6 março 2015, Jornal de Angola http://jornaldeangola.sapo.ao (Angola)
Os Bancos Centrais da SADC estão a desenvolver dois projectos que os
tornam menos dependentes de sistemas europeus, sendo um de supervisão bancária
e outro de pagamentos transfronteiriços, revelou o presidente do XX Fórum
de Bancários desta sub-região, que encerra hoje no Lubango.
Arlindo Lombe, também director do Departamento dos Sistemas de
Tecnologias de Informação do Banco de Moçambique, disse, à margem da reunião,
que se trata de dispositivos que começam já a sair das fronteiras da
sub-região.
Segundo o responsável, no campo da supervisão bancária existe um
projecto regional cujo centro de suporte e desenvolvimento está
localizado em
Moçambique, que não cobre apenas a região da África Austral, pois países como
Cabo Verde, Uganda e Quénia já aderiram e o Burundi e a Etiópia
preparam-se para integrar o organismo.Quanto ao sistema de pagamento, Arlindo Lombe anunciou que existe um programa chamado “Cyrus”, baseado na África do Sul, ao qual os países da região estão a aderir.
“É um sistema transfronteiriço que visa facilitar pagamentos nos países-membros, sem passar por sistemas europeus, como tem sido hábito”, realçou.
O fórum está a discurtir sobre assuntos relacionados com as estratégias do projecto de governação das tecnologias de informação e o seu progresso, proposta do modelo de estruturação das tecnologias de informação, segurança e a qualidade nos sistemas.
Este é o primeiro encontro de directores de Informática dos bancos centrais dos Estados-membros da SADC, que integra Angola, a África do Sul, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Ilhas Maurícias, Namíbia, Moçambique, Swazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.
Na abertura daquela reunião, a vice-governadora do Banco Nacional de Angola (BNA) defendeu a importância da dinamização de estratégias para a construção de fontes de armazenamento, tratamento e disponibilização de informação dos Bancos dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). Cristina Van-Dúnem explicou que a criação destes mecanismos é importante, na medida em que tem elevado foco na actualidade.
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