terça-feira, 24 de março de 2015

Brasil/DATAFOLHA: BRASILEIRO É CONTRA VENDER PETROBRAS

22 março 2015, Brasil 247 http://www.brasil247.com (Brasil)


Pesquisa realizada pelo instituto revela que 61% dos brasileiros condenam a eventual privatização da empresa, atingida pela Operação Lava Jato; a rejeição é maior entre os que se dizem simpatizantes do PT: 67% são contra; entre os que se dizem mais próximos do PSDB, 56% também condenam a privatização, mas 35% se dizem a favor; lideranças do partido, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP) defendem ao menos a revisão do modelo do pré-sal, com espaço para maior participação de empresas estrangeiras; ainda não foi desta vez que uma campanha negativa contra a empresa abriu as portas para a desestatização.

Ainda não foi desta vez que
uma campanha negativa contra a Petrobras conseguiu convencer a população brasileira da eventual necessidade de se privatizar a empresa.

Pesquisa Datafolha publicada neste domingo revela que 61% dos brasieliros são contra a desestatização da companhia. O levantamento revela que 24% são favoráveis, 5% se dizem indiferentes e 10% não souberam responder.
A rejeição é maior entre os que se dizem simpatizantes do PT: 67%. Entre os que são mais identificados com o PSDB, a maioria, com 56%, também é contra privatizar a empresa. Mas 35% são favoráveis.

No PSDB, algumas lideranças, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP) defendem ao menos a revisão do modelo do pré-sal, com espaço para maior participação de empresas estrangeiras. Serra chegou até a apresentar um projeto para reduzir o tamanho da empresa, com a venda de ativos que ele considera desnecessários.

Criada pelo ex-presidente Getúlio Vargas, a Petrobras sempre foi objeto de intensa disputa entre nacionalistas e liberais. Com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que falava em "enterrar a era Vargas", tentou-se mudar o nome da empresa para a 'Petrobrax', para que ela ficasse mais atrativa ao capital externo. Lula, por sua vez, retomou um discurso nacionalista e repetiu gestos de Getúlio, ao mergulhar as mãos no óleo, após a descoberta do pré-sal.

Com a Lava Jato, a empresa vem sendo acusada de corrupção, mas isso ainda não foi suficiente para convencer corações e mentes sobre privatizar a empresa.

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