Pesquisa realizada pelo instituto
revela que 61% dos brasileiros condenam a eventual privatização da empresa,
atingida pela Operação Lava Jato; a rejeição é maior entre os que se dizem
simpatizantes do PT: 67% são contra; entre os que se dizem mais próximos do
PSDB, 56% também condenam a privatização, mas 35% se dizem a favor; lideranças
do partido, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP)
defendem ao menos a revisão do modelo do pré-sal, com espaço para maior
participação de empresas estrangeiras; ainda não foi desta vez que uma campanha
negativa contra a empresa abriu as portas para a desestatização.
Ainda não foi desta
vez que
uma campanha negativa contra a Petrobras conseguiu convencer a
população brasileira da eventual necessidade de se privatizar a empresa.
Pesquisa Datafolha
publicada neste domingo revela que 61% dos brasieliros são contra a
desestatização da companhia. O levantamento revela que 24% são favoráveis, 5%
se dizem indiferentes e 10% não souberam responder.
A rejeição é maior
entre os que se dizem simpatizantes do PT: 67%. Entre os que são mais
identificados com o PSDB, a maioria, com 56%, também é contra privatizar a
empresa. Mas 35% são favoráveis.
No PSDB, algumas
lideranças, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP)
defendem ao menos a revisão do modelo do pré-sal, com espaço para maior
participação de empresas estrangeiras. Serra chegou até a apresentar um projeto
para reduzir o tamanho da empresa, com a venda de ativos que ele considera
desnecessários.
Criada pelo
ex-presidente Getúlio Vargas, a Petrobras sempre foi objeto de intensa disputa
entre nacionalistas e liberais. Com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
que falava em "enterrar a era Vargas", tentou-se mudar o nome da
empresa para a 'Petrobrax', para que ela ficasse mais atrativa ao capital
externo. Lula, por sua vez, retomou um discurso nacionalista e repetiu gestos
de Getúlio, ao mergulhar as mãos no óleo, após a descoberta do pré-sal.
Com a Lava Jato, a
empresa vem sendo acusada de corrupção, mas isso ainda não foi suficiente para
convencer corações e mentes sobre privatizar a empresa.
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