu candidato presidencial, Filipe Jacinto
Nyusi, assegurando a continuidade do projecto de edificação de um Moçambique
próspero iniciado por Mondlane e continuado por Samora e Chissano.
“O Comité Central saúda com muito entusiasmo o camarada
Armando Emílio Guebuza, reitera a sua profunda gratidão pelo seu exemplo de
total entrega e dedicação à causa da Frelimo e dos moçambicanos e assegura-lhe
a sua confiança e o seu apoio para que, com clareza e sabedoria demonstradas,
continue a participar activamente no partido e na conquista de novas e ainda
mais sonantes vitórias. O Comité Central saúda o camarada presidente Armando
Emílio Guebuza pelo seu desprendimento, pragmatismo e sentido de Estado, pela
decisão de renunciar do cargo de presidente da Frelimo, eleito pelo Décimo
Congresso e deseja-lhe longa vida, muita saúde e sucessos”, refere o documento.
Carinho e admiração a Maria da Luz Guebuza
O Comité Central da Frelimo também produziu uma moção de
saudação a Maria da Luz Dai Guebuza, antiga Primeira-Dama e esposa de Armando
Guebuza, expressando carinho e admiração pelo seu papel activo e enérgico em
causas sociais de apoio aos mais vulneráveis.
Reconhece o seu empenho, dedicação, firmeza e entrega no
trabalho e na luta pela afirmação da mulher moçambicana. Muitas vezes privada
do calor e convívio da sua família, galgou o país inteiro, realizando encontros
com os órgãos locais, de base e da OMM e interagindo com as populações.
Nestas deslocações, Maria da Luz Guebuza mobilizou as
comunidades para a sua participação em programas de saúde, com ênfase para a
saúde materno-infantil, planeamento familiar, vacinação, prevenção do HIV e
SIDA, da malária, tuberculose, cancros da mama, do colo do útero e da próstata
e de outras doenças.
Maria da Luz Dai Guebuza promoveu a participação da
mulher e dos jovens na melhoria da segurança alimentar dos seus familiares e
para a redução da vulnerabilidade nutricional. Com o seu exemplo, contribuiu
para a preservação da paz, da unidade nacional e da elevação do espírito de
auto-estima.
Impulsionou a solidariedade para com as crianças órfãs,
idosos e a divulgação dos valores que identificam os moçambicanos. Sempre
preocupada com o bem-estar da mulher, jovem, criança e idoso, impulsionou a
construção de casas melhoradas e infra-estruturas, com destaque para as casas
de mãe espera, casas para idosos, líderes comunitários, para as crianças órfãs
e vulneráveis, de parques infantis, realizações que fortalecem a dignidade não
só das crianças, mulheres, jovens e idosos, mas também de todos os
moçambicanos.
A sua aproximação ao povo ao longo dos 10 anos,
galvanizou o espírito solidário para com o próximo, encorajou o respeito pela
vida e motivou as populações para usarem os recursos locais de que dispõem,
para melhorarem a sua dieta alimentar, as suas condições de habitação e de
saneamento do meio.
A capulana foi e é sua marca indelével. Envolvida por ela
sentava-se à volta da fogueira com a sua população, naquela sua maneira
simples, humilde, afável e carinhosa de ser. O Comité Central saudou Maria da
Luz Guebuza pelo seu empenho na mobilização do voto para o seu partido Frelimo
e para o Presidente Filipe Jacinto Nyusi.
“O empenho da camarada Maria da Luz Guebuza, não só se
reflectiu no bem-estar dos moçambicanos, como contribuiu para a projecção do
nome e prestígio de Moçambique além fronteiras. O seu trabalho em prol da
criança, mulher, jovens, pessoa idosa, em suma dos moçambicanos, complementou o
trabalho do camarada presidente Armando Emílio Guebuza, traduzindo na prática
que lado a lado do nosso querido presidente sempre esteve esta grande mulher”,
refere a moção.
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